sábado, 28 de dezembro de 2013

Quando Frei Caneca foi preso pelas tropas do Império no sítio Juiz em AURORA

Gravura retratando Frei Caneca no momento da sua morte em Recife
Fazenda Santo Antonio - Aurora onde Frei Caneca acampara com sua tropa
Rio Salgado sítio Stº Antonio onde Caneca perdido atravessou por 5 vezes
Margeando o rio Caneca passou:  Caiçara/Crioulas/Stª Cruz/Várzea Redonda/Juiz
Fazenda Juiz de Aurora: local onde Caneca foi rendido e preso com os seus
Fazenda Santo Antonio - 1º local de Aurora onde Caneca se acampou
Riacho da Caiçara citado no diário de Frei Caneca como das Crioulas
Provável local onde  a tropa do major Lamenha montou acampamento no Juiz
JC e seu guia em pesquisa de  campo e mapeamento do roteiro de Caneca no sítio Juiz de Aurora-CE.

REBELDES DA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR  DE PASSAGEM POR LAVRAS E AURORA

 O movimento denominado de Confederação do Equador surgido em Pernambuco  logo ganharia  adeptos  na Paraíba e no Ceará, evidenciando a insatisfação popular diante do absolutismo do imperador D. Pedro I.


Em meados  de novembro de 1824 revoltosos da famosa  Confederação do Equador deixaram a cidade do Recife  com destino ao Sul do Ceará.  Dentre os quais, o histórico e bravo Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, um dos seus  principais idealizadores político-espiritual..
Após passar por parte do território paraibano  a tropa alcançou o Ceará pela então vila de Umari e fazenda Boa Vista  em 21 de novembro de 1824. Seguindo pela localidade de Jenipapeiro,  no dia seguinte 23 chegam à fazenda Pendência, hoje Amaniutuba, município de Lavras.
“Na pendência dormimos e passamos muito mal d’água” escreveu Frei Caneca em seu diário. 
Dia 24 a tropa pernoitou meia légua depois da então vila de São Vicente das Lavras (atual cidade de Lavras da Mangabeira). E pela manhã do dia 25 descansaram na fazenda Santo Antonio já no território de Aurora, antiga Venda. Após um pequeno fogo naquelas imediações na margem oposta do rio, conforme narra o frei,  a tropa rebelde meio que  atordoada após a refrega  buscava a referida fazenda e, praticamente ficou a andar em círculo tendo, inclusive, atravessado o rio Salgado por seis vezes, antes de finalmente encontrar o Santo Antonio onde descansaram.
No mesmo dia o frei anotara em português arcaico: “as estradas são largas, porém com outros e valles ruins para artilharia e montes famosos para a guerrilha”. Queriam eles encontrar alguma cabeça de gado para saciar a fome do grupo, mas não encontraram, de onde partiram  ao amanhecer do dia 26,  seguindo pela estrada do almocreve que margeava o Salgado em grande parte do trajeto.  Temendo encontrar inimigos, passaram por fora da vila de Venda(Aurora). 
Ansiavam os rebeldes chegar à vila de Missão Velha e de lá à cidade do Crato, onde iriam hastear a bandeira  de um Brasil independente, cuja causa era defendida pelo movimento.
Na noite do mesmo dia, dormiram no sítio Várzea Redonda há cinco léguas do Santo Antonio. Por precaução havia contornado a então vila da Venda Grande temerosos de que lá existiam inimigos à espreita. Novamente Caneca anotara em seu diário suas impressões sobre o trajeto: “As estradas sendo largas em geral, são de tudo montanhosas e pedregosas...”  
Na altura do riacho da Caiçara antes de chegarem à Várzea das Crioulas  – conforme ele – uma grande planície  cercada de caatinga e muitos arvoredos inóspitos -  ocorreu mais um confronto. Sendo que cinco inimigos foram abatidos.  Três baixas na parte da tropas de Caneca, dentre as quais do tenente Mafaldo do 1º batalhão de frente, além de mais dois feridos gravemente, incluindo um soldado que se concentrava disfarçado.
Depois das Crioulas passou com dificuldade por um corte grande, todo cheio de troncos de árvores deixados no caminho pelos inimigos para dificultar a passagem dos rebeldes, sobretudo das carroças e bois que puxavam as armas de grosso calibre.  Depois das 18h baixaram acampamento já nos limites da Várzea Redonda. De lá, por volta das 10 h da manhã do dia 27 chegaram ao sítio Juiz   - pertencente ao mosteiro dos Beneditinos de Olinda-PE. No lugar  resolveram descansar já por volta das 13 horas. Escreveu ele: “A estrada é má pelos montes e vales de que se compõem”. Chegaram todos exaustos batidos pelo cansaço da jornada e pela quase total ausência de alimentos.
Na fazenda juiz foi feita uma espécie simbólica de proclamação do movimento ao povo cearense. O próprio frei Caneca, capitaneou o tal ato cívico.
Na manhã do dia seguinte 28 de novembro, segundo consta;  o  tenente do 4º batalhão  com o subterfúgio de ir vasculhar a região a procura de alguma cabeça de gado para alimentar as tropas, desertou. Sem gado para  saciar a fome, foram forçados a sacrificar dois bois  de cargas, justamente os responsáveis pela condução das peças de artilharia. A intenção era, na manhã do dia posterior 29 de novembro continuar a  marcha com destino à vila de Missão Velha onde, esperavam conseguir ajuda e comida junto aos simpatizantes daquela freguesia. E de lá seguiriam para à vila do Crato. 
Notícias davam conta de que no Crato os chamados legalistas do império tinham hasteado a bandeira de Portugal e retirado o estandarte brasileiro defendido pelos  confederados. O que conforme Caneca, seria o primeiro ato a fazer no Crato, combater a tropa do império e, na sequência fazer a reposição em ato público da bandeira genuinamente brasileira.
Retrato à óleo de Frei Caneca
No entanto,  ainda no Juiz da Aurora por volta das 4 horas da tarde foi  visto no alto do morro pela  retaguarda muita gente, tanto  a pé quanto a cavalo. O que logo se descobriu se tratar das tropas do imperador, ou seja, seus inimigos. Sem perda de tempo, assinalou Caneca no seu diário,  o comandante da artilharia José Maria Ildefonso  logo pôs todos em posição de combate, fazendo, inclusive os primeiros disparos de fuzil.
De repente, para a surpresa de todos, os inimigos desfraldaram uma bandeira parlamentar. Baixaram a guarda em sinal de paz. Um emissário portando uma carta foi enviado pelo  major Lamenha, comandante das tropas inimigas. Na sua missiva, Lamenha aconselhava os revoltosos  a pôr um fim ao combate. Prometendo por seu turno,  o perdão do imperador para com os confederados. Frei Caneca não quis capitular, primeiro por uma questão de princípios e idealismo pátrio. Depois, por não acreditar naquela promessa. Não confiara no tal perdão imperial. Mas teve que seguir a maioria dos revoltosos, seus amigos. Notadamente após, como ele mesmo denominaria de um fato “indigno” do comandante  do 1º batalhão João de Deus  que, antes mesmo da decisão  conjunta da sua tropa, passou em ato continuo para o lado inimigo. Rendidos, todos foram em seguida para o acampamento do major no lado oposto do serrote.
Após o ocorrido,  na mesma tarde  deixariam o acampamento na condição de prisioneiros. Conduzidos de volta sob a escolta dos defensores do império. Tendo dormidos maias à frente na Várzea das Crioulas. Na manhã do dia 30 de novembro,  os prisioneiros chegaram por volta do meio-dia à vila de São Vicente há seis léguas de distância, onde pernoitaram e de lá seguiram na tarde do dia 1º de dezembro de volta ao Recife.  
Na capital de Pernambuco ‘um tribunal assassino’ comandado pelo general Fco. de Lima e Silva - pai do Duque de Caxias condenou à morte cerca de onze revoltosos, sendo Frei Caneca o 1º a ser assassinado. Não fora enforcada como determinava o veredicto, ante a recusa dos carrascos. Terminou sendo fuzilado por um dos soldados da tropa imperial.
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FILME-DOCUMENTÁRIO SOBRE A PASSAGEM E PRISÃO DE FREI CANECA
PELA REGIÃO DE LAVRAS E AURORA, SERÁ PRODUZIDO NO COMEÇO DE 2014, AFIRMA SECRETÁRIA DE CULTURA DE LAVRAS:
Para resgatar toda esta saga relacionada a bravura do mártir Frei Caneca. Além da sua passagem por  Lavras e a sua prisão  ocorrida no sítio Juiz de Aurora é que estão sendo ultimados os preparativos  com vistas a produção do filme-documentário que terá como narrador o Dr. Dimas Macedo, filho ilustre de Lavras. A notícia nos foi repassada pela própria secretária de cultura daquele município – Cristina Couto, durante conversação com o este secretário.

Pesquisa de campo e mapeamento do itinerário de Frei Caneca e seu amigos em solo aurorense
Com o propósito de contribuir com o tal projeto é que estivemos durante nos últimos dois dias(quinta e sexta-feira)26 e 27 de dezembro) numa pesquisa de campo nos sítio: Santo Antonio, Calumbi, Caiçara, Crioulas, Várzea Redonda e  Juiz  - itinerários percorridos  por Frei Canecas e seus aliados dentro do território de Aurora em novembro de 1824, quando finalmente foi rendido no sítio Juiz.
Sem dúvida, uma importante iniciativa que objetiva, dentre outras coisas, resgatar e difundir junto à população grandes momentos da nossa verdadeira história. Fatos e acontecimentos realmente emblemáticos que, curiosamente,  a chamada história oficial durante muito tempo tentou em vão esconder das novas gerações.
A prefeitura de Aurora por intermédio da sua secretaria de cultura e turismo também apoia este grande projeto audiovisual que será  muito útil à preservação da memória história da nossa região, do Ceará e do país.  
Uma iniciativa das mais significativas e pioneiras da pasta lavrense para que se possa efetivamente reescrever nossa verdadeira história. Não apenas aquela escrita pela pena dos vencedores, mas, sobretudo,  pelos oprimidos.
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Por José Cícero -
Secretário de Cultura e Turismo
Aurora - CE.

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(*) Com base  nas informações contidas no Livro Diário de Frei Caneca.
Fotos: JC, Jean Charles e Adriano de Sousa Anão. - Secult-Aurora.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Pequena Opinião sobre o cantor Reginaldo Rossi - Por José Cícero*

Sem o menor ânimo, hoje fugindo um pouco da rotina, não escreveria nada. Para piorar logo cedo, eis que recebo a triste notícia dando conta do falecimento do cantor Reginaldo Rossi na sua Recife, onde o mesmo se encontrava há dias internado.
Porém, diante do verdadeiro bombardeio de manchetes e dos comentários similares publicados na internet como na imprensa em geral, não teve jeito, me impus, mesmo contrariado, a escrever algo à guisa de modesta consideração pessoal acerca  do lamentável acontecimento. Ainda, no tocante à farta produção artística do imortal Reginaldo Rossi.
Como é comum na imprensa marrom, como via de regra na grande maioria da mídia brasileira acostumadas demais às ideias de rebanhos e a beber na mesma fonte; quase todas as manchetes traziam em letras garrafais '...Morreu RR, o Rei do Brega...'. Ora, mas que besteira! Nada contra este vocábulo que muitos o chamam de gênero(se é que ele existe de fato), mas ao meu juízo, creio que mais brega que os artificiais e descartáveis: Michel Teló, Luan Santana, Gabriel Valim, Gustavo Lima, Israel Novaes, além das bandas de Forró e, até um tal de sertanejo  universitário como tantos outros, que, graças a Deus não sei dos seus nomes. Todos juntos na mesma gamela dos jabás não se comparam sequer ao aspecto autoral do velho Reginaldo.
Gosto das canções do Rossi, mas até certo ponto... Presumo que, até o momento em que ele gravara o tal 'Garçom', que mesmo sendo uma composição ao meu ver de baixa qualidade (pasmem), foi justamente a música que o alçou em definitivo, à condição de verdadeiro pop star e até a este tal título de rei de sei lá do quê...
Todavia, o Reginaldo Rossi foi muito mais que isso. Inteligente e versátil se fizera um bom cantor, excelente compositor inclusive, num mundo onde todos logo se acham estrelas e semideuses... Reginaldo, ao contrário, se postou como ele mesmo, modesto um gentman, boa gente, diga-se de passagem.  
Uma figura humana que nunca se deixou levar pela fama, tampouco pelo dinheiro que, como  se sabe, são coisas passageiras. Como de resto tudo o  mais na vida... Aliás, esse aspecto de pura  modéstia e simplicidade, ficou evidente quando o mesmo esteve em Aurora em show popular em junho do ano passado. Quando com invulgar delicadeza e alegria recebera todos os que  se diziam seus fãs na busca de um autógrafo, um aperto de mão ou um abraço.
Enfim, gosto das músicas do Rossi desde a sua fase galã da época áurea do Ei-ê,ê e da Jovem Guarda nos anos 70, cuja produção infelizmente hoje, as gravadoras parecem querer esconder do público. Gosto do Reginaldo também durante a sua boa fase produtiva dos anos 80  e meados de 1990. Quando se rendera aos ditames das gravadoras fiquei contrariado...
Hoje sei que o velho Rossi com sua excepcional inteligência teve que aderir a um outro estilo como forma de sobreviver diante de uma  mídia impositiva, bem como de um mercador cruel chamado indústria fonográfica. Quando aderira portanto, a este tal de Brega ou coisa parecida. Teve sorte por se dá bem. Pois ficou mais conhecido em todo o país. Dizem que até rico. 
Gravou muito, fez show pelo país inteiro. Vendeu bastante  e conseguiu adentrar os grandes canais televisivos como a própria Globo. O que nunca foi possível para os verdadeiros reis da chamada música  brega, que também foram e ainda o são sensacionais, tais como: Bartô Galeno, Maurício Reis, Carlos André,Abílio Farias, Carlos Alexandre, dentre outros.
Sem dúvida, apenas uma das grandes contradições - coisas do Brasil. Um artista popular do quilate do Reginaldo Rossi só se tornar conhecido pelo povo e respeitado pelos tubarões do mercado, quando teve que produzir  algo aquém do seu verdadeiro estilo e do seu potencial, a exemplo de Garçom,  Dia dos Cornos e por aí vai...
Penso que todos os que se dizem verdadeiramente fãs do R.Rossi precisam conhecer na íntegra o conjunto da sua obra musical pretérita. Decerto, haverão de ficar refertos e muito mais impressionados diante do enorme talento deste grande artista do Nordeste e do Brasil. 
De maneira que, com a sua morte, a verdadeira música popular brasileira ficará muito mais pobre e vazia de emoções e poesia. Abre-se, igualmente, uma imensa lacuna que jamais será preenchida. Primeiro, porque Reginaldo é inigualável e insubstituível, depois, pelo triste fato de que  a música que ora  está sendo produzida e nos oferecida goela abaixo pelos poderosos; de tão pífia e miserável não merece sequer este nome.
Por fim, com extrema saudade, viva Reginaldo Rossi! Posto que permanecerá eternamente vivo no meio de nós, através das suas músicas que nunca morrerão.
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José Cícero
Secretário de Cultura e Turismo
Aurora - CE.
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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Foi preso em AURORA homem acusado de assassinar esposa com 32 facadas

Francisco Luís foi preso na manhã desta quarta-feira (Foto: Agência Miséria)
O homem acusado de assassinar sua própria esposa com 32 golpes de faca na noite do último sábado (14) na cidade de Aurora, foi preso na manhã desta quarta-feira ao se apresentar à polícia. Francisco Luís de Sousa Oliveira, de 35 anos, popularmente conhecido como Luís Macaúba estava foragido desde a noite do crime e, contra ele, existia uma mandado de prisão, a frente a delegada Dra. Ana Ursulina Tavares Rodrigues.
O Crime
O assassinato aconteceu por volta das 21 horas, dentro do imóvel em que ambos residiam, localizado na Rua Rosa Mística, bairro Araçá. De acordo com a Polícia, o crime teria sido motivado por uma suposta traição. Luís Macaúba chegara do interior de São Paulo, onde havia trabalhado no corte de cana-de-açúcar, quando ouviu boatos que estava sendo traído por sua esposa Joana Alexandre Lucena, de 32 anos.
Adotando os rumores como verdade absoluta, o acusado desferiu 32 facadas em sua companheira após o jantar. Joana teve morte imediata. Vizinhos e parentes negaram a traição, qualificando a vítima como uma “mulher correta e excelente mãe de família”.
O Sepultamento
O corpo da jovem foi sepultado na manhã desta segunda, sob forte comoção e revolta. Dezenas de amigos e familiares se reuniram na casa do tio da vítima para prestarem as últimas homenagens á jovem que deixa quatro filhos adolescentes, sendo três homens. Durante o cortejo até o Cemitério da cidade, o pedido de Justiça ecoava em meio à multidão.
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Fonte: site Miséria/JN
http://www.miseria.com.br/?page=noticia&cod_not=112179

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O Ano que se vai... Outro que vem... Por: José Cícero*

Por José Cícero
Não tardará a passar 2013. Como  tantos outros  daqui a pouco será apenas mais  um pedaço do tempo a compor o rol do nosso passado. Tão somente lembranças. Quem sabe agradáveis para uns e, ruins para outros. 
Mas a vida é isso, puro dualismo de gestos e acontecimentos. Uma colcha de retalhos. Uma literal gangorra assinalada pelos altos e baixos. 
O certo é que 2013 está indo embora. Conosco ficarão apenas na memória, os pedaços congelados dos grandes momentos - felizes, trágicos e tremendos! Assim, com o ano que envelhece e morre nós também seguimos o mesmo destino. Posto que também envelhecemos e, haveremos de dá graças aos céus por termos conseguido sobreviver a todos os seus percalços. 
Estamos vivos! E isso, convenhamos não é pouca coisa diante do imponderável. Constituindo-se num valioso presente. Uma vitória. Uma dádiva de Deus. Uma nova chance de melhorarmos. De refazer tudo aquilo que no ano velho fizemos de errado. De mudarmos os nossos rumos. De reavaliarmos nossos valores, gestos e princípios. De apagar equívocos. Enfim, de mudarmos efetivamente por dentro. Aumentando assim, as esperanças que temos na boa nova da vida como igualmente, na melhoria do mundo fraterno e uma vida justa, começando por nós mesmos. 
Com o passar de 2013 temos a sensação de que nos despedimos de um companheiro. De um ente querido, de um amigo do peito... Mas eis que assim é que é a vida. Um acender e apagar de luzes. A arte do encontro sempre marcada pelas intermináveis despedidas. 
Uma prova de que de fato, nada na vida é permanente. Tudo é efêmero, transitório e passageiro. Razão pela qual haveremos todos, de aproveitar ao máximo, todas as oportunidades. Viver o momento com a mais absurda das intensidades. Ser útil ao próximo e ao planeta. Amar tudo, desmedidamente como se fôssemos morrer no dia seguinte. Simplesmente, porque tudo passa invariavelmente... Assim como passam os anos,  os meses, as semanas, os dias, as horas. Enfim, os instantes eternos que tivemos e compartilhamos na companhia de muitas pessoas. 
O tempo é por isso mesmo, deveras implacável, sobretudo para os que não estão tão atentos para sua exiguidade. Os que vivem no mundo como que à passeio...Ou mesmo que se acham tão poderosos que se imaginam eternos e até capazes de comer dinheiro.
Mas o fato é que 2013 está se indo. E como ele, nossos momentos de alegria e de felicidade, mas também as tristezas, as angústias, as desventuras... 
Mas assim é que abrimos espaços  para um novo amanhã possível. Com a perspectiva de uma vida realmente  nova. Uma forma de reacender em nós as esperanças e as utopias de um mundo recheado de grandes possibilidades e confianças.  
Daqui a pouco, 2013 será apenas uma saudade latente batendo forte dentro de nós.  Mas não nos esqueçamos, que todo ano que se finda, há de exigir de nós uma reflexão. Não tem jeito. Todos somos de alguma maneira tocados pela despedida. Porém, assim é que é a vida. E assim ela será para todo o sempre. Um tempo único que mesmo  quando pensamos que se repete ele se renova efetivamente...
Então, que venha logo 2014. Quem sabe coberto de otimismo e de promessas grandiloquentes. Tudo calcado no sol da boa-nova a iluminar o mundo inteiro.
Por fim, todo ano que passa e vai embora fica de alguma forma adormecido dentro de nós. Ao passo que cada ano que nasce é, por assim dizer,  uma criança a exigir de todos um pouco mais  de zelo, afeto, carinho e cuidados. 
De modo que, nenhum ano novo ou ano velho está noutro lugar do cosmo, senão dentro de nós  mesmos. Em fragmentos inolvidáveis de lembranças, saudades e recordações imperecíveis...
Viva então 2013 por tudo que ele nos proporcionou de vivência, conquista e aprendizado. E que vivamos agora como todas as nossas energias, fé e entusiasmo o ano vindouro de 2014. 
Viva, viva!
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* José Cícero
Secretário de Cultura e Turismo
Aurora - CE.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Comunidade Católica de AURORA participa dos Noitários e Festejos da Festa do Padroeiro

Este ano a paróquia homenageia todos os bispos diocesanos e os vigários que já passaram pela igreja de Aurora

No ano da graça o Senhor Menino Deus nos envia à Missão”. Eis o tema da Festa do Padroeiro de Aurora que este ano acontece de 14 a 25 de dezembro com muitas atividades. 
Além do tradicional novenário celebrado pelo vigário padre Antonio José,  as noites da festa do padroeira contarão também  com música ao vivo,  quermesse e  comidas típica disponíveis no barracão do ECC instalado no quadro da matriz , entre  a praça com  sua decoração natalina e o estátua do Menino Deus que abriga o presépio de Natal.
Abertura da noite de homenagens religiosas:
Alcione e Edson
Da noite de domingo (13) até o dia 23,  cada novenário  homenageará  os bispos diocesanos e todos os padres que já passaram pela paróquia de Aurora. Neste último domingo  a abertura das homenagens ficou a cargo da Secretaria de Cultura local que  enalteceu as figuras  de Dom Joaquim Vieira – 2º bispo do Ceará, o Monsenhor Vicente Pinto Teixeira – 1º vigário da história de Aurora.   
Além da leitura das biografias dos  sacerdotes, dois jovens atores da pasta adentraram à matriz encenando os religiosos homenageados seguido do andor do padroeiro o Sr. Menino Deus.Tudo sob os aplausos e o cântico do santo padroeiro.
Sendo que o personagem de D. Joaquim  foi encenado através do jovem  Alcione Pereira e Monsenhor Vicente Pinto por Edson Moreira, ambos funcionários da Secult-Aurora. A missa de domingo foi co-celebrada pelo vigário e o padre Edelton Leite, filho da terra. A banda cabaçal também está dando um colorido especial ao evento.
Na segunda, 16 através do colégio Paroquial  serão homenageados D. Quintino e Padre Fco. Luna. Dia 17 – o colégio Monsenhor Vicente Bezerra fará homenagens ao  padre homônimo que lhe dá nome. Dia 18,  o escola  técnica Leopoldina Quezado  homenageia D. Vicente e padre França   Dia 19  o colégio Tabelião José Pinto Quezado homenageará Frei Jeremias, enquanto no dia 20 o colégio padre Cícero de Ingazeiras  D. Newton Holanda. Dia 21 será a vez do colégio Romão Sabiá do Araçá prestar homenagem ao padre José Landim. Seguido do colégio Antonio Amâncio do Tipi  que irá homenagear no dia 22 o padre Vicente Luiz dos Santos e, finalmente, dia 23 encerrando os novenários a escola Antonio Landim de Macedo do bairro São Benedito homenageia D. Fernando Panico.
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Da Redação do Blog de Aurora
Fotos: Adriano Sousa Anão e JC
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ÚLTIMA EDIÇÃO 2013 DO FÓRUM ITINERANTE DE TURISMO E CULTURA DO CARIRI ACONTECEU EM EXU - PE



Como parte das Comemorações festivas alusivas ao  aniversário de Luiz Gonzaga – o rei do baião, ocorridas em  Exu – PE;  de 06 a 15 de dezembro,  a coordenação regional do Fórum Itinerante de Turismo e Cultura do Cariri resolveu promover em parceria com a secretária de cultura daquele município  a última edição do ano na cidade do gonzagão no último dia 13. O evento aconteceu no auditório do colégio Bárbara de Alencar no centro da cidade.

Onde estiveram presentes, artistas regionais como Joquinha Gozaga e João do Crato, autoridades convidadas e  secretários de cultura e turismo do Cariri cearense  e de municípios pernambucanos circunvizinhos ao Exu – cidade natal de Luiz Gonzaga. Além de representantes do Sesc Cariri, Urca, GeoPark Araripe, IBAMA dentre outras entidades representativas da região Araripe.

A abertura da solenidade se deu com a apresentação musical  do jovem  grupo  de sanfoneiros Asa Branca e  Joquinha Gonzaga. Seguido da palavra  do expositor Reginaldo Silva, do presidente do fórum  professor Vicente Paulo e da secretária de cultura local Helenilda Moreira.

Uma série de questões importantes relacionadas à estruturação  coletiva de uma  política cultural para o Cariri foram discutida. Após o almoço, aconteceu as visitações técnica a exposição do Gozagão na sede da secretária de Educação, seguida da visita ao parque Asa Branca onde se encontra o museu do Gonzagão. Finalmente  um Tur turístico pela chapada do Araripe. O município de AURORA com assento no referido fórum esteve representado pelo secretário de cultura e turismo o professor José Cícero(foto).
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Da Redação do Blog de Aurora e da Seult.
Fotos: Adriano Sousa Anão.

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