sábado, 30 de agosto de 2014

Geólogos do DNPM regional fazem visita técnica à Massalina de Aurora

Geólogos J.Artur e Benícia Honória  recebidos sede da  Secul por J. Cícero
Geólogos do DNPM em pesquisa de campo na Massalina de Aurora

Chefe do escritório regional do Departamento Nacional de Produção Mineral e assistente visitam AURORA para conhecerem de perto a Massalina do  rio Salgado

A Secretaria de Cultura e Turismo do município de Aurora recebeu na manhã da última sexta-feira(29) a visita dos geólogos José Artur Andrade (chefe do escritório regional do Crato) e Benícia Honório - ambos representantes do Departamento Nacional de Produção Mineral, seção  do Cariri(ver fotos acima).
Em inspeção técnicas e  geológica pela região, os geólogos do DNPM vieram à Aurora após tomarem conhecimento através de uma reportagem publicada na imprensa pelo secretário José Cícero, dando conta da existência de um possível sítio paleontológico em Aurora. O local é denominado de 'Massalina do rio Salgado' e consta de uma bela formação geológica, por sinal bastante inusitada, localizado no sítio Volta na região do Pavão a cerca de 18 km da sede.
Após serem recebidos pelo secretário de cultura e conhecerem um pouco mais sobre a  Massalina, os representantes do DNPM receberam duas edições de Revista Aurora onde consta a primeira pesquisa de campo e reportagem sobre o assunto.
A Secult forneceu dois funcionários para acompanharem  os geólogos durante a visita à Massalina do rio Salgado. No local, além dos registros fotográficos foram também recolhidas várias amostras de solo e rochas que em seguida deverão ser analisadas em laboratórios, a cargo do referido órgão.
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Da Redação do Blog de Aurora
Fotos: Adriano de Sousa Anão/ Assessoria de Imprensa-PMA
LEIA MAIS EM:
www,cariricangaco.com.br 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Secretaria de cultura iniciará no final do mês 1ª etapa do projeto “Cultura Itinerante”


‘Cultura Itinerante’ contemplará, além da sede, distritos e outras comunidades polos da zona rural.
Previsto para começar no próximo dia 30 durante as festividades alusivas a padroeira do distrito do Tipi o projeto ‘Cultura Itinerante’ capitaneado pela pasta de Cultura local pretende desenvolver até o final do ano uma série de atividades socioculturais em praças públicas. Abrangendo numa primeira etapa deste a sede e os bairros, até os distritos de Tipi, Ingazeiras e Santa Vitória, além de outras comunidades pólos do município, tais como: Agrovila de Cachoeira, Malhada Funda, Taboca/Araújo, Vila Tuíca, Vila Freire, Soledade, Assentamento do sítio Brandão, Grossos, Franklândia, comunidade do São Miguel, Antas/espinheiro, Calumbi, Santo Antonio, Caiçara/Santa Cruz e Terra Vermelha.
Gêneros Artísticos:

Será uma verdadeira mostra de arte e cultura com foco na valorização dos talentos da terra que deverão está se apresentando na sede e zona rural. Valores artísticos nos gêneros da poesia popular(repentistas), Teatro amador, dança, contação de estórias, expositores de artes, forró pé de serra, musical(Voz e violão), arte circense(palhaços), cotação de piadas, retretas, humorista, seresteiros, dentre outros.
Com este objetivo o secretário José Cícero esteve recentemente reunido com o prefeito Adailton Macedo no sentido de finalizar o quanto antes o projeto orçamentário com esta finalidade. Ocasião onde também discutiu com o gestor municipal a proposta para a realização de mais uma edição da tradicional Festa do Município 2014 que ocorrerá em novembro comemorativo ao ainiversário dos 131 anos de emancipação de Aurora.
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VEM AÍ O 1º FESTIVAL MUNICIPAL DE FOTOGRAFIA...

Em breve a Secult-Aurora realizará o 1º Festival Municipal amador de fotografias em duas categorias distintas, ou seja, Câmara fotográfica e Celular. Só poderão participar do certame pessoas residentes em Aurora, enquanto que o tema do foco é livre, porém as imagens terão obrigatoriamente de retratar o ambiente aurorense.
Os três primeiros colocados de cada categoria receberão uma boa premiação em dinheiro. Os 10 primeiro colocados receberão o título de “menção Honrosa” e todos os demais participantes certificados de participação.
Ainda, conforme a proposta da Secult, as 10 melhores fotografias deverão ser objetos de exposição pública de modo itinerante. As mesmas segundo o secretário da pasta, poderão inclusive, ser expostas no quadrilátero da estátua do Sr. Menino Deus no centro da cidade durante a Festa do Município e posteriormente em algumas escolas locais.
"Uma tentativa de se fazer com que os aurorenses em particular e o povo em geral possam quem sabe, conhecer um pouco mais sobre o nosso município”, disse ele.
A iniciativa será regida por regulamento e as inscrições (gratuitas) deverão ser feitas em breve na sede da secretaria de cultura e turismo(Secult) no centro da cidade.
Aguardem!
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Da Redação do Blog de Aurora

Onde estão os adversários ou inimigos de Eduardo Campos?

Por José Cícero______________

Incrível como o gênero humano em particular e os políticos em geral são, parciais, cínicos e cara-de-pau. Demais, além da conta. Basta ver como muitos dos que até pouco tempo esculachavam com o Eduardo Campos estão dizendo agora, após a tragédia que vitimou o saudoso político pernambucano e sua equipe. Como se ver, cinismo sem tamanho que não convence nem os idiotas.
No topo da lista pra variar está o Ciro Gomes(ex-PSDB,ex-PSB), de onde não se exclui muitos dos pseudomandatários do poder central e também da periferia. A começar(só para citar alguns) pela dupla do JN (da Globo, claro) que na noite anterior ao acidente fatal em entrevista na bancada tentaram a todo custo nocautear no baixo ventre o neto do velho Arraes, como se ali estivem diante de um novo Leonel Brizola.
Mas, caprichosamente o mundo dá muitas voltas. De modo que nenhuma força bruta, por mais bruta que o seja consegue deter a mansidão leve e indomável do imponderável. Como diria o poeta, “o destino conduz aquele que consente e arrasta o que lhe resiste”. Ou seja, fizeram de tudo para isolar politicamente Marina Silva inviabilizando-a na penumbra dos bastidores institucionais, com medo de que seus quase 20 milhões de votos pudessem viabilizar um segundo turno. Algo até bem pouco tempo fora de cogitação (pelo menos para ‘eles’).
E olha só o que aconteceu: Seria cômico se não fosse trágico. Com o lamentável fim de Eduardo Campos – Eis que ressurge Marina no palco da disputa ainda mais forte do que antes. Quer seja pelo carisma da sua imagem, pela dureza necessária e absoluta das suas posições políticas ou mesmo pela indiscutível comoção nacional diante da tragédia que deu cabo a vida prematura e a carreira promissora do bom pernambucano. Contudo, pelo menos por enquanto não estou me reportando a tal famigerada “Conspiração”, porque como veremos noutra oportunidade, há muito estranhamento no dramático e triste episódio.
O certo é que agora, mais do que antes, o medo e o cinismo estão à flor da pele e na cabeça de todos os poderosos que achavam que tudo estava dominado. Que podiam tudo, até se perpetuarem no poder com a força da caneta e a maquiagem propagandista, aliada a um pouco mais de pão e circo.
Caso o PSB e a própria Maria aceitem dá continuidade ao projeto de Campos – A dinâmica das eleições presidenciais deste ano será outra diametralmente oposta a que os poderosos arquitetaram.
Casos não façam o que fizeram quando inviabilizaram a Rede Sustentabilidade da Marina Silva.
Sem, no entanto esquecer que agora existe um protagonista novo na jogada, isto é, o PSB que pode ser cooptado pelo canto da sereia ou pela miragem provocadora da sede do poder.
De forma que, nunca é demais repetir o velho ditado que diz: “gato escaldado tem medo de água fria”. Por fim, neste tabuleiro escuro e sujo da política brasileira sempre à base do toma lá dá cá, tudo é possível, inclusive nada.
E como bem disse recentemente o jovem Eduardo não haveremos de desistir de sonhar o Brasil. 
Oxalá!
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José Cícero
Aurora - CE.
foto: Internet

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

PIRANHAS: Cangaceiros e volantes, uma disputa que não faz mais sentido - Por José Cícero

Passados 76 anos da morte de Virgulino Ferreira da Silva - Lampião, tido como  o rei do cangaço, ainda  é possível notar aqui acolá,  nuances e resquícios da velha peleja, agora no campo das ideias entre os que defendem as volantes e os que glorificam os cangaceiros.
Em que pese  todos os esforços em se estudar com a devida isenção o fenômeno do cangaço, o dualismo ainda permanece vivo e exacerbado. Contudo, é preciso não perder o foco. Principalmente a real noção do papel sociológico, político e cultural do cangaço na construção da história recente do povo dos sertões.  
É como se ainda houvesse, respingos de pólvora, lágrimas, suor e sangue nas reflexões que ora se seguem em torno deste verdadeiro drama humano ocorrido desde meados do século XIX nos grotões do Nordeste. O que com Lampião, durara por mais de duas décadas, até o assassinado do cangaceiro Corisco - o diabo loiro. 
Uma mistura realmente estranha e explosiva carregada por si mesma de ufanismo, ressentimentos, romantismo e adoração. Além de uma dose excessiva  de  incompreensões, parcialidades e preconceitos.  Ingredientes que não contribuem em quase nada para a formulação de um debate franco e qualificado em torno de um tema dos mais palpitantes e polêmicos da história do Brasil.
Não faço objeção pura e simples à chamada formação do mito, quer seja como paixão ou ódio em torno da figura controversa de Virgulino - o Lampião. Isso porque, o que de fato me interessa é o homem histórico em sua contextualização temporal.  Tendo como pano de fundo, as suas relações de causa e feito com o ambiente político e  social da época. Malgrado o mito do herói ou do bandido ainda a motivar, tanto paixões quanto ódios. 
Mais tudo isso são aspectos  inerentes à própria história da humanidade. Algo ainda muito presente no imaginário coletivo das populações. No fundo, diria que, o que mais me interessa realmente é estar  atento e vigilante no sentido de nunca me permitir perder de vista a noção da verdade histórica por mais doída que ela seja. Não me deixar levar pelo achismo absoluto daqueles que de pesquisadores só têm o nome. 
A ponto de puder perceber todo o artificialismo das construções enviesadas, no mais das vezes puramente literárias ou academicistas que no geral, são edificadas não pelos sertanejos, porém pela pena refrigerada dos alienígenas de plantão, distantes demais do palco dos acontecimentos. Os alheios e descompromissados com a realidade dos fatos. E que por isso mesmo, não têm sequer a mínima noção do que venha ser o cenário da caatinga; um mandacaru espinhento, uma jurema braba e, tampouco, ainda hoje, a dura, sofrida e dramática realidade vivida pelas gentes dos sertões. 
Tenho, por tudo isso, imensas dificuldades em acreditar no que dizem e inventam os escritores de bancadas, como igualmente nos que mantêm seus espíritos ainda armados para a batalha. Como ainda, nos escribas laureados dos gabinetes sempre prontos para qualquer shownalismo midiático.
Em favor da história, diria que é imperioso apurar ainda mais nosso olhar, liberto de quaisquer amarras do passado buscando encontrar a verdade com imparcialidade e isenção. Uma tarefa não somente dos pesquisadores, mas de todos quantos se derem a tarefa de ler, refletir e escrever sobre esta temática. 
O Evento de Piranhas:
Não foi diferente o que  aconteceu durante os debates da II Semana do Cangaço ocorrida estes dias na cidade histórica de Piranhas em Alagoas. Confesso que não gostei do "tom da viola' que de certa maneira ritmou a maioria das discussões plenárias. Quer seja, satanizando Lampião e os cangaceiros. E de certo modo, endeusando nas entrelinhas as volantes, além de eximir o sistema,  coiteiros  e os coronéis da política e latifúndio que emolduraram com rastros de violência a saga do cangaço. 
Houve até quem não gostasse, por exemplo, quando se disse que tanto volante quanto cangaceiros foram "farinhas do mesmo Saco" ou estavam no mesmo balaio. O que eu concordo acrescentando apenas, que os cangaceiros não eram pagos com recursos do Estado. 
Houve quem afirmasse na bancada que os volantes eram vocacionados, tinham uma missão a cumprir, não agiam por vingança; sendo regidos por um código de ética, diferentemente dos cangaceiros. Há controversas. Porém em partes, também concordo, ou seja, com as devidas e necessária retificações. 
Senão vejamos: Então, porque  jagunços e cangaceiros às vezes se transformavam em volantes ou vice-versa? Quantas violências horríveis foram praticadas e postas na cota de Lampião em nome da lei? Havia alguma ética ou ausência de violência na decapitação das cabeças em Angico, bem como nas inomináveis barbaridades cometidas pelo sertão adentro? 
E há até  quem diga, que quando cortaram a cabeça de Maria Bonita, ela ainda estava viva. E o dinheiro, os pertences, tanto do bando de Lampião quanto de Corisco (anos depois), com quem ficaram? Onde estava a ética? Fora também massacrada? E os bravos e  famosos nazarenos não agiam também  por sentimentos de vingança?
Em Piranhas disseram também que o que aconteceu na grota de Angico em 1938 quando Lampião e seu bando foram praticamente exterminados não constituiu um massacre e sim, um combate. Difícil acreditar na tese do combate quando se sabe que do lado das volantes  apenas o soldado Adrião foi morto e ainda por cima, com fortes suspeitas de ter sido fogo amigo. 
Ora é mister que se diga, que nem nos confrontos que se sucederam ao malogro de Mossoró em 1927  quando Lampião estava em franca desvantagem ante as tropas de três estados no seu encalço;  como o da Serra da Macambira nas proximidades de Limoeiro do Norte, do sítio Ribeiro e no cerca da Ipueiras em Aurora ambos no Ceará. Lampião não fora pego assim tão fácil com se deu em 38.
De modo que, se em Angico o que houve foi um combate. O que dizer em relação ao que fizeram as volantes estaduais também 27 na fazenda Guaribas de Chico Chicote?  Massacre, como se diz, 'é café pequeno',  o que houve foi uma barbárie. Um crime hediondo e inenarrável.
Como se percebe, assim como nas guerras, também no cangaço a verdade foi uma das suas principais vítimas. Dizer portanto, que cangaceiros e volantes se igualaram  nas atrocidades que cometeram contra o povo sertanejo, está de bom tamanho.
Por fim, penso que todos os que  vivenciaram e conseguiram a duras penas sobreviver  ao flagelo do cangaço foram igualmente vítimas em potenciais.   Qualquer outra explicação que queira destoar muito deste fato, creio que não passa de uma tentativa em vão de se querer "vender gato por lebre".
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José Cícero
Pesquisador e conselheiro do Cariri Cangaço
Aurora - CE.
fotos CC