terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Se não sabia, fique sabendo...

Que até o momento(29/12/2008), quase nenhuma criança foi devidamente matriculada na rede de ensino municipal...Um acontecimento diametralmente oposto ao que ocorre na rede estadual.
Curioso: noutros tempos, as matrículas começavam cedo, logo no ato da entrega dos boletins escolares. Não dá para acreditar que uma atitude como esta seja produto de revanche ou qualquer tipo de retaliação pelo resultado das eleições de outubro.
Desculpem a ignorância: Se todos sabem que o repasse do FUNDEB para os municípios é per capita, isto é, por número de alunos será que o fato em questão tem a intenção deliberada de prejudicar a nova administração? Uma pena, se o for, pois o município como um todo é que sairá penalizado e a educação comprometida caso haja um rebaixamento em 2010 nos atuais montantes de recursos repassados, posto que os percentuais sempre tomam por base os anos anteriores.
O que fazer: Como nem tudo é fatalismo, a ordem é recuperar o tempo perdido, ou seja: tão logo o novo prefeito seja empossado, ponha em macha uma força tarefa. Verdadeiro mutirão pela educação, conclamando os pais de alunos e a juventude para a necessidade da matrícula como uma necessidade urgente e fundamental para o futuro da educação de Aurora.
Difícil é entender como uma festança nos últimos dias de gestão possa ser encarada como um ato louvável.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Prefeito eleito de AURORA Adailton Macêdo anuncia secretariado




O novo prefeito eleito de Aurora Adailton Macedo(PSDB) ao lado do vice Antonio Landim(PSC) anunciou nesta segunda-feira, 22 através da rádio Boa Esperança AM do Barro, os nomes dos que irão compor o seu futuro secretariado.
O anúncio vinha sendo aguardado com muita expectativa por parte da população, uma vez que a eleição de Adailton Macedo teve a forte marca da mudança. Razão pela qual parte considerável da municipalidade há dias vinha especulando os supostos nomes dos que poderiam integrar a lista do futuro secretariado. Com todos os ingredientes políticos, o tema virou de vez um dos assuntos preferidos e mais comentados nas rodas de amigos, tanto na cidade quanto no interior rural.
Alguns nomes foram recebidos com absoluta surpresa, outros nem tanto, posto que informações de bastidores já circulavam pela cidade. Contudo, no cômputo geral, os nomes dos indicados foram bem recebidos pela comunidade, sobretudo pela qualidade da equipe, assim como os critérios estabelecidos para a escolha que, em suma, priorizaram a inteligência, a seriedade e o compromisso de trabalho e dedicação dos indicados com o bem-servir em prol da construção de uma Aurora Moderna, democrática e renovada para todos, assim como pensa o novo mandatário aurorense.
1º Encontro com o secretariado:
No domingo está previsto para acontecer o primeiro encontro entre o prefeito eleito e o seu secretariado. Na oportunidade será debatida dentre outros assuntos, a escolha do segundo escalão administrativo e as primeiras iniciativas para o início de janeiro quando a equipe assumirá efetivamente os destinos de Aurora. Também será conhecido pelo secretariado o levantamento produzido pela equipe de transição contendo um diagnóstico acerca de como se encontra o município do ponto de vista administrativo.
Até o momento no que tange ao primeiro escalão, apenas a pasta de Finanças ainda não conta com o seu titular, mas conforme a assessoria do prefeito, o anuncio do nome apontado será conhecido até quinta-feira. Ainda, de acordo com Adailton Macedo está prevista também a criação de uma nova secretaria, a da juventude e Cidadania, cuja mensagem será enviada à Câmara para apreciação já na primeira sessão legislativa do ano vindouro.
Relação dos secretários já indicados e suas respectivas pastas:

Educação – Profª. Fátima Oliveira
Saúde – Drª. Petrúcia Frazão Lira
Cultura, Turismo e Esporte – Prof. José Cícero
Administração – Osasco Gonçalves - Atual Jussier(2012)
Ação Social – ex-vereadora Socorro Macedo
Agricultura – sindicalista José Dácio de Sousa
Obras e Urbanismo – Antonio Macedo.
Transportes - Paulo Roberto
Finanças - José Joaquim(Zé Pretim).

Discurso proferido durante a última sessão plenária da Câmara Municipal de Aurora em 2008


Exmª Srª. Presidente desta casa - vereadora Socorro Macedo,
Exmos. vereadores e vereadoras,
Autoridades aqui presentes,
Meus senhores e minhas senhoras;

Hoje, certamente como nunca na sua história o Poder Legislativo aurorense – a Casa magna do Povo – ora realiza uma das suas sessões plenárias mais memoráveis. Não apenas pelo simples fato de estarmos encerrando, nesta ocasião, os trabalhos de ಉಮಾ legislatura das mais operosas e marcantes, iniciada ainda no ano de 2004. Mas, sobretudo e principalmente, por ‘aqueles parlamentares’ que neste exato momento se despedem do seu mandato, com a plena convicção de terem dado o melhor de si, naquilo que sempre acreditaram ser o ideal para sua terra.
Alguns, cuja dedicação ao trabalho político tivera por assim dizer, a própria marca do seu dia-a-dia. Outros, por anos a fio fizeram do seu cotidiano uma eterna luta em favor dos menos favorecidos e do município como um todo; quase como um verdadeiro sacerdócio. De modo que a própria vida de todos eles, ao um só tempo, ainda hoje se confunde com a própria história política recente desta terra. Tamanha foi a atenção e o apego que ambos devotaram aos problemas, assim como aos interesses maiores de Aurora e de sua gente.
Senhoras e senhores,
Como disse, esta sessão se reveste da mais alta importância histórica por tudo que estas pessoas representaram ( e ainda representam) para o engrandecimento desta casa e por extensão, do próprio movimento político aurorense destas últimas décadas.
Uns mais uma vez, pelo apoio popular conseguiram galgar novos espaços no cenário político municipal. Na expectativa de poder continuar trabalhando em defesa de dias melhores para os aurorenses. Outros, por múltiplas razões, deixam neste momento a seara legislativa com a mais absoluta certeza do dever cumprido e, com os mais fortes sentimentos de amor à causa que sempre defenderam. Pois foram estas as motivações que os impulsionaram a prosseguir, por acreditar ser a política a arte do bem-servir assim como o instrumento efetivo para a transformação de qualquer sociedade.
Por tudo isso, neste instante especial, diria que uma áurea de saudade está como que a envolver este ambiente por completo. Quem sabe os deuses da tolerância e da sabedoria estejam a nos espreitar com suas benções de harmonia e fraternidade, tudo pela honra desse momento singular. E os que fazem este Poder Legislativo, desde a presidência a sua mais simples funcionária, em nome do povo e dos seus pares, não poderiam se furtar a oportunidade de desta tribuna agradecer de público a estes parlamentares amigos, por tudo que eles fizeram para o engrandecimento e a valorização desta Casa. Portanto, queremos externar nosso preito de eterna gratidão para o vereador Adailton Macedo, sinônimo de coragem e perseverança por muitos anos demonstrados aqui neste plenário e, que a partir de janeiro assumirá o posto de chefe maior do executivo aurorense. Conduzido que foi nas últimas eleições pela força soberana e democrática do povo para ser o mais novo prefeito da nossa terra. Ao deixar a Câmara, Adailton Macedo tem a noção exata das responsabilidades que a partir de então pesará sobre seus ombros na condução doravante dos destinos da nossa Aurora. Como se perceber, um autêntico líder que nunca foge à luta. Agradecidos pela efetiva contribuição dada esta Casa, aproveitamos o ensejo para lhe ದೇsejar pleno sucesso na sua nova caminhada.
Nossas sinceras considerações ao sempre autêntico e combativo vereador e sindicalista Antonio Landim, cujo trabalho parlamentar muito dignificou o nome desta casa junto às camadas populares. Prova disso foi sua histórica eleição para o cargo de vice-prefeito de Aurora fazendo dupla com Adailton.
Nossos efusivos votos de agradecimentos ao vereador Dr. Arnaldo França, um líder político que se destacara, tanto pela inteligência quanto pelo ofício da medicina. Nos dois campos, Arnaldo França escreveu de modo indelével, seu nome na história política de Aurora, já tendo inclusive ocupado em outras oportunidades os honrosos cargos de secretário de saúde e vice-prefeito. Em suma, um parlamentar que muito fez pela terra do menino Deus.
Nossa saudação à vereadora Socorro Torres, que ora também se despede desta casa com a cabeça erguida e o coração repleto de carinho e entusiasmo, posto que o otimismo e a força de vontade foram sempre a sua marca no decurso de todo o seu brioso trabalho parlamentar. Uma vereadora que muito bem representou entre outras lutas, a classe feminina no parlamento de Aurora.
Por fim, nossas mais elevadas considerações a esta eterna presidente da Câmara - Socorro Macedo, vereadora de tantas lutas sempre em favor dos mais necessitados e despossuidos tanto da sorte quanto da justiça social. Uma parlamentar, cuja simplicidade e desprendimento fê-la ocupar a cadeira de vereadora por mais de 8 anos ininterruptos. Seu trabalho, enquanto representante dos anseios populares muito fará falta aos que viam na sua empreitada, uma possibilidade de sempre avançarmos naquilo que se imaginar ser o ideal para Aurora. Sua gestão por dois mandatos a frente da presidência desta casa, foi motivo de grandes avanços em todos os aspectos relacionados ao legislativo municipal. A exemplo da verdadeira transformação e ampliação modernizadora que imprimiu ao espaço físico desta casa, além da preocupação constante em garantir comodidade e bem-estar aos edis e aos que visitam e acompanha de perto os trabalhos dos seus pares. Foi por assim dizer, uma edilidade para entrar para a história. Haveremos de acreditar que sua contribuição para o progresso e o crescimento de Aurora não poderá terminar aqui.
Recebam todos vocês, eternos parlamentares do povo aurorense, nossas homenagens e os nossos mais expressivos votos de sucesso e felicidades para nas novas caminhadas que todos haverão de empreender daqui para frente. O futuro de braços abertos estar a esperar por nós. Isso porque a luta e o sonho sempre hão de continuar para todos... Além do que, como bem dissera o poeta Menotti Del Picchia: “Todos nós nascemos amanhã”.
Mais que na história, vocês todos permanecem para sempre em nossos corações. Uma nova história, a partir de agora estará apenas começando...
Boa Sorte!
Sejam felizes!
Muito obrigado.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Celebração assinala o 1º aniversário de morte do historiador Amarílio Gonçalves



Familiares parentes e amigos participaram na manhã de sábado 19, na igreja matriz de Aurora da missa pela passagem do primeiro aniversário de morte do ínclito escritor e historiador aurorense Amarílio Gonçalves, cujo desencarne ocorrera na capital paraibana em 18 de dezembro de 2007.
Celebrado pelo padre Cícero Leandro, vigário local, o ato religioso também ficou marcado pelo clima de saudade que dominou o ambiente. Este sentimento estava expresso nos semblantes de todos os participantes. Foi uma bela celebração religiosa bem ao jeito e ao gosto do escritor, que era por assim dizer, sinônimo de modéstia, simplicidade e amor ao próximo.
Sua contribuição à historiografia de Aurora ainda permanecerá viva e forte por muitas décadas por intermédio da mais completa obra dedicada à história, os costumes, as artes e o folclores de Aurora.
Este blog, assim como a Revista Aurora se juntam aos familiares de Amarílio neste instante em que reafirmamos sua memória ante o aniversário dos dois anos do seu falecimento.
Familiares, amigos e admiradores de Aurora, Ceará e Paraíba se irmanaram na manhã de sábado por meio da celebração ocorrida na matriz do Senhor Menino Deus. A revista Aurora se fez representar através do professor Luiz Domingos de Luna.
Lembranças do Amarílio:
Aprendi a admirar o mestre Amarílio, primeiro pela sua obra, depois quando o encontrei pessoalmente no centro de Aurora e juntos caminhamos em conversações cuja temática sempre terminava no passado de Aurora.
Entrevistei-o por mais de uma vez na antiga rádio comunitária Aurora FM, principalmente quando do lançamento da sua Obra: Aurora história e folclore(2ª edição revista) onde ele incluíra novas informações extraídas do meu opúsculo sobre os valores da terrinha(Aurorenses ilustres). O que para mim foi muito gratificante. Depois conversamos por telefone quando o mesmo demonstrou interesse em publicar “Aurora 1908 – Ataque, invasão e saque" na nossa Revista. Indaguei-o acerca de quando o mesmo viria de novo à Aurora. Disse-me que estava adoentado, mas quando tivesse melhora haveria de nos visitar. Depois, pouco antes do seu falecimento, tive o prazer de mais uma vez receber a sua ligação, ocasião em que agradeceu pela publicação do seu material na Revista Aurora. Momento em que parabenizou-me pelo conteúdo do informativo. Meio sem jeito, devo confessar que fiquei envaidecido quando ele, com sua voz quase inaudível e um tanto cansada encerrou sua ligação dizendo:
- Meus parabéns Cícero. Não pare com a Revista, viu. Está muito boa e você escreve muito bem!!.. Na próxima pode contar comigo...
Foi a ultima vez que conversei com o velho Amarílio. Pouco depois, de chofre fui surpreendido com a triste notícia do seu desencarne em João Pessoa.
Guardo ainda comigo uma longa carta a mim enviada com seu texto anexo para publicação(já que como ele mesmo me confessara) não tinha apego a comunicação on-line(computador). Uma carta como nos velhos tempos... Caligrafia impecável, ao ponto de nos transmitir verdades quase absolutas. Pois as missivas edificadas à mão nos dão esta gostosa sensação como um imperativo das certezas plenas. É como se os vocábulos viessem direto do coração. Tenho comigo também as duas edições de suas obras a me autografadas do próprio punho onde me chama de "amigo poeta companheiro das letras. "
Que bom espírito era o do Amarílio... um verdadeiro gentman. Um literato e pesquisador de mão cheia. Uma figura por quem Aurora deveria reverenciar pelos tempos a fora. Já que não o fez em vida e, sequer no momento derradeiro da sua partida para os umbrais universais. Mas, diríamos que a todo escritor que faz da sua pena a sua própria alma, não é dado o direito de não aprender viver com a ingratidão. E o velho Amarílio tirou isso de letra... Posto que aprendeu viver o tempo todo em profunda paz de espírito, consigo e com os outros.
A sua produção historiográfica, além de se constituir como um resgate importante para a geração do futuro, também se reveste de brio ao passo que representa a um só tempo; uma declaração de amor e zelo à terra que o viu nascer e crescer.
Penso inclusive, que os restos mortais do Amarílio deveriam ser transladados para a sua ribeira salgadiana. Para junto enfim, dos seus ancestrais aurorenses. Vontade, aliás, expressa na sua obra, precisamente na página 240 no poema ‘Evocação de Aurora’, quando diz poeticamente:
“ O tempo vai e não volta
Mas eu estou a voltar.
De onde esteja, o aurorense
Quer um dia retornar
Para no rincão de origem
O coração repousar.”
Viva Amarílio! Pois ele se eternizou por meio da sua obra imortal.

Comentário que fiz por ocasião de um artigo do professor Luiz Domingos em homenagem ao escritor Amarílio:

Assaz sensibilizado pela perda irreparável do nosso conterrâneo e historiador-mor de Aurora - Amarílio Gonçalves Tavares, cujo desencarne ocorrera no dia 20/12/2007) na PB, não podia eu deixar de comentar o brado deste articulista-amigo e camarada, Luiz de Luna - que de modo uníssono também chorara por dentro, visceralmente, a morte física do mestre Amarílio.
O artigo do confrade Luiz cobre-se de glória e singular gratidão por homenagear aquele que pela 1ª vez teve a exímia preocupação de eternizar no papel a rica e palpitante história da ribeira Salgadiana. A ele seremos eternamente gratos. Devemos-lhe muito por este feito, árduo, augusto e feliz. Uma conquista que com o passar do tempo valerá ainda muito mais. As novas gerações haverão de reconhecer todo o papel e a importância que teve e terá o nosso Amarílio.
Um brinde por 2008 e pela inexorável certeza de que neste instante o magno historiador e tribuno de Aurora conquistara a vida eterna. Lá do alto etéreo, certamente estará agora sorrindo e intercedendo junto ao Pai por todos os aurorenses e, torcendo pela nossa inspiração, tenacidade e resistência para que possamos "tocar" a dura lida do fazer cultural nos grotões cearenses do Cariri. Por conseguinte, desejo aqui externar minhas sinceras homenagens, tanto à memória do Amarílio quanto a iniciativa do professor Luiz Domingos de exaltar o nome deste historiador através da sua pena construtiva e edificante. Condição sine qua non para a vitória da memória contra o fantasma do esquecimento total.
Saudações amarilianas e aurorenses,
Por: José Cícero
Aurora-CE.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Educação:PISO DE R$ 950,00: "Decisão do STF é vitória parcial", diz deputado do PC do B - Chico Lopes

Uma vitória parcial dos professores. Assim o deputado federal Chico Lopes (PCdoB) avalia a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter o piso salarial de R$ 950,00 para professores da rede pública com carga horária de 40 horas semanais, mas de derrubar parte da lei que estabelece reserva de um terço da carga horária dos professores para atividades fora da sala de aula. A decisão tem caráter liminar (provisório) e precisará, no futuro, ser apreciada no mérito também pelo plenário do STF.
O Supremo analisou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade(Adin) ajuizada pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará contra a lei que determinou o pagamento escalonado do piso salarial de R$ 950. Os estados argumentavam que não eram contrários à fixação de um piso em si, e sim discordantes do fato de a legislação obrigar o pagamento mínimo de R$ 950 mensais sem incluir neles as gratificações ou remuneração por horas extras.
Segundo os governos estaduais, sobretudo os governadores tucanos Aécio Neves (MG), José Serra (SP) e Yeda Crusius (RS), com os benefícios já conquistados pelos professores, os salários ultrapassariam muito o valor do piso e culminariam no descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, que impõe limites para Estados e municípios em despesas com folha de pagamento.
Mas no STF, este argumento não convenceu. Apenas o ministro Marco Aurélio Mello fez eco ao discurso tucano. "Não sei de onde vão tirar dinheiro sem a previsão orçamentária para satisfazer esse ônus. Esse ônus significou cumprimentar com o chapéu alheio. A União impôs (o piso salarial) por goela abaixo aos Estados e municípios", protestou o ministro.
Os demais integrantes do STF, porém, se mostraram favoráveis ao patamar mínimo de R$ 950 para os docentes. O relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, lembrou que a legislação que definiu o patamar salarial mínimo já previu um prazo para que os municípios se adéqüem ao novo piso, que começa a ser pago no início do próximo ano. "Um piso salarial que é piso mesmo, que não admite um sub piso, que é mínimo e não admite um sub mínimo", destacou, por sua vez, Carlos Ayres Britto.
"Não existe nenhuma inconstitucionalidade no que concerne com a fixação do piso nacional salarial", observou o ministro Carlos Alberto Menezes Direito.
Em julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei que criou piso salarial, beneficiando, segundo o Ministério da Educação, pelo menos 800 mil professores da educação básica pública e aposentados e pensionistas do setor. O projeto previa que os Estados e municípios deveriam cumprir o valor integral de R$ 950 até 2010 por meio de reajustes anuais graduais. A União poderá fornecer complemento financeiro àqueles entes federados que comprovadamente não tiverem condições de atingir o piso salarial dentro do prazo. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), existem mais de 5 mil pisos salariais diferentes para professores, variando de R$ 315 a R$ 1,4 mil.

Chico Lopes: "Vitória parcial"

"Nós não ganhamos, nem perdemos", afirma Chico Lopes sobre a decisão do STF. "O piso de R$950,00, que estava sendo questionado, foi mantido. Mas a decisão sobre a caga horária para atividades extra-sala mostrou um STF dividido. Enquanto os ministros Barbosa e Ayres Britto tiveram uma posição de quem conhece a realidade da educação, de quem tem respeito pela posição dos professores, os demais não mostraram, na prática, a mesma compreensão", avalia.
"Alguns ministros argumentaram que um município pequeno do Interior não teria condição de estabelecer a carga horária de um terço para atividades extra-sala, como preparação de aula, pesquisa, leituras, correção de provas etc. Mas isso é uma falácia, porque haveria um prazo de adaptação até 2014, além da garantia do Governo Federal em disponibilizar recursos para ajudar os prefeitos e governadores a fazer valer a lei", acrescenta Lopes.
"O Governo Federal cumpriu seu papel nesse caso. O Legislativo também, aprovando a lei e lutando pelo seu cumprimento, com a Frente Parlamentar em Defesa do Piso dos Professores. Só o Judiciário, infelizmente, não entendeu plenamente a favor desse direito que é também uma necessidade histórica da educação brasileira", complementa Chico Lopes.


INFORMAÇÕES/ENTREVISTAS: 9991-4537 - DEP. CHICO LOPES
ASS. IMPRENSA - 9994-4769

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Comarca de AURORA realiza diplomação dos eleitos







Com um auditório completamente lotado o juiz da comarca de Aurora no Cariri Dr. Antonio Teixeira juntamente com o promotor de justiça Rembrandt Esmeraldo realizou na tarde da última quarta-feira às 15h a solenidade de diplomação dos candidatos eleitos nas eleições de outubro. Autoridades, lideres partidários e a população compareceram ao fórum Desembargador Jaime de Alencar Araripe no bairro Araçá para conferir de perto o acontecimento. Estiveram presentes, além dos noves vereadores eleitos que comporão a Câmara, o novo prefeito Adailton Macedo e o seu vice Antonio Landim, ambos acompanhados de suas esposas, familiares, amigos e correligionários.
Logo na abertura da sessão, o Dr. Antonio Teixeira externou seu contentamento pelo transcurso do processo eleitoral ocorrido de maneira ordeira e pacífica no município. Falou ainda do grande exemplo de democracia expresso nas urnas e por fim, desejou sucesso aos novos representantes do povo aurorense, tanto no Legislativo quanto no Executivo. O mesmo pensamento também foi compartilhado pelo promotor de justiça Rembrandt Esmeraldo que no seu pronunciamento pôs em relevo a importância da tolerância, da harmonia e da necessidade de o novo gestor municipal, assim como todos os edis se unirem num só pensamento em defesa de melhoria para o município e para o povo em geral. Já o prefeito eleito Adailton Macedo, reafirmou que tudo o que prometera em palanque será posto em prática no decurso dos seus quatro anos de gestão. Ainda, externou o seu reconhecimento pelo valoroso trabalho desempenhado pela justiça eleitoral em todo o decorrer da campanha. Aproveitou o ensejo, inclusive, para anunciar aos presentes às primeiras ações do seu governo que, segundo ele, serão iniciadas a partir de janeiro; fruto dos seus primeiros contatos com as lideranças políticas amigas de Aurora. Bem como das suas conversações com diversas autoridades da política cearense em Brasília e na capital alencarina. Por fim, assegurou que o seu mandato priorizará o social, como forma de desenvolver o município como um todo, a partir das reivindicações mais elementares da população, citando como exemplo, entre outras coisas, o verdadeiro pacto firmado em prol de uma política de segurança pública efetiva e eficiente para o seu município. Após a solenidade um coquetel foi oferecido aos presentes.

Relação dos eleitos:
Prefeito – Adailton Macedo(PSDB)
Vice – Antonio Landim(PSC)

Câmara de vereadores:
Chico Henrique(PMDB)
Paulo José(PRP)
Aderlânio Macedo(PSDB)
Darc Landim(PSC)
Oliveira Batista(PSDB)
Fco Erieudes(PSC)
Maria Iracilda(PSB)
Deci(PV)
Gerismar Pereira(PSB)___
Por: José Cícero
Aurora - CE.

sábado, 22 de novembro de 2008

Bodas de Prata de Antonio Landim e Darc de Sousa são comemoradas no sítio Angico















Num clima de muita animação e alegria, amigos, familiares e correligionários do vice-prefeito eleito de Aurora Antonio Landim, bem como da sua esposa Joana Darc(eleita também vereadora) comemoraram na noite da última sexta-feira, 21, as ‘bodas de prata’ do casal. A festa do aniversário dos 25 anos de enlace matrimonial aconteceu na chácara dos homenageados no sítio Angico do Meio. Pouco mais de mil pessoas, além de políticos e autoridades locais se fizeram presentes ao acontecimento, dentre as quais o prefeito eleito Adailton Macedo e sua esposa Rose, o vereador mais votado na última eleição Chico Henrique, a atual presidente da Câmara Socorro Macedo, o ex-prefeito João Antonio de Macedo(João de Zeca), o advogado Idemário Tavares, o vereador Dr. Arnaldo França, professores, lideranças comunitárias, além de representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
A abertura ocorreu com a celebração de uma missa campal oficiada pelo vigário de Aurora padre Cícero Leandro. Após o ato religioso com a renovação simbólica do matrimônio, os homenageados ofereceram aos seus convidados um coquetel, regado a boa música e muita cerveja. Na ocasião também se comemorou os 81 anos de vida do senhor José de Sousa, genitor da vereadora Joana Darc, além da alusão a vitória da coligação “O povo construindo o novo” que elegeu Adailton Macedo e Antonio Landim.
Distribuídos num amplo espaço da fazenda, preparado especialmente para o acontecimento, os convidados estiveram inteiramente à vontade durante toda a festa curtindo o aprazível aconchego bucólico do local sob o céu de estrelas do sítio Angico.
Foi uma comemoração bastante acolhedora e que primou pela organização como forma de garantir comodidade e descontração a todos os convidados. Todas as mesas foram visitadas pelo casal de homenageados, inclusive pelo prefeito eleito Adailton Macedo.
Por: José Cícero
In Revista Aurora/O Povo

sábado, 8 de novembro de 2008

Aurora, jovem debutante e centenária



125 anos de emancipação cívico-política,
lutas e conquistas...
Esta é Aurora - Cidade aprazível e bela
De um povo forte e destemido.
Rainha do Cariri e que o Ceará tanto adora.
Encantamento natural de vales e serras
De um chão de riquezas em que o rio Salgado
Dorme, corta e fertiliza.
Cidade do Menino Deus,
Serra Azul, Aldemir , Ermenegildo e Amarílio.
Nem sua feição mais moderna
fê-la esquecer e se despir do seu antigo encanto,
há muito preservado e pastoreado pela história afora.
Da taberneira Aurora ao lado do rio,
aplacando o cansaço dos visitantes.
Do Negro Benedito zeloso na sua capela
Dobrando o sino do império,
Para provar ao coronel do Casarão
Que a sua fé era ainda mais forte
Do que o preconceito.
Aurora do entroncamento do primeiro trem - a Maria-fumaça.
Da grandeza do seu “ouro branco” - o algodão.
Da brava Marica, dos visionários padre França e padre Luna.
De Lampião, Massilon, Izaías e seus coiteiros na Ipueiras.
De padre Cícero, Bartolomeu e as minas do Coxá.
Da jagunçada: invasão e saque de 1908.
Aurora de um passado quase hermético,
Altissonante de batalhas e tantas glórias.
Mesmo, com tanta história para contar,
Aurora hoje, é uma jovem debutante.
que sonhara fazer-se mulher-centenária
apenas para mostrar de vez para o Ceará e o mundo
os seus finos dotes de mulher amada.
Além do quanto “trágica e tremenda” foi a sua história.
Seu aniversário por isso é uma festa de congraçamento
entre seus filhos, como um encontro de velhos amigos.
Um marco entre gerações que nunca perderam de vista
o sonho, a utopia, assim como a esperança de sempre acreditar
numa Aurora possível, moderna e renovada;
Tal qual uma criança enviada pelos deuses
e que ainda hoje permanece de braços abertos
sempre disposta a abraçar o tempo futuro.
Num abraço forte e altaneiro
com a exata dimensão do Salgado.
Aurora, guarida primeira dos índios Kariri-novos,
oriundos do além-fronteiras,
das sequidões da distante Borborema.
Aurora, orgulho indelével do Cariri -
Oásis de eternas grandezas enamorando os poetas.
arrebatando os colonizadores.
Sonho de vitória de um povo a se espalhar pelo mundo afora.
Terra do sem-fim de uma gente humilde, feliz e hospitaleira
a carregar nos próprios ombros, pelos anos afora,
toda a coragem necessária para a vitória.
Como no próprio peito, a ousadia de sempre construir novos caminhos.
Aurora é sinônimo de felicidade, ode à vida, devoção...
Pura crença num amanhã de conquista.
Esperança de um mundo melhor.
Voz de um povo que nunca se cala.
Amor a se derramar pelas veias e pelo chão
com se fossem as enchentes do Salgado
derramando-se por entre tantos, que porventura
não tenham olhos para ver os horizontes do porvir,
estampado no sol nascente
da Aurora que ora se renova graciosamente e bela
em todas as manhãs;
Como donzela a se enfeitar para o amante
Ou os Kariris a se pintar para a guerra.
Aurora é por fim, um estado de espírito.
Puro deslumbramento juvenil e coletivo
de uma gente que pensando grande,
Jamais perdeu a capacidade de acreditar.
Muito especialmente em todos os 10 de novembro
De cada ano.
Aurora é uma saudade eterna: máximo saudosismo
de um passado que nunca passa....
Por: José Cícero
In Revista Aurora

sábado, 1 de novembro de 2008

Meu baú de ossos e o colégio Agrícola do Crato

Há muitos anos, ainda nos idos de 1985, século passado, outro milênio... Tive um grande amigo, poeta tímido, tanto quanto eu – calado, introspectivo. Razoável domínio do vernáculo, quase um espert idiomático. Mostrou-me seus poemas hai-kai, 'dísticos', cordéis, sonetos...
Disse-lhe que tinha jeito para poeta. Ele aquiesceu num sorriso raro e cabisbaixo.
Trejeito impávido, sisudo, míope da vista, óculos fundo de litro...
Inteligente via muito além das lentes. Era um exímio construtor do estro.
Por intermédio da literatura, discutíamos a rotina da vida, a monotonia do colégio e as coisas do mundo.
Era como se diante dos livros nos fizéssemos gigantes. Titãs poemáticos que escolheram a literatura como um caminho. Mostrei-lhe meu opúsculo na época, ainda em rabisco.
Ele admirou-se e em seguida ficamos bons amigos. Lemos, estudamos, escrevemos, biblioteca farta, assim como a nossa juventude. Dali para frente a poesia libertou-nos do medo de sermos chamados de poetas. Achávamos por demais ridícula aquela afirmação. Ser diferente não era o nosso desiderato.
O que queríamos era simplesmente nos embriagar da eterna poesia de Lorca, Neruda, Bandeira, Poe, Augusto, Florbela, Vinícius, Patativa, Rimbaud, Drumond, Quintana, Baudelaire, dentre outros... Porém, não demoraria muito para que a professora nos delatasse à turma inteira.Com direito a leitura dos nossos primeiros madrigais.
Marcial Ferreira era seu nome, filho do Ipaumirim, para o qual fizera um soneto. Verdadeiro hino oferecido a sua Alagoinha. Tempo áureo do nosso Agrícola Colégio.Internato para os primeiros, utopia para nós todos. Chão fértil e rico das serras do Crato-CE; sopé do Araripe. Tempos idos, pleno de lirismo e sonhos em se mudar o mundo. Saudade de casa e da namorada, que quase nunca nos escrevia. Trabalho árduo, enxada, regador, calos nas mãos. Estudo noturno obrigatório, dias de cansaço e solidão. Bucólico esforço, ideal parasidíaco. Sofreguidão! Mata virgem, virgens meninos e meninas, virgem poética adormecida nos nossos cadernos de exercícios.
Os anos se passaram. Fim do período... Cada um seguiu para o seu lado. O mundo depois disso pareceu-me muito mais imenso: geodésico sentimento que eu ansiava pegar com as minhas próprias mãos. Nunca mais tive notícias dele. Não sei se vive ou se a vida se desfez do mesmo. Quem sabe aquele amigo tenha optado por se encantar de vez na serra do Crato, junto a sua poesia- a musa que nos fez acreditar nos sonhos e outras utopias. Ou ainda, quem sabe, mergulhara no seu poema mais triste à guisa de se proteger de um mundo ingrato. Como só seria possível a um poeta-amigo, vate singularíssimo da palavra, na mais humana disposição lídima do gesto.
O Agrícola agora, assim como ele(meu amigo), é uma miragem estranha perdida nas brumas de um passado longínquo. O tempo passou célere como sempre passam os bons momentos. Século pretérito... Deixando uma história de sonhos 'profissionalizantes' aprisionada no futuro do presente. As coisas mudaram de lugar, como de aparência e de sentido. Assim como todos os colegas do velho colégio. Nossos mestres, alguns desapareceram para sempre. Restando apenas a saudade e os conhecimentos perpetuados entre os seus discípulos. As árvores cresceram como se nelas se eternizassem todas as primaveras e a brancura teimosa dos nossos cabelos. Sulcos nos caminhos, rugas profundas dos nossos rostos como se fossem ainda hoje, as nossas idas e vindas sobre as serras verdejantes do belo Crato. A poesia por seu turno, deu sentido e um colorido especial à vida. Como um acerto de conta do presente com o passado. A ampulheta do tempo fincou nos nossos rostos de pedra, uma indisposição estética para a juventude. Nossos semblantes agora travam todo dia um novo combate com os espelhos. Como se o juizo final acontecesse numa sucessão irreversível todas as manhãs na nossa face. Somos por isso agora, grandes desconhecidos íntimos, perdidos na multidão de nós outros.
Quisera apenas que aquele poeta-amigo do velho Colégio Agrícola do Crato pudesse ao menos saber que a poética, assim como as lembranças, ainda permanecem comigo, como frases perdidas nas páginas soltas e amareladas de uma coletânea de reminiscências guardadas num baú de ossos.
Uma obra carcomida e ultrapassada que quase ninguém tem mais coragem de relê-la. Quisera saber do meu amigo, para finalmente abraçá-lo forte e poder dizê-lo que aquela minha poesia lírica e utópica agora virou verdades, esperanças e livros.
Recordações de um passado que nunca passa... E que se mantêm guardado para sempre no fundo das nossas memórias.
Por: José Cícero
In Overmundo

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Aurora: perspectiva sócio-cultural de um novo tempo agora

Tradicionalmente o município de Aurora tem-se notabilizado no cenário artístico do Ceará, do Nordeste e por que não dizer do Brasil, como um verdadeiro celeiro de uma das mais autênticas riquezas culturais do interior brasileiro. Com uma vertente por demais variada, indo da literatura à música, da escultura às artes plásticas, do artesanato à culinária, assim como do repentismo poético(violeiro) ao reisado e aos penitentes da Ordem Santa Cruz. Todos esses valorem compõem o verdadeiro caleidoscópio das preciosidades sócio-culturais do município, de onde não se exclui a enorme diversidade de outros gêneros da cultura popular que juntos, compõem todo o conjunto das manifestações tradicionais peculiares ao cotidiano da gente aurorense.
No entanto, o abandono em que se encontra relegado velhas tradições que no passado fizeram a alegria e a diversão de gerações inteiras como: a dança do coco, o reisado, o bumba-meu-boi, o maneiro-pau, as pastorinhas, o forró de pé de serra, o xaxado, a literatura de cordel, dentre outras, encontram-se hoje quase que completamente esquecidas pelas pessoas consideradas de meia-idade e, praticamente inexistente para os mais jovens que compõem a geração do presente. De tal maneira, não constitui nenhum exagero afirmar que parte considerável das antigas manifestações da cultura popular de Aurora ou já desapareceu ou encontra-se num acelerado processo de extinção, rumo ao esquecimento total. Uma vez que aqueles que eram possuidores deste conhecimento oral, já estejam quase todos falecidos. E como não houve nenhum trabalho de registro e preservação deste patrimônio imaterial pouco coisa ainda resta a fazer neste sentido.
O mesmo acontece com o patrimônio arquitetônico de onde se destacam o Casarão do Cel. Xavier de 1831, a antiga residência da brava matriarca Marica Macedo, o prédio da Estação Ferroviária de 1920, incluindo o de Ingazeiras, juntamente com as residências do Agente da Reffesa da sede e do citado distrito. Todo este patrimônio precisa ser recuperado e tombado(enquanto há tempo) segundo as normas que regem os mecanismos de defesa e preservação do patrimônio histórico e arquitetônico, tanto em nível de estado quanto da própria União.
Um trabalho rigoroso com esta perspectiva prervacionista pode inclusive gerar divisas não apenas no sentido da preservação da memória histórica, mas principalmente no aspecto do turismo local que também precisa ser iniciado. Atualmente nenhum município pode abrir mão desta ferramenta fundamental para melhorar sua economia, investindo na cultura, dando maior visibilidade às ações administrativas lá fora por meio do desenvolvimento das suas atividades turísticas. Não importa se estamos apenas começando, é preciso que para tudo tenhamos uma visão de futuro. Nenhuma ação imediatista funciona bem, quando o negócio é o empreendedorismo, sobretudo no contexto público-municipal.
Por conseguinte, com a implementação de uma política voltada para este setor é possível que Aurora passe a ocupar de vez um lugar de destaque e que tanto merece no cenário regional do Cariri e quiçá no Ceará. Já que potencial para isso possuir de sobra...
O fenômeno relacionado à figura da Mártir Francisca, conhecida no além-fronteira como “A santa Popular de Aurora” constitui um outro aspecto fundamental para a projeção de Aurora e o desenvolvimento do chamado turismo religioso no contexto regional. Mesmo sem nenhum trabalho voltado para o setor(até agora 27/10/08) por parte do poder público, a história da mártir correu o mundo, ao ponto de serem muitas as caravanas de curiosos, devotos e fiéis que vêm todos os anos visitar a capelinha da ‘Santa’. O primeiro passo seria dotar o local de visitação de uma infra-estrutura mínima necessária, proporcionando mais conforto, comodidade e bem-estar aos visitantes. O turismo religioso é outro item propulsor de desenvolvimento de qualquer cidade que preze pela modernidade. Creio que em Aurora não poderia ser diferente.
Por outro lado, temos ainda cerca de 42 km do rio Salgado(o maior rio da região) cortando Aurora de uma ponta a outra. Com a viabilidade do projeto de Transposição do São Francisco que usará o percurso do Salgado como calha natural, ajudará em muito um possível projeto de desenvolvimento voltado para o turismo ecológico em várias partes do rio onde os atrativos naturais são preponderantes. Para tanto, faz-se mister certo investimento no tocante a infra-estrutura de acesso. Para citar apenas alguns dos muitos atrativos naturais do manancial salgadiano: a aprazível vista da ponte; os mergulhos nas suas diversas barragens; o banho e o panorama proporcionado pelo Poço do Meio, o insólito suposto sítio arqueológico da Massalina(sítio Volta), a promoção de pescaria esportiva e controlada em quase todo o seu percurso, etc. Tudo isso, por outro lado, facilitaria o desperta para a necessidade de uma efetiva consciência ecológica atrelada a uma visão mais responsável no tocante à preservação dos recursos naturais do Salgado e por extensão, de todo o bioma aurorense por parte da população. Também é digno, tanto de preservação, quanto de aproveitamento turístico a enigmática necrópole conhecida sob a denominação de Cemitério da Bailarina situada no sítio Carro-quebrado na região de Antas. Enigmáticos resquícios de sepultamentos clandestinos que remontam possivelmente do século XVII.(ver matéria especial publicada na Revista Aurora nº 01/07).
Um município com o potencial cultural de Aurora não pode se dá ao luxo de prescindir de um centro cultural, de um museu, de oficinas de artes e ofícios, de um núcleo de exposição permanente, de uma central de artesanato, de uma biblioteca que seja modelo e referência para o Cariri, enfim de uma política de cultura realmente “agressiva” que possa mostrar aos próprios aurorenses e ao Brasil o que o município tem de melhor nesta área. É inconcebível que tenhamos ainda jovens que sequer já ouviram falar em Hermenegildo de Sá Cavalcante, Jaime de Alencar Araripe, Nêgo Simplício, Serra Azul, Marica Macedo, Padre Francisco França, Padre Luna, Amarílio Gonçalves e tantas outras figuras importantes desta terra. Ainda, muito pouco ou quase nada conheçam acerca da história de luta e formação deste núcleo urbano. Todavia, conhecem de cor e com riquezas de detalhes Madona, Xuxa, Michael Jackson, Tiririca, Bola de Fogo, Ronaldinho Gaúcho e por aí vai...Convenhamos, não podemos permanecer impassível perante esta inversão de valores a cada dia mais crescente. Antes de se estudar o rio Nilo, Tigre e Amazonas por exemplo; é imperioso conhecer o rio Salgado, o Jaguaribe, o riacho do Jenipapeiro, dos Porcos, o açude Cachoeira, o Orós, o Castalhão, a Massalina, o bouqueirão, o olho d'água de Vinô, etc... de modo que o universal precisa começar de fato, por nosso quintal.
Esta constatação também está umbilicalmente atrelada a forma como temos tratados historicamente as nossas riquezas culturais(tradição, o folclore, os saberes do senso-comum) e, por conseqüência o tratamento que se tem oferecido aos nossos valores(os artistas e artesãos). Penso que a própria escola( no seu atual modelo engessador de novas idéias) e, sobretudo a sua metodologia estanque tem ajudado no atual emaranhado destas nossas contradições.
Pois uma cultura de verdade não se cria. Vive-se e se preserva. Ao passo que a cultura é a própria identidade de um povo, sem ela, não se é ninguém... Assim como um povo sem história nunca pode sequer se imaginar no esteio do futuro. Portanto, para que estejamos definitivamente situados no tempo e no espaço por intermédio desta nave cósmica que é a terra, levitando no éter espacial da via-láctea universal no seu eterno itinerário expansionista, precisamos desta visão holística; só nos proporcionada pela consciência plena dos nossos verdadeiros valores sócio-culturais, ambientais e humanistas. É preciso conhecer para viver uma cultura de verdade, sob pena de não sermos ninguém. Ou quem sabe, apenas mais um, perdido para sempre numa massa amorfa que não pensa e não vive por si mesma. Chega, de se viver e consumir gregariamente o que não é nosso.
Por isso acreditamos que Aurora daqui para frente resistirá à tentação. Ou pelo menos se esforçará para isso. Optando por viver e construir um novo tempo cultural para sua gente, com o mesmo entusiasmo de quem constrói uma aventura para uma vida inteira.
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José Cícero -
Professor, pesquisador, poeta e escritor.
Editor da Revista Aurora
Aurora – CE.

domingo, 26 de outubro de 2008

Aurora, uma vitória para entrar para a história

A cidade de Aurora que já deu sinais da sua estreita relação de boa vizinhança com a democracia nas eleições de outubro, vivenciará agora (a partir de janeiro) um novo tempo, um momento dos mais afirmativos da sua história política dos últimos anos. E há razões de sobra para isso. Das mais elementares até as mais alvissareiras e promissoras, hão de impulsionar os aurorenses na sua absoluta maioria, novamente a acreditar na perspectiva de uma Aurora possível. De uma Aurora essencialmente democrática, comprometida com os mais altos sentimentos de civilidade, justiça social e paz. Uma amálgama de gestos e sentimentos em torno do qual sua gente decidiu confiar mudando seus destinos ao sufragar nas urnas os nomes de Adailton e Antonio Landim como prefeito e vice. Mas o que teve de heróico nesta decisão? Afinal de contas, toda processo eleitoral em tese terá fatalmente que apresentar um vencedor. Em tese! Porque do ponto de vista prático, em Aurora tudo ocorreu de modo diferente... Contrariando o convencional, a população radicalizou optando pelos caminhos das mudanças. Ao se permitir mudar de opinião. Vias de regra, há quem até pouco tempo imaginasse que o ‘poder de fogo’ da máquina situacionista fosse algo insuperavelmente demolidor. Inclusive, que a vontade do povo embasada nos princípios democráticos dependesse único e exclusivamente desse poder imaginável.
Os aurorenses provaram assim de maneira tácita e inequívoca que a partir de agora o poder da razão vale mais que a força do poder. Eis aí o diferencial dos mais elogiáveis que ocorrera na eleição da “rainha do Salgado”. No mais, nunca é exagero ressaltar que, todas às vezes que se fez preciso reagir para salvar-se a si mesma, Aurora soube dá o exemplo da maneira mais altiva e resoluta possível. Impondo-se pela força monumental do voto livre e soberano, fazendo-o de arma para assim derrotar os poderosos. Aqueles que embebidos pelo poder político e sem compreender a dinâmica imutável da sua transitoriedade, permitiram-se o tempo todo brincar de Deus, como se olhassem do alto, a população com a particular indiferença que se têm às formiguinhas. Por tudo isso, digamos ser Aurora não por mero capricho da sorte, mas por puro instinto de sobrevivência, a mais autêntica fênix do Cariri.
Indubitavelmente, a vitória de Adailton e Antonio Landim constituiu-se num fato extremamente memorável, quando fora possível vislumbrar dois campos diametralmente opostos; em todos os aspectos que se queira considerar. Não obstante, todas essas nuances que, aliás, se tornara verdadeira praxe nacional, cumpre destacar que nenhuma força, sobretudo em se tratando de política poderá suplantar a vontade popular. Esta constatação ficou evidente de uma vez por todas, nas eleições de outubro quando Aurora de uma forma quase heróica optou pela raia da mudança, numa autêntica manifestação das mais lisonjeiras e entusiasmadas. Ao passo que expressou por completo, o sentimento de uma gente decidida, consciente dos seus objetivos e, com este gesto democrático conseguira gritar se fazendo ouvir pelos que sempre subestimaram sua capacidade de decisão muito mais do que a de se indignar. O recado das urnas, portanto, não tem meio-termo, é quase uma sentença de granito: Aurora não se deixará nunca mais ser escrava de ninguém.
Este recado, portanto, mais que a expressão de um povo feliz, consciente e decidido naquilo que pensa, busca e realiza, vez que nunca perdeu de vista a capacidade de lutar pela utopia dos dias melhores; que a um só tempo, constituem a própria ânsia de uma coletividade comprometida com o novo amanhã de uma terra, cujo futuro há muito, vem se constituindo na sua própria razão de ser. De tal sorte que o sonho de um futuro promissor representa por si só os interesses mais imediatos da boa gente aurorense. Neste sentido, é notório afirmar que as responsabilidades a serem enfrentadas pelo prefeito eleito, aumentam proporcionalmente na razão direta da expectativa com que a municipalidade espera de um gestor jovem, eleito pela primeira vez, corajoso e diferente. Aos novatos, é como se não lhes fosse dado sequer o direito de errar. Como se neste caso, errar definitivamente, não pertencesse à esfera humana. O ato de governar para os chamados “marinheiros de primeira viagem” parece exigir muito mais que só perícia, inteligência e ousadia, como seria natural, mas sobretudo, exigirá quem sabe, uma conexão quase holística e mais direta com os deuses do Olimpo.
Mas, digamos, contudo, que essa despretensiosa consideração subjetiva deste artigo de opinião não passe de uma mera temeridade, ‘folclore’ como se costuma dizer por estas bandas... No entanto, ciência política é algo, cujos resultados práticos dependem muito mais da maneira e da disposição com que as pessoas resolvem se doar à questão do bem servir como uma alternativa de transformação da sociedade, muito mais do que o simples fato de gerenciar o bem público e com eles, os problemas, as contradições e os interesses às vezes espúrios(com raras exceções) de uma minoria inteiramente descompromissada com o social.
Quanto à questão de Aurora, o novo prefeito muito antes da campanha ir às ruas, deu provas suficientes da sua vontade de realizar o melhor por sua gente. Tem, por conta disso, cacife de sobra para trabalhar sob a insígnia da fé e a disposição de sempre travar o bom-combate. Seus sucessivos mandatos no legislativo foram por asim dizer indicativos que o credenciaram para a conquista do executivo com tal brilhantismo que só possuem os grandes líderes.
Ao priorizar sua campanha no exercício da ética, nas idéias propositivas e na tolerância, aliás, uma coisa nova na política de Aurora, Adailton Macedo conseguira conquistar parcelas importantes da sociedade, em especial, a juventude, formadores de opinião, professores, dentre outros. Ressalte-se igualmente, a aliança que fez com o agora vice prefeito eleito, o sindicalista Antonio Landim, ex-vereador do PT e presidente do STR de Aurora. Por fim, a eleição desta dupla, representa um compromisso selado com os interesses dos que durante anos a fio permaneceram na chamada margem da história. Principalmente aqueles que a sociologia política contemporânea convencionou denominar por uma questão quase didática de “carentes, oprimidos, injustiçados ou marginalizados socialmente”. E que ninguém nunca mais cometa a bobagem de querer subestimar a capacidade de reação da nossa gente. Pois, na história da humanidade, todas às vezes que o poder conseguiu subir a cabeça de qualquer líder, os seus liderados tomaram-no de volta. Na história da civilização humana, portanto, esta assertiva tem se transformado quase num axioma. Algo realmente insofismável... Daí a importância de se está sempre aberto a aprender dialeticamente com os bons exemplos da história.
No entanto, haveremos de convir: Aurora precisa muito mais que apenas isso. É preciso, num ato premente e sem mais delongas, recuperar o tempo perdido. Mas, diga-se de passagem, que qualquer forma de mudança tem que ser implementada não como um tratamento de choque, porém com uma base excessivamente prática, inteligente e ousada. Numa investida que se concentre e que tenha como foco o cerne dos problemas fundamentais que não se perda em medidas avulsas dispersas, episódicas, inoperantes e paliativas. Um governo que priorize os resultados, que tenha como norte, uma visão larga e consciente dos seus objetivos mais sublimes, sintonizados com o anseios do povo. Um governo que consiga enxergar e apostar sempre no novo como um caminho aberto às possibilidades. Que aposte sem medo no saber e na construção efetiva do conhecimento como um eficaz instrumento de transformação da sociedade. Que veja na educação, saúde e cultura a certeza de dias melhores. Um governo que na prática, muito mais que nas aparências, priorize a essência de todas as coisas, bem como as boas idéias para o engrandecimento das suas ações administrativas e da vida social como um todo. Que assimile com a mais absoluta racionalidade e austeridade o direcionamento dos recursos públicos com a convicção de que se trata de investimento no futuro e não como meros gastos sem significação algum.
Isso porque governar, acima de tudo, é encarar o presente não pelo ângulo das dificuldades simplesmente, porém como uma grande chance de mudar para melhor a vida e a própria história de uma geração inteira. Tudo isso será possível quando existe a vontade, a coragem e a determinação de se construir o novo. Pois como diria o poeta, o que importa de verdade é um novo jeito de caminhar.
Caminhemos então, todos juntos, sem vacilações, rumo à Aurora dos nossos sonhos.
Por José Cícero
Professor, pesquisador e escritor
Editor da Revista Aurora
Aurora – CE.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

AURORA: Pesquisadores da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço(SBEC) são recebidos por representantes da Revista Aurora


Na manhã do último domingo, 19 a Revista Aurora a frente o seu editor e redator José Cícero juntamente com os professores Ronaldo Santos e Luiz Domingos recebeu a equipe de pesquisadores da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço(SBEC) com sede na cidade de Mossoró no Rio Grande do Norte. Pouco mais de dez pesquisadores estiveram em Aurora no sentido de visitar alguns dos locais frequentados por Lampião quando das suas passagens pelo município salgadiano. Dentre os locais visitados pela SBEC destacam-se o sítio Ipueiras( onde ocorreu a tentativa de envenenamento e emboscada do rei do cangaço e seu bando), o sítio Ribeiro(local do confronto entre os cangaceiros e a volante do Governo), além do antigo prédio da estação ferroviária onde aconteceu o célebre assassinato de um dos maiores coiteiros do rei do Cangaço no Cariri, Izaías Arruda. A equipe da SBEC esteve representada pelo seu fundador e presidente de honra o escritor e pesquisador pernambucano radicado em Mossoró Dr. Paulo Gastão, o professor e historiador da UFCG de Cajazeiras-PB Francisco Pereira, A drª Francisca Martins, neta do cangaceiro Sabino Gomes, o pesquisador e poeta Kydelmir Dantas, além de outros intelectuais integrantes da imensa plêiade dos estudos lampiônicos. A primeira parada da equipe da SBEC se deu na residência do Sr. José Bernardo atual proprietário da histórica fazenda Ipueiras que antes pertenceu Zé Cardoso e Izaías Arruda.
Reportagem para a Revista Aurora:
Na oportunidade, o professor José Cícero, aproveitou para distribuir aos pesquisadores o mais recente número da revista Aurora juntamente com sua última obra “Enxada, Foice e Suor”. Além disso, realizou uma série de entrevistas com alguns integrantes da SBEC com vistas à reportagem especial que a Revista está preparando para a próxima edição, dando continuidade a pesquisa referente a passagem de Lampião pelas terras aurorenses. A próxima edição da RA está prevista para meados de janeiro. “Estamos concentrando esforços no sentido de que a nossa Revista Aurora possa a partir de então ter uma periodicidade garantida. Vida longa como desejamos. Acreditando que desta feita os mecenas aurorenses compreendam a importância do nosso esforço e, sobretudo deste projeto científico-literário e jornalístico”, explicou o editor. “Cremos que de agora em diante, não haverá mais espaço para as velhas incompreensões. Porque novos tempos são sempre propícios às boas idéias. A visita da SBEC à terrinha é uma constatação inequívoca do enorme potencial histórico e cultural deste município. Coisa que a Revista Aurora já vinha insistindo desde o seu número de estréia”, finalizou.
Durante a visita, os pesquisadores da SBEC em conversações com José Cícero também confirmaram a disposição da entidade em realizar o 2º Seminário sobre o Cangaço na terra do Menino Deus. A proposta será discutida com o prefeito eleito Adailton Macedo logo após sua posse que acontece em janeiro, ponderou o redator.
Seminário do Cangaço:
Durante todo o sábado, 18 a SBEC havia realizado em Cajazeiras - PB o 1º Seminário do Cangaço daquele município, sob o tema: Lampião, Cangaço e Nordeste. Oportunidade em que foram divulgadas tanto a cidade paraibana, quanto a pesquisa e discussão acerca do Cangaço e a Cultura nordestina de um modo geral. O evento contou ainda na sua programação, com mostra e feira de livros, palestras, debates, apresentações culturais e passeio histórico por algumas das ruas de Cajazeiras por onde Lampião e seu bando passaram em confronto com adversários e desafetos.
Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço - SBEC:
A Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço foi fundada em 13 de junho de 1993, data do aniversário que relembra a entrada de Lampião e seu bando na cidade de Mossoró -RN. É uma entidade sem fins lucrativos que coordena um maior entrosamento entre os pesquisadores, escritores e artistas brasileiros que estudam e divulgam não somente o cangaço, mas o Nordeste como um todo.
Assuntos como Cangaço, Coluna Prestes, Canudos, revoltas: Praieira, Balaiada, Cabanagem e Quebra-Quilos, Canudos, Calderão; Juazeiro, Padre Cícero, Delmiro Gouveia e o progresso do nordeste, Quilombos, movimentos messiânicos, Luiz Gonzaga, Patativa do Assaré, Jackson do Pandeiro e a Música Popular Nordestina; a Cultura e a Arte nordestinas são prioridades nos estatutos da SBEC para o debate e a divulgação em eventos espalhados pelo Brasil e o exterior. A entidade é composta por: Escritores, Pesquisadores, Poetas, intelectuais e alunos que se interessam pela pesquisa hitórico-sociológica do Nordeste e do Brasil.
Depoimentos de alguns representantes da SBEC:
“Queremos fazem com que os jovens conheçam, estudem e compreendam a história do Nordeste e do Cangaço, disse o professor paraibano Francisco Pereira”.
O papel da SBEC é congregar cada vez um número de pessoas que estejam dispostas a estudar as nossas origens... Eu me sinto extremamente satisfeito por está pela primeira vez em Aurora. Passei muitas vezes pela BR 116 e sempre quis vir a Aurora.
Então Aurora representa a definição que corre o mundo de que foi daqui pela mente do Izaías Arruda que tudo se formou com o Zé Cardoso e o Massilon. Este último teria sido o grande informante sobre o núcleo urbano de Mossoró. As notícias que o Massilon traziam eram de que aquela cidade já era grande, com iluminação, calçamento e banco. Mas a primeira a ser atacada foi Apodi(maio), depois é que foi Mossoró em 13 de junho de 1927. Era Massilon da Aurora, o homem que conhecia os caminhos e as pessoas consideradas ricas, quem era importante e quem não era”, afirmou Paulo Gastão.
Estar em Aurora é plantarmos uma semente e depois verificarmos como que nós ao sairmos daqui vamos dizer o que levamos: A boa acolhida, o aspecto da cidade em si nos pontos que nós conhecemos e, vamos ver como podemos dizer aos outros: 'vá para Aurora e experimente do que eu experimentei'. Gostaríamos de criarmos um ele de ligação entre Aurora com o seu povo e sua história para que os outros que estão lá fora e não sabem da pontecialidade aqui existente tome conhecimento deste fato. Então é preciso que haja a confirmação inicial no sentido de que Aurora não pode e não deve em momento algum esquecer de um trabalho profícuo de resgate da nossa própria história. Nós não podemos cometer erros como cometeu o Americano que quando perdeu a guerra do Vietnã passou a escrever seus livros afirmando que havia ganhado. Vamos escrever nossos livros e não esquecer de que houver Cangaço... Não vamos deixar de exaltar, por exemplo, a figura de Conselheiro, a partir de Quixaramobim no Ceará. Um homem que aglutinou os pobres nordestinos e sertanejos. A nossa defesa tem que ser intransigente da nossa terra, da nossa cultura; mostrando aquilo que deve ser mostrado. Sinto-me muito satisfeito, por ter sido bem recebido aqui em Aurora como ontem fui em Cajazeiras.
Ipueiras: estou fazendo um trabalho intitulado a geografia do cangaço ou a geo-história. "Nós estamos plantando uma semente aqui em Aurora e você vai ser o homem que vai agua-lá. Vou sai daqui fortalecido, engrandecido com o conhecimento que adquiri. Cheguei um ‘cabra do Mobral’ e saio um doutor"... concluiu.
Kydelmir Dantas – "Não vemos Lampião nem como bandido nem com o herói, mas como história. Estamos hoje em Aurora para conhecer por onde passou o bando de Lampião, com quem manteve contato, quem deu apoio, pois a partir daqui é que saiu toda a trama para o ataque a Mossoró no dia 13 de julho de 1927... Não se pode dissociar o cangaço do coronelismo, da música popular nordestina, da coluna Prestes, da literatura do Cordel, enfim de um grande leque em que está ligada a SBEC. Uma entidade consolidada até internacionalmente há 15 anos, já que temos mais de cem sócios espalhados pelo Brasil e pelo exterior que se preocupam em estudar os temas relacionados a pesquisar e a divulgação da história, a geografia e sociologia do Nordeste, disse.
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Por: José Cícero - In Revista Aurora
Aurora – CE.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

AURORA: População retorna às ruas para comemorar em alto estilo a vitória de ADAILTON e ANTONIO LANDIM.


Depois de uma campanha das mais acirradas os aurorenses agora se preparam para a grande festa da vitória prevista para domingo 19. Mas as comemorações não param por aí, posto que às 18 h acontece uma grande carreata saindo da vila Paulo Gonçalves percorrendo as principais ruas da cidade, culminando com um ato público na praça da matriz seguido de show musical franqueado à população. Tais manifestações em que pese o grande entusiasmo popular, marcarão de maneira apoteótica a eleição do prefeito Adailton Macedo(PSDB) e do seu companheiro de chapa, Antonio Landim(PSC) à prefeitura de Aurora. Um fato que a um só tempo representa contentamento social e uma virada na história política do município.

O desejo do povo foi de fato, construir o novo

A coligação vitoriosa que recebera a sugestiva denominação de “o povo construindo o novo” encabeçada pelos partidos PSDB, PSC, PMDB, DEM e PMN marcou as eleições deste ano, não apenas pelo quesito organização, mas sobretudo pela derrota que imprimiu à candidatura da situação apoiada que foi pelo atual prefeito de Aurora. Outro item digno de destaque, diz respeito ao estilo ético-político assumido durante a campanha pautado na ética, no respeito e na tolerância. Estes foram apenas alguns dos atributos empreendidos desde o princípio, pelo candidato eleito Adailton Macedo. “Nossa candidatura primou, pela organização, pela inteligência e pelo conjunto de propostas qualitativas oferecidas como projeto para melhorar a nossa Aurora. Foi, portanto, uma campanha essencialmente proporsitiva, ética, consciente e respeitosa, pois o nosso povo merece sempre o melhor”, explicou o candidato eleito. “A partir de janeiro iremos fazer uma administração das mais democráticas, operosas e participativas voltada para o social na busca de melhores dias para nossa gente”, finalizou.

Uma vitória realmente incontestável

Com uma maioria de 892 sufrágios, o candidato do PSDB derrotou seu opositor, mesmo este último contando com o apóio irrestrito do atual gestor, numa prova inconteste de que o sentimento de mudanças e renovação foi o tempo todo, uma constante não apenas nas manifestações populares ocorridas em todos os quadrantes do município, como também agora, ante o resultado insofismável expresso através das urnas.

Com cerca de 8.293 votos recebidos, 52,84% dos votos válidos, além de ter sido da sua coligação o vereador mais votado – Chico Henrique(PMDB) com 1.362 votos. O que só veio corroborar a evidência daquilo que há muito demonstrara em alto e bom som, o eco mudancista das ruas, bem como dos rincões mais distantes das paragens salgadianas do Cariri. A ânsia popular por mudanças e renovação foi uma constante desde o primeiro dia de campanha, afirmou a assessoria do candidato eleito.
Adailton Macêdo assumirá em janeiro os destinos da sua terra. Um imenso desafio para quem, pela primeira vez terá que enfrentar uma série de problemas de cunho social, econômico-financeiro e de infra-estrura.

Verdadeira Onda Azul invadiu Aurora

Logo após a vitória do novo prefeito, uma verdadeira onda de alegria e contentamento tomou conta de Aurora de uma ponta à outra. O azul, que se tornou oficialmente o colorido da campanha, agora se faz cada vez mais presente, desde a sede aos distritos da zona rural. De modo que, virou de vez como dizem: “a cor da esperança”. A expectativa é de que a festa deste domingo deva se transformar num ato público e festivo dos mais concorridos desses últimos anos, a julgar pela maneira entusiástica com que a população está a aguarda o evento. Várias autoridades, lideranças políticas de Aurora e região, além dos vereadores eleitos e correligionários da dupla vitoriosa já confirmaram presenças na festa que terá a animação das renomadas bandas de forró: Namoro Novo e Arreios de Ouro. “Esta não será apenas a festa da vitória, mas principalmente, a festa da história”, assegurou a organização.

Histórica vitória construída aos poucos pela força do povo

Toda a população está sendo convidada a participar do ato comemorativo da vitória - momento especial em que os aurorenses celebrarão mais que um instante meramente festivo, mas, especialmente, o marco inicial de um tempo novo. Quem sabe, o primeiro gesto expresso de um povo altivo, sempre presente, abraçado à esperança, toda vez que se fizera necessário lutar. Um compromisso, portanto, claramente selado com o futuro e o bom-senso em nome da justiça social, muito mais que com a simples caridade. Com a democracia, muito mais que com a boa-vontade simplesmente. Com a cidadania muito mais que com o casuísmo das velhas e temerárias circunstâncias. Tudo isso porque agora em Aurora, a força do povo se corporificou num ato contínuo de coletividade plena e sentimento altruísta dos mais autênticos, quando de fato, a sociedade faz jus ao governo que escolhera para comandar os seus destinos... Nem que para isso, como deveras ocorreu, fosse imperioso, vencer-se a si mesma em nome de uma esperança firme, inquebrantável, resolutamente fincada tanto na história, quanto num futuro de prosperidade, esperança, fraternidade e paz.
A eleição de Adailton e do sindicalista Antonio Landim, por fim, é mais uma evidência de que o povo pode mais!

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Por José Cícero
Aurora - CE

terça-feira, 1 de julho de 2008

Violeta Arraes: Eterna sertaneja cidadã do mundo!

Os jardins do Araripe, bem como de todo o Vale caririense perderam agora seu antigo encanto, posto que sua mais linda rosa, a flor do lótus feneceu. A Violeta que mantinha no semblante e coração todas as cores do mundo. Além de de todas as bondades e a beleza da vida. As mais sublimes qualidades e os perfumes que a humanidade mais precisa para crescer, evoluir e ascender aos píncaros da sabedoria e da história.
Sem nossa Violeta os jardins desses verdes vales e serras estão mais áridos, pobres, carentes de estéticas e de entusiasmos. Adeus Violeta Arraes!
Os grandes jardineiros dos céus; dos umbrais universais haverão de cantar hinos fantásticos e maravilhosos tão somente para celebrar a tua chegada. Enquanto aqui, continuaremos todos à duras penas, no árduo ofício de acreditar no futuro, na esperança de que poderemos cultuar e cultivar novas Violetas pelos anos a dentro, só porque cremos piamente que você não morreu. Posto que os gigantes, os titãs da bondade e do saber, tanto quanto as suas idéis não morrem nunca. Adeus santa rosa Violeta...
Feliz despertar para à eternidade. Qualquer dia desses nos encontraremos de novo nos jardins e nas Universidades da vida plena. E tudo será novamente e, para o todo e sempre, uma grande festa. E o mundo como tal, será de vez um mero detalhe. Quem sabe um mero estado de espírito.
Violeta você existiu... e isso é o bantante para acreditamos no dia da vinda!
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Prof. José Cícero
Aurora - CE. In O POVO

Irmãos Iluminados: Humanos não têm consciência cósmica*

Ao contemplar o emaranhado Cósmico do Universo, todo ser humano se sente impotente diante de tanta existência, satélites, planetas,quasares, galáxias, buracos negros e uma infinitude que o pensamento dos seres humanos, mesmo para os mais brilhantes gênios da humanidade,fica sempre a pergunta para que tudo isto? Que engenharia é esta? Como foi feito? Por que foi feito, como? Existe até os mais audaciosos que perguntam realmente estamos sós? É assustador saber que os seres humanos com todo o conhecimento adquirido ainda não tenham respostas para: De onde viemos? Para onde vamos? Porque estamos aqui? Qual a Missão humana? Diante de tanta beleza inteligível da existência, penso que outros seres universais já ultrapassaram a inteligência humana há muito {de longe}. Pois a morte é algo muito obsoleto, a dependênciados seres humanos com o meio ambiente e muito grande, estes animais Racionais precisam de água, ar, gravidade, alimento, só sabem viver em grupos, parece que estão sempre assustados. Esta dependência exageradado meio ambiente é com certeza um atraso intelectual muito grande. É muita repetição. A dor, o sofrimento e a morte são provas cabais de que a humanidade não está pronta para ter o controle do universo. Porém entendo que outros irmãos nestas alturas já têm a chave do controle universal. Até quando teremos que clamar pela caridade intelectual dos nossos irmãos iluminados, que com certeza estão rindo destes seres racionais, mas que não conhecem a razão da existência do universo em expansão.
Aos Seres Humanos
Quebrando correntes
No tempo a passar
Mistérios a desvendar
A todo o momento
Se tudo fosse diferente
Teria o ser humano
O pensar, um plano.
Da existência presente
Que show arriscado
De um palco sem fim
O infinito vem a mim
Ou já foi programado
Tanta existência
Quem vai usufruir
O tempo destruir
Ou há consistência
A Vida acompanha
As etapas da curva
Existe uma luva
De potência tamanha
Controlar o processo
De toda imensidão
É plenitude da razão
Ou pensamento, ao inverso.
É do ser humano obrigação
Conhecer todo o infinito
Ou existe um conflito
Buscando interrogação?
Já não é chegado
A hora de saber
Do universo o porquê ?
Na existência - postado.
Autor: Luiz Domingos de Luna
Internet - RA

quarta-feira, 25 de junho de 2008

AURORA: Convenção municipal homologa nomes de Adailton e Antonio Landim às eleições de outubro


Um evento apoteótico para ficar na história. A julgar pelos rumores populares, a que tudo indica esta continua sendo a definição que mais se aproxima da festa em que se transformou a convenção do PSDB, PSC, PMDB e DEM ocorrida no último sábado, no auditório da Associação Beneficente Aurorense(ABA) no cento da cidade de Aurora. A convenção homologou a chapa da oposição encabeçada pelos vereadores: Adailton Macedo(PSDB) e Antonio Landim(PSC) que juntos disputam o executivo aurorense. Os nomes dos candidatos à eleição proporcional também foram oficializados durante o evento. O espaço interno do clube(ABA) pareceu pequeno para o grande número de pessoas que compareceu ao local. Foi um evento político dos mais concorridos já realizados em Aurora a começar pela repercussão que o acontecimento provocou na cidade salgadiana. Logo após a homologação das candidaturas proporcionais e majoritários, diversos convencionais, autoridades e lideranças políticas de Aurora e região fizeram uso da palavra, ocasião em que enalteceram as qualidades das candidaturas de Adailton e do sindicalista Antonio Landim. Apoio dos dirigentes do PC do B :Ainda repercute no município as presenças na convenção e o apoio formal dos dirigentes do PC do B, dentre os quais os professores José Cícero e Ronaldo Santos(presidente e vice-presidente da sigla comunista) que no ensejo, declararam publicamente a adesão por intermédio do PSC(partido do candidato a vice, sindicalista e ex-vereador petista) à chapa de Adailton e Antonio Landim.Já no domingo dia 22 no plenário da Câmara de vereadores foi a vez do Partido Comunista do Brasil(PC do B) realizar a sua Convenção Municipal momento em que os comunistas aurorenses homologaram suas candidaturas proporcionais com dois nomes concorrendo ao legislativo aurorense: José Tavares e Antonio Cândido; bem como à chapa majoritária. Formalmente, por questão de imperativo ideológico o partido participa da coligação capitaneada pela sigla pedetista que tem como candidatos o ex-prefeito Alcides Jorge(PDT) e vice João Aécio(PSB), cuja convenção ocorrera no dia 21. Para quem gosta de emoções fortes e muita adrenalina as eleições deste ano em Aurora está prometendo...
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Por: José Cícero

terça-feira, 24 de junho de 2008

PC do B realiza sua Convenção Municipal no plenário da Câmara de Vereadores















Na manhã do último sábado, dia 22 o diretório do Partido Comunista do Brasil – PC do B, de Aurora realizou no plenário da Câmara de vereadores sua Convenção Municipal ocasião em que foram homologadas as candidaturas a vereador dos dois representantes da sigla com vistas às eleições vindouras: José Tavares e Antonio Cândido.
Contudo, do ponto de vista formal e ideológico, o partido também aprovou sua participação na coligação encabeçada pelo PDT, sendo que em face de uma série de questões mais internas os membros do diretório local decidiram, mesmo informalmente pelo apoio as candidaturas majoritárias capitaneadas pelas oposições, ou seja, PSDB e PSC. “Tanto o PC do B quanto aqueles que o dirigem não encontraram efetivamente espaços políticos na gestão situacionista, por isso optamos por um novo caminho”, explicou o presidente José Cícero durante a convenção. “Tentaram usar nossa ideologia e a nossa coerência como grilhões para nós mesmos, achando que estávamos presos e nunca reagiríamos contra a ingratidão e as perseguições veladas contra nossos camaradas”. “Porém a realidade provou que eles estavam errados. A conjuntura está aí, os fatos não deixam dúvidas, falam por si mesmos. Antes de comunistas históricos, somos seres humanos...” finalizou.
Um produtivo debate pontuou boa parte da solenidade, com destaque para a visão do PC do B acerca das eleições, além da decisão da cúpula do partido em apoiar as oposições. Não apenas filiados e membros do comitê municipal compareceram a convenção; o evento contou com a participação do Dr. Alcides Jorge(PDT) e Antonio Landim(PSC) que também usaram da palavra, oportunidade em que teceram elogios a trajetória de luta e combatividade do PC do B desde 92 em prol de uma Aurora melhor, renovada, fraterna e socialmente justa.
Da Redação....