sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Digamos NÃO ao fechamento do colégio Monsenhor...

Por José Cícero*
Prestes a completar 90 anos o colégio Monsenhor Vicente Bezerra da rede estadual de ensino – de longe o mais antigo e tradicional estabelecimento educacional de Aurora, está na iminência de fechar suas portas para sempre. Caso nada seja feito desde já.
Uma decisão de cima que vem se arrastando já há alguns anos, mas que só no ano passado ganhou corpo quando o educandário foi obrigado a abrir mão do seu horário noturno. Registrando assim, um dos mais baixos números de alunos matriculados nestes seus 87 anos de história e de profícua contribuição à formação moral, ética e educacional da sociedade aurorense e do Cariri Oriental.
Praticamente proibido de receber novas matrículas este ano, o vetusto colégio está a sofrer um ‘fechamento chapa branca’. Na prática, uma forma de provocar o seu fechamento aos poucos. Quem sabe isso aconteça no ano que vem diante deste evidente processo de debilidade compulsiva.
Ora, se o número de alunos está oscilante o segredo é priorizar a campanha de convencimento alicerçada na competência; a divisão conjunta, o chamamento de novos educandos e não o contrário. Por outro lado, como ficarão os que trabalham durante o dia, com o fechamento do horário noturno?  Por que os pais e os próprios estudantes não podem ter a liberdade de escolher o estabelecimento que mais lhes convêm? 
De resto, está mais do que provado que o número excessivo de alunos por sala, é um fator que interferem no próprio processo da aprendizagem. Dividi-los seria, portanto, uma opção importante e providencial.    
Também não  se pode enxergar  educação como gasto, mas sim como investimento   no futuro da nação. No mais, em se tratando de educação, principalmente agora diante do tão propalado ‘padrão Fifa  da tal Copa’, não caberá mais a velha ótica do chamado: Custo x Benefício, pelo menos para um setor tão essencial e estratégico como a formação dos nossos cidadãos.
Este ano o colégio só foi autorizado a funcionar com os estudantes egressos dos anos anteriores, ou seja, que já se encontravam matriculados na escola. Uma medida que, para a comunidade soa como estranha e fora de qualquer propósito isonômico.
Estudantes novatos estão terminantemente impedidos de ingressarem na referida escola. Algo que destoa da tão decantada ideia/proposta de uma escola pública acessível o mais próxima possível da população, sobretudo dos que residem no seu entorno. Mesmo que o colégio esteja estrategicamente inserido no coração do maior e mais populoso bairro da cidade – o Araçá. Como se ver, uma contradição sem precedente.
Mesmo que funcione precariamente este ano, tudo não deixa de ser um fechamento compulsório. Ao que tudo indica, o fechamento em definitivo acontecerá no próximo ano, dada a queda no número de alunos.

Um legado histórico:
 
Destarte, com o fechamento do colégio Monsenhor deleta-se também toda uma história de quase 90 anos de lutas e de conquistas em favor de uma educação realmente social e de qualidade para os aurorenses.
No tempo em que a educação era um privilégio para poucos, foi justamente o colégio Monsenhor(antigo Grupo escolar) oriundo das antigas ‘escolas reunidas’ inaugurado no dia 1º de março de 1927, quem protagonizou o mais notório exemplo de escola pública e democrática já experimentado em solo aurorense e na região circunvizinha. Posto que pelos seus bancos passaram, desde os mais humildes estudantes aurorenses, até mesmo os filhos dos grandes potentados daquela época.  Reconhecidos valores da intelectualidade e do humanismo da terra têm  seus nomes registrados nos anais da história do Monsenhor. Gente que até hoje se pontificam com absoluto sucesso nos mais diversos ramos e atividades profissionais deste país.
Portanto, uma história pioneira que não pode e nem deve terminar assim, de maneira triste, lamentável e melancólica. Um ato da mais absurda ingratidão. Um desserviço à cultura e a educação da terra de Serra Azul, Aldemir Martins e Hermenegildo de Sá Cavalcante...
Todos os verdadeiros filhos e amigos de Aurora têm uma profunda dívida de gratidão com este educandário quase secular. Um verdadeiro patrimônio que precisa continuar vivo e em atividade, prestando seus relevantes serviços a esta municipalidade.
Fechar o Monsenhor é apagar para sempre uma página importante do grande livro do humanismo e do saber aurorense. Que nenhum filho desta terra não se permita, por nenhum motivo alheio a este legado, deixar ‘bater o martelo da indiferença’ em prol deste  fechamento.  Porque, não resta dúvida, a indiferença será pura conivência. E a posteridade um dia haverá de vos cobrar muito por conta desta passividade descomprometida com o passado, o presente e o futuro da terra do senhor Menino Deus.
Que assim como a comunidade, funcionários e docentes do velho Monsenhor não se façam calar diante desta ingerência absurda. Porque o medo não constrói. 
Defender a continuidade desta escola é a um só tempo: razão e emoção, somadas ao fator necessidade e tradição...
No mais; igualmente às boas ideias, nunca se mata uma bela história... Vamos à luta porque a causa é nobre. Todos pelo Monsenhor. Porque o Monsenhor é de todos... E por isso precisa continuar!
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Prof. José Cícero
Secretário de Cultura e Turismo
Aurora – CE.
Fotos de arquivo
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

ARTIGO: Lindaura Pinheiro: Uma palestra arrebatadora...*

Por José Cícero
Educadora Lindaura Pinheiro durante palestra para professores aurorenses
Por algum motivo alheio ao meu senso interior não estava disposto a sair naquela noite de segunda-feira. Diante dos meus olhos duas obras, cujas leituras inconclusas me convidavam à continuação como que a toque de caixa. Na pole position da fila de espera, dois livros justapostos sobre meu biró abarrotado de papéis avulsos, dentre os quais, um se destacava à guisa de prioridade. Ou seja, um elegante convite para o 1º encontro pedagógico de 2014 sob a égide da secretaria de educação local.
No mais, como de resto, tudo normal sob o passar interminável do tempo perante o relógio estampado tal qual uma miragem na minha parede.  Sempre fui um sujeito que me recusei a ser cronometrado como mais um condenado a morte em meio ao rebanho a caminho do matadouro. Nunca aceitei com naturalidade esta sentença gregária do mundo dos bárbaros.
Enfim como naufrago da dúvida terminei optando pelo acontecimento socioeducativo. Conquanto, sem nenhum prejuízo, os livros haveriam de me esperar mais um pouco. Já o evento nem tanto.  Fui então. 
Organização primorosa. Como primorosa deve ser tudo pertinente à educação. Presumo ser este apenas um dos principais ingredientes para a tão esperada motivação a uma boa aprendizagem. 
Chegando adentrei o espaço do evento.Todos os assentos reservados aos participantes estavam literalmente ocupados. Professores, professoras e discentes não somente da cidade, como igualmente de todos os quadrantes do município, além de convidados outros. Algo realmente digno de nota; levando-se em conta a concorrência. As peripécias do tal Félix na novela (des)Amor à vida da santa TV Globo que neste contexto, diga-se de passagem é um dos instrumentos mais fortes em desfavor da educação brasileira. Além do demoníaco big brother. Afora isso, tudo o mais não fugia à normalidade das coisas. Todo o resto seria pura convenção ou como dizem os teóricos: práxis absoluta.
Confesso contudo que os livros que deixei em casa ainda martelavam na bigorna insistente do meu cérebro. Porém, estava decidido a assistir apenas a abertura solene do ato. Puro convencionalismo social. Logo retornaria para casa, a fim de dá prosseguimento a minha simplória leitura minha de cada dia.
Mas eis que, por um desses motivos estranhos que não se explica com palavras fui, por assim dizer, ferroado pelo marimbondo da minha própria curiosidade. Um insight ou coisa do gênero. Queria então, conhecer a dialética e a eloquência da tal palestrante que, para completar eu nem sequer conhecia por nome. E assim indaguei  como um juiz inclemente o meu espírito que às vezes me dava a ligeira impressão de ser bem informado e universal. Mas não. As particularidades do mundo, assim como as novidades da vida são tudo o que compõem aquilo que a gente denomina com razão de surpresa superlativa. Sem o qual viver não teria a menor graça...
- Mas como eu nunca sequer ouvira  falar nesta tal educadora?  - Perguntei para o meu Eu profundo. Não obtive resposta. Havia de a descobrir como quase tudo que aprendi na vida, isto é, por mim mesmo. Fiquei para a palestra.
De repente, lá  estava ela diante de mim. Uma figura pequena em estatura. Mas que quando começou a falar se agigantou de maneira surpreendente diante da plateia como um Nebo de conhecimento a emergir das águas. Tamanha foi a empatia sinérgica com que arrebatou todos os que a ouviam. 
Uma professora notável não pela arrogância como tem sido comum aos que expõem seus títulos como um tridente do demônio na ânsia de amedrontar os mortais comuns. A simplicidade daquela mulher guerreira e exemplar era algo tocante, audaz e cativante.
Professora Lindaura com José Cícero
Além de inteligente e profundamente humana, a fala daquela mulher prendia a atenção até mesmo dos que não estavam acostumados a ouvir elucubrações mundanas.  Conquistara ela pela palavra os corações mais ferrenhos e endurecidos pelas agruras da vida. 
Deveras sui generis era o  seu senso de humor. Quem sabe uma   interessante estratégia para dominar seus ouvintes. De sorte que bater palmas não era o bastante. O suficiente necessário seria beber na sua fonte abundante e exuberante de sabedoria. 
Diante da sua fala o silêncio se faria grande ferramenta de aprendizagem. Uma dádiva mais que simplesmente desejada. Uma exigência granítica.
Lindaura Pinheiro -   Uma palestrante das mais extraordinárias que já tive a sorte e o privilégio de ouvi, sobretudo pela elegância e a força racional das suas ideias. Verdadeiro martelo por meio do qual se aprende a quebrar velhos paradigmas.
Ouvi-a atentamente do começo ao fim. De modo que, não apenas ganhei minha noite pelo valor incomensurável do que aprendi. Mas pelas informações e exemplos que nos ficam pela vida inteira. E isso, convenhamos, não tem apreço. Isso é o que poderíamos muito bem chamar de riqueza fundamental. Razão porque sempre aprecio as coisas do imponderável. Como me aconteceu naquela noite de segunda-feira.
Saber de Lindaura Pinheiro com suas ideias me foi uma interessante descoberta. Um cálice transbordante de conhecimento que nos anima cada vez mais a acreditar que nem tudo está perdido. Que nem todos estão dominados pela avalanche da mesmice, da mediocridade e da ignorância.
Conhecer um pouco do pensamento, da lida e da vida de Lindaura Pinheiro  foi um acontecimento realmente surreal. Uma grata surpresa e satisfação para o meu  ego aprendiz sempre  irrequieto perante o eterno vislumbre do espetáculo da vida pelo biombo do conhecimento educacional.
Por seus ensinamentos, sempre haveremos de acreditar gritando bem alto que a vida vale a pena. E ainda, na efetiva possibilidade de um mundo possível e bem melhor para todos.
Por tudo isso, diria por fim que foi indubitavelmente, uma palestra arrebatadora e singular.
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José Cícero
Secretário de Cultura e Turismo
Aurora - CE.
Fotos: Adriano de Sousa Anão.
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sábado, 25 de janeiro de 2014

AURORA participa de mais um encontro do Fórum Itinerante de Turismo e Cultura do Cariri

Integrantes  do Fórum de Turismo e Cultura do Cariri elegem nova diretoria durante encontro na cidade do Crato
 
Aconteceu na manhã da última sexta-feira(24) no teatro Adalberto Vamozi do Sesc da cidade do Crato o encontro 2014 do Fórum Itinerante de Turismo e Cultura Cariri cearense. 
Além da presença de vários secretários de cultura e turismo de boa parte dos municípios caririenses, também participaram do encontro representantes de diversas entidades regionais, tais como Urca, UFCA, FPA, Fundação Casa Grande, Senai, Iguana Turismo, Geoparque Araripe, Ibama dentre outras. Assim, de outras governamentais e privadas, bem como guias de turismo e agentes culturais da região. 
A abertura dos trabalhos se deu com a belíssima apresentação do grupo de dança do Crato, seguida da palavra do então presidente professor Vicente Paulo(ver fotos acima).
A parte alta da pauta  se deu com as discussões, relativas a escolha dos novos membros para a diretoria  do órgão referente ao biênio 2014-2015.
A partir de agora substitui o então presidente Vicente Paulo de Nova Olinda, o professor Eugênio de Assaré. A vice presidência continua com o representante de Porteiras - Ticiano Linard. Diante das pequenas mudanças na composição, o novo presidente do FTCC garantiu que haverá uma ampliação  na nova formação da direção. O que segundo ele, será preenchida por novos diretores dentre em breve. Tudo no sentido de melhorar a articulação e a representatividade do fórum quanto ao Cariri central, oeste e oriental.
Poucas foram as mudanças, mas o que todos esperam é que o fórum passe a exercer de fato um maior papel como instrumentos de defesa e promoção de um política de cultura e do turismo efetiva e consistente   na região, junto aos governos estadual e federal. E que consiga, estender suas ações e protagonismo, além do eixo em que tem se restringido, ou seja, o velho Crajubar e do alto da serra. O que inclusive, foi abordado pelo secretário de Aurora, o professor José Cícero no momento da sua intervenção plenária.
O presidente eleito também expressou a necessidade de ampliar ainda mais  realização dos encontros itinerantes em todas os municípios que participam do órgão, inclusive na cidade de Aurora.
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Da Redação do 'Blog de Aurora e da Secult'.
Fotos: Jc e Adriano de Sousa Anão.

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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Presidente da AFA visita biblioteca e sede da Secult-Aurora


O atual presidente da Associação dos filhos e Amigos de Aurora(AFA) com sede na capital cearense -  Dr. Francisco Torres acompanhado da sua esposa esteve na manhã desta quarta-feira(22) visitando a biblioteca pública municipal Antonio Jaime de Alencar Araripe, localizada no prédio da antiga estação ferroviária(foto)
Na ocasião, o presidente da AFA também fez uma doação de livros à biblioteca, além de conhecer de perto uma vez mais as dependências do prédio, além do  acervo bibliográfico do equipamento cultural.
Oportunamente, o distinto casal foi recebido pelo secretário de cultura, o professor José Cícero que, inclusive, aproveitou  para agradecê-los pelo bonito gesto. O que denominou de "verdadeiro presente à fomentação do conhecimento da leitura dos aurorenses".
Logo em seguida, o presidente visitou ainda a sede da secretaria de cultura e turismo, onde também conversou demoradamente com o secretário sobre vários assuntos da pasta, notadamente acerca das propostas elencadas para sua gestão à frente da entidade que agrega os filhos e amigos de Aurora residentes em Fortaleza e nas demais regiões do país. Sem esquecer  mais um encontro da AFA que ocorrerá no meio do ano na cidade.
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Da Redação do Blog de Aurora e da Secult.
Fotos: João Silva.

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