sábado, 17 de setembro de 2011

Cariri Cangaço: Programação 2011


Do Jornal: Folha Sertaneja - Paulo Afonso - BA

Cariri Cangaço 2011 reúne escritores e pesquisadores de 20 a 25 de setembro
Antônio Galdino
O evento acontece de 20 a 25 de setembro no Cariri cearense
Os escritores e pesquisadores pauloafonsinos, João de Sousa Lima, Rubinho Lima, Luiz Rubem, Gilmar Teixeira e Voldi Ribeiro estarão participando do Cariri Cangaço 2011 que será realizado na região do Cariri Cearense, mais precisamente nos municípios de Crato, Juazeiro, Barbalha, Missão Velha, Aurora e Barro, naquele Estado nordestino, no período de 20 a 25 de setembro.
Curiosamente, o Cariri Cangaço, que está apenas no seu terceiro ano e já se configura como um dos maiores, senão o maior evento de estudos de temas sertanejos como o cangaço, nasceu depois que o seu criador, Manoel Severo, participou em Paulo Afonso, a convite de João de Souza Lima, do primeiro Seminário do Centenário de Maria Bonita, realizado pelo Departamento de Turismo da Prefeitura deste município e sob a coordenação de João de Souza Lima e Antônio Galdino, daquele Departamento.
É o próprio Manoel Severo quem diz “Em março de 2009 quando retornávamos da primeira edição do Seminário de Maria Bonita em Paulo Afonso aflorou em minha cabeça a idéia de tentar realizar em nosso estado do Ceará, mais precisamente na região do Cariri, um seminário onde pudéssemos resgatar um pouco da historiografia cangaceira na região, tão pouco conhecida pela grande maioria das pessoas. Num primeiro momento ouvia muitas indagações e provocações: "Cangaço no cariri?"Está ficando louco?” Como realizar um negócio desses aqui, sem nenhuma tradição com o tema? "Evento para endeusar bandido?”... Foi aí que alguns ingredientes acabaram se somando e o sonho acabou se tornando realidade: Determinação, perseverança, dedicação e amigos; muitos amigos, inúmeros amigos, de todos os lados e lugares, alguns antigos e outros novos, todos juntos começaram a acreditar que poderíamos fazer... e fizemos.”
Antônio Galdino Manoel Severo e Danielle com a cangaceira Aristéia no 1º Seminário Maria Bonita em Paulo Afonso
A ousadia de Severo, curador do evento desde a sua criação, como ele disse, "foram intermináveis horas, dias e meses de planejamento, preparação e entrega” deu tão certo que já no primeiro ano reuniu dezenas de escritores e grande público interessado em conhecer mais sobre esse instigante tema, o cangaço, e outros tão específicos da região nordestina.
“Agora era partir para o combate; o bom combate! Na noite de 22 de setembro de 2009, estávamos realizando a abertura do 1º Cariri Cangaço, na cidade de Crato, sob o cerimonial de meus filhos: Gabriel e Sawanna; com mais de 70 pesquisadores convidados, 19 conferências e debates e 22 visitas técnicas, em seus seis dias de realização, começava ali uma grande caminhada. Assim nasceu o Cariri Cangaço, um evento construído para todos aqueles que acreditam que nosso futuro tem estreitas ligações com nosso passado, nossas tradições e nossa história...”
A credibilidade do seu curador e da equipe que ele conseguiu reunir, assim como o alto nível dos palestrantes e ainda ou principalmente a curiosidade que temas como este ainda desperta nas pessoas (veja o sucesso da novela Cordel Encantado, mesmo não sendo muito fiel às informações...) mereceu o apoio das prefeituras e de empresários da região. As universidades, grandes colégios, câmaras de vereadores, instituições outras abriram suas portas e o Cariri Cangaço começou muito bem.
Antônio Galdino Da esq: João de Souza, Carlos Elydio, Manoel Severo e Antônio Amaury no Cariri Cangaço 2010, no Crato-CE
Em 2010, outros municípios se juntaram para apoiar o projeto. Outras dezenas de escritores e pesquisadores se deslocaram para o Cariri Cearense agora para ouvir nomes famosos na literatura sobre o cangaço como o escritor Antônio Amaury, João de Souza Lima e pesquisadores como Lemuel Rodrigues, Múcio Procópio, Geraldo Ferraz dentre muitos outros que se deslocaram de muitas regiões do Brasil para conhecer mais e discutir o tema “Coronéis, beatos e cangaceiros”, numa proposta de ampliação dos estudos para outras questões emblemáticas que ainda guardam muitos mistérios no coração deste pedaço de terra sertaneja.
Em 2011 a expectativa parece ainda maior entre os que esperam, até com ansiedade a oportunidade do reencontro no Cariri Cangaço 2011, quando escritores e pesquisadores renomados e os estreantes, iniciantes nesse universo estarão lado a lado, discutindo questões relevantes que fizeram a história de toda a região Nordeste e fatos que mudaram o rumo desta história.
Antônio Galdino João de Souza Lima e a 2ª edição de Maria Bonita
O tema deste ano, “Da insurreição a sedição” já leva ao exercício salutar do pensar e questionar-se. E, a partir da idéia de se discutir personagens às vezes muito conhecidos apenas de uma região, abre a oportunidade, como tem acontecido desde o primeiro Cariri Cangaço, em 2009, de se levar fatos, acontecimentos e personagens para serem conhecidos, estudados num universo bem maior, toda uma região, um país, o mundo através da multiplicação desse novo conhecimento pelos próprios pesquisadores e pela mídia eletrônica, através do próprio blog – muito bom – do evento e de dezenas de outros.
Nesse ano, o Cariri Cangaço será realizado no período de 20 a 25 de setembro e a solenidade de abertura acontecerá às 19 horas do dia 20/09 no Teatro Municipal Salviana Arraes, no Crato-CE, seguida a conferência feita pela professora Salete Libório com o tema Bárbara de Alencar e a Insurreição.
Antônio Galdino Gilmar Teixeira e seu livro "Quem matou Delmiro Gouveia?"
De Paulo Afonso estarão ali, João de Sousa Lima, fazendo o lançamento da 2ª edição do seu livro Maria Bonita – a trajetória guerreira da Rainha do Cangaço; Luiz Ruben, lançando mais um livro, Lampião conquista a Bahia; Rubinho Lima, que vai lançar o seu novo livro, Regionalismo Sertanejo; e Gilmar Teixeira que lança o seu esperado livro Quem matou Delmiro Gouveia? Outro pauloafonsino com o passaporte carimbado para o Cariri Cangaço é Voldi Ribeiro, que há anos vem pesquisando sobre o comportamento das mulheres no cangaço, mas ainda não concluiu seu livro sobre o tema. Ele estará ali apresentando um estudo que tem como título A Saga de Delmiro Gouveia, na mesma noite da sexta-feira, 23 quando Gilmar Teixeira (todos esperam isso) estará enfim revelando “Quem matou Delmiro Gouveia”, mistério que se arrasta desde 1917 quando este cearense foi assassinado na Vila da Pedra, hoje Delmiro Gouveia, em Alagoas.
Antônio Galdino Luiz Ruben e seu mais novo livro - Lampião na Bahia
Da região do São Francisco e arredores estarão também no Cariri Cangaço, Jairo Luiz (Piranhas-AL) e Alcino Costa (Poço Redondo-SE), Professor Edvaldo Nascimento e Adair Nunes (Delmiro Gouveia-AL), Kiko Monteiro (Lagarto-SE), mas vai ser muito fácil encontrar por ali João Bosco André, (Missão Velha-CE), José Cícero (Aurora-CE), Geraldo Ferraz e Paulo Moura (Recife-PE), Archimedes Marques (Aracajú), Aderbal Nogueira, Alfredo Bonessi, Barros Alves, Ângelo Osmiro e Daniel Abreu (Fortaleza-CE), Amaury Correa e Carlos Elydio (São Paulo-SP), Paulo Gastão e Kydelmir Dantas (Mossoró-RN), Professor Pereira (Cajazeiras-PB), Renato Cassimiro, Renato Dantas, Hugo Rodrigues (Juazeiro do Norte-CE) Napoleão Tavares (Barbalha-Ce), Wescley Rodrigues (Brasília-DF), Ana Lúcia Souza (Petrolina-PE), Honório de Medeiros (Natal-RN), Juliana Ischiara (Quixadá-CE), Narciso Dias e João Nóbrega (João Pessoa-PB), Souza Neto (Barro - CE), Wilson Seraine (Terezina-Pi) e muitos, muitos, muitos outros.
O Cariri Cangaço já ganhou essa projeção nacional. Gente do Sul, do Centro-Oeste e de várias regiões do Nordeste, do litoral ao interior, e de quase todos os Estados – BA, AL, SE, PE, PB, RN, PI e CE - (só faltou do Maranhão), se encontra durante cinco dias para estudar as coisas e as gentes do Nordeste.
Antônio Galdino Rubinho Lima e o Regionalismo Sertanejo
E depois desse agito de palestras, visitas e descobertas, nada como o aconchego do Hotel Pasárgada onde Severo e parceiros hospedam palestrantes e convidados. Afinal, mesmo sem serem amigos do rei (como no poema de Manoel Bandeira), o motivo de todos estarem ali tem tudo a ver com outros reis nordestinos, o do cangaço, Lampião e o do baião, Luiz Gonzaga, sempre lembrados nesses momentos.
(Veja toda a programação e muito mais nos blogs Cariri Cangaço e João de Sousa Lima)
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