Por José CíceroHoje,
dia 15 de novembro. Feriado nacional. À propósito por que será que
quase ninguém se dá ao trabalho de se perguntar qual a verdadeira razão
deste dia simbólico? Afinal, são tantos os feriados que certamente um a
mais ou a menos, talvez não faça a menor diferença.
Contudo, diria
que um pouco de esforço mental aliado a curiosidade não lhes faria mal
algum. Muito pelo contrário, só ajudaria os brasileiros de modo geral a
conhecer um pouco mais da sua própria história. Mas a lei do esforço
mínimo, até para pensar tem feito(da maioria) dos nossos patrícios meros
autômatos a esperar de boca aberta e olhos vidrados na TV o que os
outros têm para lhes dizer de tudo o mais que ocorra ou possa acontecer
no Brasil e no planeta.
Sujeitos passivos
acontumados demais com os cômodos ares da indiferença e da
insensibilidade nacional. Posto que, ninguém mais quer pensar e
raciocinar por si mesmo. A ninguém mais cabe enxergar o óbvio. Toda a
vida e toda glória deste mundo parece só valer a pena pela janela da
mídia marrom.
Até a história 'eles' esperam receber empacotada a vácuo, segundo a versão televisiva dos poderosos. A moda agora parece ser a mediocridade e a desinformação dos indivíduos...
Desta maneira é que quase ninguém saber ao certo e com a necessária profundidade crítica e reflexiva a verdadeira história deste 15 de novembro. Afinal de contas, o que haveremos de comemorar? Hoje, até mesmo o colorido que as escolas do passado nos ensinavam acerca desta data desapareceu...
Este
feriado diria que é a própria memória do esquecimento. Não sei até que
ponto isso possa ser bom para os brasileiros, sobretudo para a juventude
estudantil. Porque todos os fatos históricos precisam necessariamente
serem problematizados pela geração do presente. Só assim poderíamos a
partir da compreensão do passado, entender o presente e nos preparar
melhor para o futuro. Este é(seria), sem dúvida, o maior contributo da
história para a contemporaneidade. Um legado a que todos deveriam
abraçar com entusiasmo.
Mas afinal, qual a razão do 15 de novembro? Qual o porquê deste feriado? O que haveremos de comemorar em seu louvor?
Ora, a chamada proclamação da República nada mais foi do que a instauração do primeiro golpe de Estado que o país inaugurara na sua história. Um movimento político-militar que promoveu pela força, a troca do regime Imperial pelo republicano a 15 de novembro de 1889 no Rio de Janeiro então capital do Império. Um ato que ficou a cargo do Sr. Marechal Deodoro da Fonseca naquela época o chefe das forças armadas.
Amigo pessoal de D. Pedro II Deodoro da Fonseca foi instigado pelos poderosos inimigos do imperador a tentar o golpe. Indicado para ser o chefe da nação, aceitou o de bom grado. Portanto, uma traição sem medida ao ponto de o marechal não ter sequer a coragem ou mesmo a hombridade de entregar pessoalmente a carta a D. Pedro.
Mas afinal, qual a razão do 15 de novembro? Qual o porquê deste feriado? O que haveremos de comemorar em seu louvor?
Ora, a chamada proclamação da República nada mais foi do que a instauração do primeiro golpe de Estado que o país inaugurara na sua história. Um movimento político-militar que promoveu pela força, a troca do regime Imperial pelo republicano a 15 de novembro de 1889 no Rio de Janeiro então capital do Império. Um ato que ficou a cargo do Sr. Marechal Deodoro da Fonseca naquela época o chefe das forças armadas.
Amigo pessoal de D. Pedro II Deodoro da Fonseca foi instigado pelos poderosos inimigos do imperador a tentar o golpe. Indicado para ser o chefe da nação, aceitou o de bom grado. Portanto, uma traição sem medida ao ponto de o marechal não ter sequer a coragem ou mesmo a hombridade de entregar pessoalmente a carta a D. Pedro.
Um
golpe formal sem confronto ou resistência. Dois dias depois o imperador
embarcava para Portugal com toda a família real, num misto de tristeza e
de saudade.
Um ano antes (13 de maio de 1888) com o fim da escravidão, o regime imperial havia sofrido seu primeiro abalo, ficando à mercê dos oportunistas civis e militares que sonhavam ascender ao poder por meio da força.
Um acontecimento feito, portanto pelas elites e, como se percebe, sem nenhuma participação popular. Faltou a euforia do povo nas ruas. Um golpe dado às escuras, na calada da noite. Sem muito protagonismo que o valha como um acontecimento notório da nossa história política e social. Um fato meio que temerário para alguns. Uma aposta para outros. Pois, no fundo, havia o temor de que a massa pobre pudesse reagir ficando por seu turno, do lado do imperador.
Entretanto, D. Pedro II, como um verdadeiro ‘estadista’ não ofereceu nenhuma resistência, optando pelo não-derramamento de sangue do seu povo.
Um ano antes (13 de maio de 1888) com o fim da escravidão, o regime imperial havia sofrido seu primeiro abalo, ficando à mercê dos oportunistas civis e militares que sonhavam ascender ao poder por meio da força.
Um acontecimento feito, portanto pelas elites e, como se percebe, sem nenhuma participação popular. Faltou a euforia do povo nas ruas. Um golpe dado às escuras, na calada da noite. Sem muito protagonismo que o valha como um acontecimento notório da nossa história política e social. Um fato meio que temerário para alguns. Uma aposta para outros. Pois, no fundo, havia o temor de que a massa pobre pudesse reagir ficando por seu turno, do lado do imperador.
Entretanto, D. Pedro II, como um verdadeiro ‘estadista’ não ofereceu nenhuma resistência, optando pelo não-derramamento de sangue do seu povo.
O
Brasil desde então experimentaria um novo regime. Uma nova história
começava a partir daquele instante a ser inscrita de forma muitas vezes
dramática. Deodoro da Fonseca assumiria a chefia do novo governo
provisório que seria denominado de 'Brasil República'.
De lá para cá já se foram 123 anos de república. Cabe agora a nós, os contemporâneos avaliar o que houve de positivos neste tempo todo. A que preço o povo brasileiro tivera que pagar por toda esta aventura republicana, que alguns se arriscam, inclusive, a dizer que não deu certo. E, eu, modestamente estou inclinado a concordar com estes.
Quantos golpes sangrentos e brancos ocorreram depois de Deodoro? Quantas ilusões fomos obrigados, forçosamente, a jogar por terra, depois de termos acalentado-as por toda uma existência? Quantos não tiveram que pagar com a própria vida o pesado preço da democracia e do estado de direito? Quanto tempo perdemos. Quantos anos em vão, desperdiçados em nome das velhas utopias que nunca se concretizaram. Sonhos de grandezas e de progresso esvaidos...
De lá para cá já se foram 123 anos de república. Cabe agora a nós, os contemporâneos avaliar o que houve de positivos neste tempo todo. A que preço o povo brasileiro tivera que pagar por toda esta aventura republicana, que alguns se arriscam, inclusive, a dizer que não deu certo. E, eu, modestamente estou inclinado a concordar com estes.
Quantos golpes sangrentos e brancos ocorreram depois de Deodoro? Quantas ilusões fomos obrigados, forçosamente, a jogar por terra, depois de termos acalentado-as por toda uma existência? Quantos não tiveram que pagar com a própria vida o pesado preço da democracia e do estado de direito? Quanto tempo perdemos. Quantos anos em vão, desperdiçados em nome das velhas utopias que nunca se concretizaram. Sonhos de grandezas e de progresso esvaidos...
Quantas oportunidades o Brasil desperdiçou na sua caminhada de 123 anos prenhe de tantas idas e tantas vindas.
Enfim,
a tal república com suas benesses que ainda estar por acontecer. Pelo
menos à altura do que relmente deseja e merece a sociedade brasileira. A
república, enquanto regime sociopolítico de caráter solidário e
progressista ainda é uma grande dívida da história com o Brasil do
agora. Porém, um feriado é sempre um feriado e daí?!
Prof. José Cícero -
Escritor, Poeta e Pesquisador.
Escritor, Poeta e Pesquisador.
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