domingo, 30 de maio de 2010

Secretário de Agricultura do Estado visita Aurora para assinar projeto Aquisição de Alimentos

Sec.Antonio Amorim ladeado pelo prefeito Adailton Macedo(à direita) e o vice Antonio Landim(à esquerda).
A Prefeitura de Aurora recebeu na tarde deste último sábado(29) o secretário de Estado da Agricultura(Desenvolvimento Agrário) - Antonio Amorim. O evento aconteceu nas dependências do centro social urbano(CSU) na vila Paulo Gonçalves ocasião em que a secretaria de agricultura local através do seu responsável José Dácio organizou uma bela solenidade onde recebeu agricultores, comerciantes, pequenos produtores, secretários municipais, vereadores e demais autoridades convidadas.
Além do prefeito Adailton Macedo e o vice Antonio Landim a solenidade contou também com a apresentação artística do jovem repentista Cícero Cosme(da seculte) que encantou a todos os presentes com uma bela canção no melhor estilo sertanejo.
O secretário Antonio Amorim esteve acompanhado de vários assessores alguns inclusive filhos de Aurora. Na oportunidade, o secretário de estado assinou convênio com a prefeitura de Aurora no tocante ao Programa Aquisição de Alimentos, um instrumento que na opinião do prefeito aurorense fortalecerá e muito a agricultura familiar do seu município, através da compra direta dos produtos produzidos pelos pequenos produtores locais.

O secretário estadual de agricultura elogiou o empenho da administração municipal sobretudo na área agrícola, fazendo um histórico de toda o trabalho da sua pasta no sentido de promover melhorias para o homem do campo por meio de uma política agrícola voltada inteiramente para os que produzem e vivem da agricultura familiar.
O prefeito Adailton Macedo agradeceu a deferência do secretário e aproveitou para solicitar de público uma série de melhorias para o seu município.

Da Redação do Blog de Aurora e do JC.
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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Representante da CEART visita secretaria de Cultura de Aurora



Secretário JC, Dil, Arnaldo e membros da Secretaria com representante da Ceart
Na tarde da última quarta-feira, 26 a Seculte-Aurora recebeu a visita do técnico do CEART – Cariri o Sr. Maycon Alves. O mesmo vem realizando por toda região diversas visitas com vistas a um levantamento de identificação de como os artesãos caririenses se mantêm do ponto de vista da comercialização dos seus produtos, bem como no que diz respeito a questão do fornecimento do material utilizado para o ofício artístico.
Em conversação com o secretário de Cultura José Cícero o representante da CEART acertou alguns encaminhamentos. Dentre os quais uma visita a Srª. Conceição; diretora do referido órgão na cidade ciceropolitana.
“Iremos tentar a viabilização da confecção de carteirinhas para os nossos artesãos. Assim como organizar um encontro municipal com todos os artistas de Aurora e o pessoal da Ceart, no sentido da formação de uma Associação local para facilitar as possíveis parcerias com outras entidades governamentais e projetos”, disse José Cícero.
Participaram da conversa na Seculte os artistas: Dil André, Arnaldo da Ingazeiras e os assessores Erival e Cícero Cosme. O representante da CEART aproveitou a ocasião para ver de perto o ateliê de Dil André instalado na sede da secretaria de Cultura, quando pôde ver de perto as belas peças produzidas, assim como os quadro de Arnaldo da Ingazeiras abobas expostas no vão de entrada daquela secretaria.
Na próxima semana o responsável pela pasta da Cultura visitará a Ceart/Cariri onde discutirar uma série de questões relativas aos artesãos de Aurora.
Da Redação.
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sábado, 22 de maio de 2010

Prefeitura de AURORA inaugurará nos próximos dias mais uma obra pública

Por José Cícero




Nos próximos dias o prefeito Adailton Macedo fará a entrega de mais uma obra. Trata-se do Posto de Saúde do bairro Araçá. O mesmo foi construído nas proximidades da estação ferroviária no início da rua Cícero José do Nascimento(ver foto). Uma obra das mais importantes e muito bem aceita pela população em especial os moradores daquela comunidade.
O bairro Araçá, um dos mais densamente povoados da cidade, há muito tempo vinha necessitando de uma iniciativa como esta, segundo avalia o chefe do executivo aurorense. Além do PS o Araçá, assim como a cidade e o município como um todo, vêm recebendo uma série de ações e obras fundamentais para a o bem-estar de toda a população, notadamente os mais carentes.
A obra em questão se reveste do mais alto valor social em razão do melhoramento dos serviços de saúde pública que vêm sendo pretados à comunidade local, afirma.
O prefeito Adailton, também assegurou para a nossa redação, de que as obras referentes a segunda etapa do asfalto estarão sendo iniciadas dentro dos próximos dias. O asfaltamento beneficiará inicialmente os bairros Araçá e São Benedito, além do complemento das ruas do centro.
Em recente pesquisa de opinião pública, as obras do asfalto já executadas no centro figuram no topo da lista das prioridades escolhidas pelos entrevistados. No entanto, não é à toa a afirmação popular de que “Aurora está sendo transformada" literalmente num verdadeiro "canteiro de obras”, principalmente pelas construções de grande envergadura que estão sendo realizadas taism como: a escola técnica, a agência do INSS, o PS, a delegacia de polícia, dentre outras iniciativas.
Uma outra ação, cujos maiores efeitos e benefícios são incontestáveis, mas que muito deles só deverão ser sentidos no futuro, diz respeito a efetivação do concurso público que ora vem sendo finalizado. A homologação dos aprovados se dará também nos próximos dias. “O concurso é uma boa ação para a vida toda. Algo que segue os mais rígidos princípios da democracia no que tange a isonomia do acesso aos serviços públicos. Uma coisa que muitos dos que ocuparam o poder vinham empurrando com a barriga e que agora, com determinação e coragem a nova gestão realizou com a mais absoluta transparência e imparcialidade”.
A posteridade, independente de oposição ou situação irá se dá conta de que foi uma atitude das mais necessárias e importantes assumidas pelo prefeito Adailton Macedo”.
Isso porque, cedo ou tarde, ninguém escapa ao teste da história, muito especialmente quando se trata da gestão pública.
Aurora, por esta e muitas outras razões imperativas, justas e democráticas faz jus ao governo que tem, sob o comando de Adailton e Antonio Landim e os auspícios de uma administração séria, aberta, transparente e popular.
Da Redação do Blog d'Aurorae do JC.




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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Um Poema Chamado Cangaço: 80 anos da passagem de Lampião por AURORA*

Por José Cícero
A Saga de Aurora: Trama e fuga após a invasão de Mossoró
Virgulino - Lampião rei o cangaço.
Forasteiro amigo
da Aurora de Izaías e Massilon.
Bando reunido, conluio armado.
Traçando os planos para o conflito
com vistas à invasão de Mossoró.
Virgulino - Lampião rei do cangaço.
Homem sabido, corpo fechado.
Fanático do padre Cícero,
vaqueiro-almocreve. Rei não coroado
justiceiro sertanejo, herói ou bandido.
Bandoleiro, líder magno.
Che Guevara dos sertões adentro
que pela única vez na vida
se deixou guiado por Massilon
Seu comandado.
Um falastrão aventureiro.
Encantado pelas armas e o dinheiro
financiado pela logística do poder político
do arguto coronel esperto:
Izaías Arruda - seu traidor danado.
Sócio do crime endereçado.
Projeto aventureiro, tramado ali mesmo
na Ipueiras da Aurora arquitetado.
Lampião - rei do cangaço
Que por algum motivo foi enganado
ante a falácia de um subalterno.
Benevides: mancomunado com outros bandidos
Alguns togados,
com as insígnias de três Estados.
Lampião - rei do cangaço
Que estranhamente se deixou levado
Pelo engodo de um falastrão.
Em detrimento da experiência
E do seu instinto guerrilheiro.
Profundo conhecedor dos caminhos
de todos os sertões do mundo
E dos grotões desérticos dos matos.
Massilon , Zé Lúcio, Três Pancadas,
Zé de Roque e Chubim;
Bandoleiros das Antas daqui.
De Izaías Arruda - o coronel.
Perspicaz e interessado.
Massilon Leite um dos artífices da invasão de Mossoró tramada na Ipueiras d'Aurora
Quando enfim o bando abastecido
Com todo o dinheiro investido
E armas de Arthur Bernardes
Seguiu em frente na direção do Norte,
buscando afogar em sangue
a resistência do rio grande.
Da Mossoró desenvolvida
às fimbrias do Apodi.
Cheirando fortuna ao alcance da mão.
Tudo seria facílimo para Massilon.
Ledo engano dos covardes!
Rodolfo Fernandes - o prefeito
Não permitiria.
Mossoró não seria
O que foi a vila de Apodi
e outros que se renderam fácil.
Tampouco, o tal prefeito pagaria
Qualquer que fosse a quantia
Porque sua cidade seria
do mesmo jeito assaltada.
Assim era o plano de Massilon e Izaías.
E quando na hora dada, por trás do cemitério
O bando iniciava sua marcha
Seria um ataque fácil...
Como dissera Massilon na sua fantasia.
Conhecia de côr todo o pedaço...
Trabalhou por ali um dia.
Foi caixeiro viajante. Negociador esperto.
Porém, uma chuva abrupta e torrencial
Poria por terra o intento, o plano.
Facilitando a resistência do alcaíde mossoroense.
Volantes perseguidoras de Lampião do Sítio Ribeiro d'Aurora 1927
Um silêncio profundo,
tomara por fim o ambiente
Além da ruazinha do velho cemitério abandonado.
Algo estranho naquele lugarejo.
Aguardava a chegada do funesto bando.
Coisa que a lábia de Massilon não contaria.
De repente, de balas uma saraivada
Deu as boas-vindas aos cangaceiros.
A chuva agora não mais era líquida
Era fogo quente de projéteis riscando o ar.
Para onde quer que se fugisse.
Sabino achou estranho
quando viu Jararaca ferido se ajoelhar
pintando o solo riograndense de vermelho
Sangue cangaceiro, disse ele,
A se derramar primeiro numa briga
É um mau presságio.
justamente para quem estava acostumado
Com os confrontos do espinhento mato
E as pedreiras íngremes da caatinga em brasa
Contra as volantes dos macacos enlouquecidas
Entre espinhos dos xiquexiques imperdoáveis.
Mas não tinha jeito,
A cena seguia seu rumo como um filme
ensaiado para uma cidade em abandono.
Na retaguarda Lampião, o chefe, com seu rifle cano longo
sobressaltado aumentou seus passos
entre Xexéu e Rouxinal.
Não acreditava no que assistia.
Sentiu o drama estranho. Uma sensação inusitada
para o seu currículo de capitão do mato.
Pressentiu os sinais de um fracasso.
E após quase uma hora de confronto
Gritou alto para os da frente:
- Vamos embora cambada!
Todos em seguida bateriam em retirada.
Queriam agora salvar suas vidas.
A batalha de Mossoró estava enfim, perdida e terminada.
Caía ali por terra, além de Jararaca e Colchete.
O velho mito do Lampião cangaceiro
Corpo fechado, invencível.
Virgulino a partir daquele episódio histórico
seria de carne e osso. Mortal como qualquer um.
Pela primeira vez na vida fora desmoralizado
Numa luta que não desejava para si
Porque disseram que seria fácil.
Uma água dormida do pote.
Ele, mais do que os outros seus comparsas.
Sentiu o peso daquela derrota multiplicada.
o preço da derrota, todavia seria maior:
a perseguição continuada.
Agora de três Estados em auforia.
não lhe dariam trégua. E como um cão danado
seguiam em seu encalço noite e dia.
Um carrapato sugando sua virilha.
Um fantasma da própria morte que se via.
Depois do malogro, o bando sofreu o diabo
Correria léguas tiranas...
Cel. Izaías Arruda da Ipueiras d'Aurora um dos maiores coiteiro de Lampião do Cariri
Teria agora que poder o que nunca tinha podido.
Enfrentar o inimigo, os macacos,
Numaa desproporção numérica absurda
De 1 cangaceiro para 40 soldados.
Além de não poder mais contar
Com antigos aliados: Os coiteiros do Cariri:
- antigo refúgio dos seus comandados.
Agora a sapiência de Virgulino – o capitão do mato;
exímio estrategista conhecedor dos sertões
seria posta mais uma vez em xeque.
Dela dependeria a sua vida
E a sobrevivência do seu bando.
Virgulino - O Lampião.
Agora, perseguido e encurralado,
Por todos os lados e, por onde quer que olhasse
Sentiu na pele o princípio de um longo processo de covardia.
E o começo das deserções que se seguiam.
A partir do próprio lapso de Massilon
Com seu subgrupo de facínoras.
Em seguida, outros jagunços.
Mas o capitão não procurou culpados.
Com o bando seriamente reduzido
Lampião fora impedido
De seguir para seu Estado.
Voltou para o Ceará imaginando
a velha proteção dos seus amigos,
Coiteiros: Antonio da Piçarra, Santana e Izaías.
Ipueiras da Aurora seria seu refúgio por alguns dias.
Ledo engano!
O coronel Arruda sabendo da derrota
estava agora do lado da volante.
Num acordo espúrio fechado em Fortaleza
Quando o governo lhe prometera
Sanar suas dívidas, perdoar seus crimes
E uma bonificação de 50 contos na algibeira.
Izaías agora poria seus 87 jagunços
à serviço da ordem dominante,
sob o comando do major Moisés de Figueiredo,
O seu parente.
Chegou na estação do trem eufórico com o lucro
Mais do que havia perdido quando se associou
investindo na malograda invasão daquele grupo.
Lampião por sua vez chegava n’Aurora
Agora com seu bando diminuto,
Estropiado, famélico, ferido e cansado.
Mas, tendo vencido heroicamente todos os confrontos.
Que se seguiram desde o rio grande e Limoeiro.
Enfrentando de igual para igual
um verdadeiro exército bem armado e alimentado
em suas montarias.
Composto por soldados de três estados: Ceará, Paraíba e Rio Grande.
Além de toda a jagunçada
Dos oportunistas potentados da região
que se debandaram para o outro lado.
Não por justiça, porém por puro casuísmo,
e outros interesses político-financeiros.
Mesmo pequeno sob seu comando
o bando lampiônico era imbatível.
E todos acreditavam nisso.
Razão pela qual, os ânimos dos seus apaninguados
não foram de tudo atingido. Lampião adentra Aurora quando no limite de Lavras
Na serra de Várzea Grande vence de novo outro confronto.
Seguido do Ribeiro no riacho do bordão de velho.
Novamente a volante é derrotada
Sob o comando do major Moisés em desespero.
Mas de 400 macacos contra vinte e poucos cangaceiros.
Para enganá-los Lampião foi ajudado pelos Penitentes
Com seus 'hábitos' inexpugnáveis
lá para as bandas do Ribeiro sítio,
conseguindo passar com o seu bando
no meio dos soldados sem ser notado.
Um mistério que aumentaria sua lenda
Da sua invisibilidade, corpo-fechado;
pelas rezas fortes e a devoção ao padre Cícero.
Chegando a Ipueiras de Zé Cardoso e Izaías.
Convidado que foi para um banquete
regado a vinho do padre e a boa aguardente do brejo.
Comida envenenada com cianeto.
Descoberto a tempo por seu tino, o engodo,
Virgulino ordena o ataque aos presentes:
Soldados e jagunços disfarçados.
Um número grande escondido para o cerco.
Lampião agiu primeiro...
Sem sucesso Izaías autoriza o incêndio
E a capoeira de algodão já seco
Transforma-se num inferno em brasa.
O vento favorece o fogo
Levando-o em direção dos soldados.
Ouvem-se gritos de todos os lados
O bando foge pela parede do açude.
Alguns ficaram para trás feridos,
nem tanto pelas balas dos inimigos,
Mas pelas chamas ardentes do mato seco.
Os bandoleiros gritavam: - Viva padre Cícero!
Lampião ironizava dizendo: - “Não sou preá para morrer queimado!”
- “Isaías, seu covarde!”.
Depois, ruma para a serra do Coxá onde se refugiaria.
O difícil acesso garante tranqüilidade
O bando descanso ali no Diamante por alguns dias.
Enfurecido o rei do cangaço,
ganharia a partir daquele instante, mais um inimigo.
O coronel de Aurora: o prefeito de Missão Velha - Izaías...
Foto rara do bando de Izaías Arruda tirada em Ingazeiras em 1926
Depois, ainda em Aurora, Lampião
realiza um zig-zag deixando os soldados ainda mais perdidos
dando um banho de ludíbrio nas volantes.
Que andando em círculo se dirigem para as bandas do Araripe.
Virgulino – o capitão guerreiro
Cruza o rio Salgado, a linha de ferro, a serra do Góes e dos Quintos
Na direção oposta dos seus perseguidores.
Depois retornou ao Morro Dourado, Malhada Funda, Brandão e Jatobá.
Vazante, Lagoa do Mato, Ingazeiras, Barro Vermelho.
Até atingir Milagres pelas minas do Coxá, Morro Dourado e Diamante.
Adentrado a Paraíba pela serra de Santa Inês
Nos rumos de Conceição.
Até finalmente alcançar Pernambuco, seu Estado.
Foi a última vez que Lampião viera a Aurora.
Há exatos 83 anos.
A primeira foi em 25: Monte Alegre, Pau Branco e Tipi.
Por aqui sua memória viva continua
Uma figura que a nossa história não esquece.
Provando que o seu mito ainda é forte
Sua lenda um instrumento que mais fortalece
A historiografia dos sertões do Norte
Bandido ou herói? Isso pouco importa.
O que vale foi o homem que fizera história.
Personagem de uma saga de vida e morte.
Quando do seu jeito resolveu se rebelar
Contra as injustiças de um tempo
Que não quer passar.
Sertão sem lei ante a ausência do Estado.
Por tudo isso foi o cangaço
um fenômeno social. Um fato histórico. Um requinte...
E Lampião, rei do cangaço personagem-centro.
Figura hercúlea deste movimento
Que com sua luta, coragem e ousadia
marcara para sempre o século XX.
(*) Prof. José Cícero
Secretário de Cultura
Aurora - CE.
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terça-feira, 18 de maio de 2010

O Nordestino Presidente Operário*

Por José Cícero
Luiz Inácio Lula da Silva – o presidente nordestino que por cima de pau e pedra conseguiu chegar ao topo do poder. Um homem do povo que elegeu a coragem e a ousadia como principais premissas para a superação dos mais gritantes desafios da nossa história: a miséria e o preconceito não somente das elites. Isso mesmo. Porque o preconceito em todas as suas variáveis está profundamente arraigado nas entranhas sociológicas e culturais da nossa gente e do poder.
E Lula, o nordestino interiorano, tivera que romper com tudo isso para logo em seguida se firmar perante o Brasil e o mundo.
Conseguiu assim, por seu turno, o que para muitos era simplesmente impossível. Vencer-se a sim mesmo diante de toda carga de preconceito de classe que, convenhamos, ainda existe onde quer que se ande pelo país adentro. Alimentado que é pelas elites dominantes, assim como por uma burguesia ressentida que nunca aceitou de bom-grado a derrota do seu modelo imposta pelos oprimidos através das urnas.
Lula, o líder operário, provou de uma vez por todas que nunca podemos perder as esperanças na possibilidades construtiva dos dias novos e de bonanças; fruto do trabalho e do esforço aguerrido dos que nunca abandonaram a capacidade de sonhar e de lutar. Provou para as elites, sobretudo do Brasil e do mundo que ninguém é de tudo analfabeto e ignorante que não se possa ser útil possuindo algo de salutar e importante para oferecer aos outros. Os seus oprimidos irmãos de caminhada.
Lula, o nordestino presidente operário é por tudo isso e mais um pouco um raro fenômeno social e político que ficará para sempre na história, como um exemplo sempre a ser seguido, imitado por todos quantos ainda sonham com a liberdade e o bem-estar do seu povo.
Um homem que viveu na própria pele toda a tragédia da fome, do desemprego e da miséria quase absoluta. Um nordestino típico como tantos outros que não se dando por vencido se fez retirante diante das diásporas modernas de um mundo cão. Formado pela universidade da vida, Lula constuiu seu maior diploma com o suor do rosto e os calos das mãos, qual um Prometeu renitente dos sertões tecendo sua inteligência na experiência de uma luta incessante e empírica do seu dia-a-dia. E assim, até hoje vem sempre travando o bom combate em favor de um Brasil justo, renovado, igualitário e diferente.
Um homem de convicções que fora obrigado a deixar seu torrão para não morrer de fome. Um homem de crenças, que um dia por não ter quase mais nenhuma alternativa decidiu ganhar o oco do mundo. E uma vez nas terras do sul conheceu de perto uma outra realidade dantesca de uma outra miséria diferente. E assim, arregaçou as mangas e foi à luta em favor da justiça e do que ele própria acredita ser correto.Tornando-se um dos líderes operários mais ativos e importantes das Américas.
Enfrentou a exploração de cabeça erguida como nenhum outro já o fizera em toda história.
Os que resolveram apostar no fracasso do seu governo quebraram literalmente a cara. Caíram como uns patinhos...
Razão pela qual muitos dos oportunistas que os detratavam de maneira covarde e injusta decidiram adentrar o seu governo pelas portas do fundo. Não foi um governo de ruptura como se previa os esquerdistas, todavia com inteligência e jogo de cintura implementou uma linha política um tanto quanto conciliadora que terminou por agradar gregos e troianos, inclusive no cenário internacional, onde foi autêntico, ousado e corajoso como apenas o foram os grandes lideres da história e da geopolítica universal.
Subira por seus próprios méritos até mesmo onde ninguém mais acreditava que fosse capaz. Lula, o presidente operário, possui a ousadia dos teimosos, assim como dos que nunca se deram por vencidos.
Indubitavelmente hoje Lula mantêm-se na pole-posicion dos maiores e mais carismáticos líderes da política brasileira de todos os tempos. Quiçá o mais destacado no quesito aprovação popular. É ele, inclusive o líder mundial que detêm o maior índice de aceitação pública de todo o mundo e, notadamente das Américas.
Agora de novo, os que continuam teimosamente apostando no fracasso da sua sucessão, já começam a perceber que, novamente quebrarão, tanto a cara quanto os interesses elitistas adormecidos a espera de uma luz no fim do túnel.
O presente, mesmo antes que a história já começa a mostrar o resultado prático de todo o pioneirismo desenvolvimentista do seu governo. Lula, portanto se tornou agora um autêntico divisor de água brasileiro. De modo que há um Brasil antes do Lula e outro depois. O segundo claramente mais rico, justo, soberano, democrático e afirmativo dentro e fora dos seus limites culturais e geográficos.
(*) José Cícero
Secretário de Cultura
Aurora-CE.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Um instante para Pensar e Refletir: Saudades...velhas nostalgias*

Por José Cícero
Fico agora a imaginar outros tempos quer seja no raro silêncio das noites, quer seja no barulho ensurdecedor deste verdadeiro inferno em que também vem se transformando o nosso interior, por conta do crescimento vertiginoso dos veículos automotores: carros novos e velhos e um absurdo número de motocicletas a crescer do dia para noite, numa progressão deveras inumerável.
Fico a pensar no tempo de outrora, até mesmo nos anos que nunca vivenciei... De quão gostoso devia ter sido, numa contraposição direta às atribulações deste presente que nos acostumamos a denominar simplesmente de pós-modernidade das grandes invenções e facilidades. Ou até mesmo, garbosamente, de a era de aquários deste tenebrosissímo terceiro milênio que quase ninguém se arisca a dizer onde vai parar.
Fico a pensar num tempo diferente. Onde a consciência de viver era uma premissa sempre a elevar o espírito de compromisso e fraternidade entre os homens de boa vontade. Quando as preocupações eram outras. Onde a violência, por exemplo, não constituía nenhum temor e, tampouco sequer fazia parte das agendas das nossas atenções prioritárias do dia-a-dia.
Hoje, no entanto, a violência é uma verdadeira lição de pura geografia. Uma anátema das mais democráticas, posto não fazer distinção de raça, de cor ou de classe social.
Todos de um jeito ou outro somos vítimas em potencial do seu alcance. A violência em todas as suas variáveis agora é uma sombra fantasmagórica a nos perseguir onde quer que estejamos. Um inimigo íntimo da modernidade. Um castigo. Uma praga a desafiar a paciência e a mancietude do gênero humano.
Fico a imaginar como era fenomenal o romantismo das pessoas na tarde-noite a conversar entre si com suas cadeiras de balanço e preguiçosas postas nas calçadas em meio aos vizinhos, amigos e familiares. Quando não havia ainda o feitiço da mídia televisiva a nos sufocar de tantas ilusões e idiotices. Um verdadeiro atentado contra a inteligência dos que pensam e a capacidade que ainda resta para se indigninar.
Dos namorados bem-comportados nos jardins e nas salas de estar. Das novenas e das promessas feitas para o santo. Dos passeios de carroças e carro-de-bois. Dos engenhos de cana, do cheiro de mel a impregnar todo o ar. Dos banhos de chuva. Do misto da feira do Crato parado na praça. Dos antigos e inesquecíveis bailes dançantes e da boa música. Dos velhos cabarés a meia-luz e suas raparigas enfeitadas a seduzir os machões.
Da feira dos pássaros, das bodegas e das conversas no pé do balcão. Da sirene da usina sendo o relógio da cidade. Dos toques do sino na matriz. Da banda cabaçal, do reisado e dos forrós e sambas da vida. Das figuras populares mais excêntricas a passear por nossas ruas: de Broa - a louca, Pulia, Juvêncio, Zé Grude, Beija-flor, Coronel, e os bebedouros inveterados de cachaça...
Do escurinho do cinema, quando cinema havia.
Da copa do mundo acompanhada pela multidão reunida no clube através do velho rádio ABC de transístor na base da pilha. Da radiola e dos discos chegados em primeira mão. Da brilhantina, do corpete da menina. Das anáguas das viúvas novas. Do antigo desejo da primeira transa.
Das antigas matinês dos circos. Das tertúlias nas casas dos amigos. Do som do alto falante dos parques de diversão e dos recadinhos para a paquera. Da difusora no alto da torre, no poste da esquina e no centro da pracinha. Do carteiro trazendo a missiva com as notícias do litoral.
Do apito do trem chegando à estação repleta de pessoas apreensivas e vendedores ambulantes. Da reza e do hino nacional na escola antes de adentrar a sala de aula.
Dos antigos cafés onde os fuxicos eram democratizados. Das antigas festas do padroeiro e da sociedade do preto e branco e do paletó.
Dos velhos leilões no adro da matriz, dos sermões autoritários e reacionários do velho vigário.
Dos políticos se achando donos da vida e do mundo. Das fotos sensuais da revista Cruzeiro.
Dos artistas do povo se apresentando de graças no meio da feira-livre. Dos violeiros, dos vendedores de cordéis, do ceguinho sanfoneiro, do homem da mala com suas cobras benfazejas na propaganda para vender pomada.
Hoje fico a imaginar, como tudo isso pode ter passado quase num piscar de olhos.
O banho de rio, as antigas brincadeiras no meio da rua esburacada, do futebol no campinho da várzea. Das frutas roubadas no brejo próximo ou do fundo do quintal da nossa vizinha. Do medo das almas penadas. Das estórias de trancoso. Da primeira professora e da primeira namorada.
Tudo isso constitui um passado que nunca passa...
O que fizeram com as antigas profissões: o barbeiro, o chapeado, o alfaiate, a rezadeira, a parteira, o sapateiro, o flandeiro, a engomadeira com seu ferro de brasa, do ferreiro e até do carpinteiro dentre outros.
Fico a imaginar com saudade daqueles anos em que éramos felizes e não sabíamos.
Enfim, da paz que era viver na mais profunda harmonia com os homens e a natureza de Deus.
(*) Prof. José Cícero
Sec. de Cultura - Aurora/CE.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Poesia: Tributo ao poeta Mário Quintana*


Por José CíceroQUINTANARES


Quintana!
Poeta maior dos sentimentos
Mais sentidos.

Versos livres
pleno universo.
Quintana velho
Poeta escravo
Artesão do estro
Construindo à esmo
Por entre os verdes pampas

entre seus dedos
Amores, sensações

paixões e sentimentos.
Corações partidos.
Poeta Mário!
Sentimentalismo
Do mundo inteiro.
Tecelão da palavra
tessitura do belo verso

poema do chão
nascido já sem medo.
Velho Mário!
Pescador de gestos
Brado solto ecoando
Pelo vento.
Vocábulos garimpados
No caudaloso leito

calmo sem perigo
Do seu grande rio.
Mário Quintana!
Superlativo temático
De tudo que existe.
Gesto supremo
Impregnando de sentido prático
As coisas que os brutos
Imaginam não fazer sentido.
Mário poeta!
Quintanares expressos
Em palimpsestos .
Altivo gesto
Diante de tudo

como de resto: grito...
Nudez das metáforas
Pecados e sacrilégios.
Anjos decaídos.
Afagos.
anos passados
linhas de rastros
versos dispersos
Num emaranhado de segredos.

Trilhos de ferro
rugas do tempo
gasto, disperdiçado.
Sobre os semblantes

dos tristes.
Poeta Mário!
Alegria dos dias idos
Saudosos.

Mário poesia.
Caudalosos rios
A escorrer entre os anos
Feitos lágrimas quentes
Fontes termais
Dos nossos mais extremos
Exageros.
Mário Quintana!
Poeta do mundo:
Brasileiro.

JC - In Versos Dispersos(inédito 2010)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Prefeitura de AURORA lança Revista com importantes ações da gestão municipal

A prefeitura de Aurora acaba de lançar a Revista “Olhares” que na sua 1ª edição traz entre outros assuntos uma prestação de contas acerca das obras e ações até agora empreendidas pela gestão “O povo construindo o novo”.
Trata-se de um informativo direcionado à população, principalmente para os que desejam se informar sobre as diversas iniciativas que vêm sendo promovidas pelo prefeito Adailton Macêdo e o seu vice Antonio Landim, desde o princípio do mandato.
Marcada por uma bela feição gráfica, a revista aborda também de forma concisa as várias realizações de todas as secretarias municipais com um acervo de belas imagens.
A revista “olhares”, além de promover o incentivo à leitura também representa um importante canal de comunicação social entre a administração pública municipal e a municipalidade. É, por assim dizer, a democratização da informação por meio do jornalismo escrito.
A revista, que foi lançada esta semana, por ocasião do dia internacional do trabalho, já se encontra à disposição dos leitores na sede da prefeitura, bem como nas demais secretarias do município. Vale a pena lê-la.
AURORA: Canteiro de Obras e em ritmo acelerado!

Em ritmo dos mais acelerados a prefeitura de Aurora vem finalizando a conclusão de várias obras importantes e de elevado valor social. Como exemplo é digno de nota, a construção do posto de Saúde do bairro Araçá, localizado no início da rua Cícero José do Nascimento nas proximidades da estação. Ainda, as obras de pavimentação em paralelepípedos da rua São Francisco uma das mais extensas do bairro e, que por sinal, uma das mais antigas reivindicações dos seus moradores.
Na noite que marcou as festividades do dia do trabalho – 1º de maio, o prefeito Adailotn Macêdo, já havia lançado oficialmente a ordem de serviço para o início das obras de asfaltamento do bairro Araçá, que segundo informação da secretaria de obras, serão iniciadas nos próximos dias. Por tudo isso é que a população encontra-se bastante animada com a gestão atual, dado o volume de obras e ações já realizadas pela administração atual.
Aurora em todo o seu contexto municipal vem se transformando num verdadeiro canteiro de obras. Basta ver a construção da Escola Técnica, da Agência do INSS, do Posto de Saúde, da delegacia dentre outras.


Inagens do Calçamento da rua São Fco e PS do Araçá. Revista acima.
Fonte: Seculte-Aurora news e
DA: Redação do Blog da Aurora
Leia mais em:
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terça-feira, 4 de maio de 2010

Academia Comunitária da Praça Padre Cícero já é sinônimo de sucesso

Por José Cícero


Público da 3ª idade e comunidade frequentam o espaço
Iniciativa da administração atual a frente o prefeito Adailton Macedo Academia Comunitária da Praça Padre Cícero já vem sendo elogiada por toda a comunidade de Aurora.
Uma novidade que agradou e muito a população. É esta a constatação que se tem diante do grande número de pessoas que durante todos os dias freqüentam o espaço da Academia Comunitária entregue dia 1º pelo prefeito Adailton Macedo à população.
A academia Comunitária esta instalada na praça padre Cícero ao lado da antiga estação ferroviária. O projeto tem como prioridade assistir a população da 3ª idade no sentido de promover o acesso à saúde física assim como a prevenção de uma série de doenças provocadas pelo sedentárismo e a obesidade.
A academia vem fazendo tanto sucesso que o gestor municipal já pensa inclusive em ampliá-la, levando a iniciativa para outros locais da cidade e dos distritos. A academia estrategicamente está instalada ao lado da biblioteca pública, o que facilitar e proporcionar o acesso dos seus visitantes a leitura na praça.
Desde a solenidade de entrega que aconteceu no dia do internacional do trabalho – 1º de maio, a visitação ao espaço tem se estendido pela noite, tamanho é número de usuários dos instrumentos de ginástica. " Uma academia como esta é muito importante para a comunidade, principalmente pelo fato de que muita gente não tem condição de pagar uma academia comercial, particular..." disse um dos frequentdores do local, o artesão Dil André.
Ao lado dos agentes da Cidadania(guardas), a academia tem se constituido num instrumento dos mais aceitos pela população.