Desde que foi anunciada a doença do presidente venezuelano
Hugo Chávez que a direita internacional em festa, vinha torcendo pela sua
morte. Tanto que, em verdadeiro frenesi, o matara tantas vezes de modo antecipado,
dadas as notícias fajutas e mentirosas plantadas e divulgadas pela imprensa
podre das Américas e de todo o mundo. O que também não foi muito diferente do
que ocorrera com Fidel Castro.
Imprensa esta, que há muito faz parte do chamado consenso de
Washington, e que portando escreve, pensa e fala por meio das agências de
notícias internacionais, ou seja, pela boca voraz e interesseira do
imperialismo tendo a frente os Estados Unidos das Américas. De modo que, desta
mídia marrom rezando na cartilha imperialista não poderíamos esperar outra
coisa, senão uma campanha histórica de
ataques e inverdades acerca do governo progressista de Hugo Chávez, assim como
de todos aqueles que não se afinam com a política espoliativa dos EUA não
apenas na América Latina. Como é o caso de Fidel e Raul Castro em Cuba, Evo
Morales na Bolívia, José Mujica do Uruguai, Rafael Correa no Equador, Daniel
Ortega na Nicarágua e até Dilma e Lula no Brasil lideranças populares que
colocam em risco o velho plano de dominação e exploração da economia latino-americana,
do Caribe e de todo o povo oprimido do planeta.
Uma verdadeira conspiração que a imprensa faz de tudo para
que não saibamos a verdade. Razão pela qual tentam passar a alcunha de
ditadores para todos os que não aceitam esta política espúria, alienígena,
mentirosa e sanguinolenta imposta pelos que querem a todo custo dominar o
mundo. Como se o modelo neoliberal que eles propõem e estabelece seja de fato liberdade democrática.
Eis a razão do ódio e de toda sorte de mentiras divulgadas
contra o grande líder venezuelano – artífice da chamada revolução bolivariana,
cuja ascensão e popularidade incomodavam além da conta, os abutres da economia,
do petróleo e da libertação dos povos.
Mesmo com a ferrenha oposição da imprensa capitalista e dos
EUA, o que Chávez dizia repercutia. E isso incomodava sobremaneira os seus
adversários. Era, portanto, a grande voz dos oprimidos e explorados do mundo.
Um dos poucos a ter coragem de criticar abertamente onde quer que fosse, inclusive
no plenário da ONU a política belicista, cínica, antidemocrática e exploradora
dos EUA.
Não somente a América Latina, mas o próprio movimento
mundial de luta em favor da autonomia dos povos ficaram mais pobres diante da
morte de Hugo Chávez ocorrida no dia de ontem aos 58 anos. Mas, não há razão
para tristeza, posto que Chávez viverá, enquanto houver um povo, um país, um continente
dominado e explorado pelas forças do mal.
Mas Chávez não incomodava apenas pela maneira ousada de
criticar os inimigos do povo e da democracia planetária, mas inclusive pelas
ações desenvolvimentistas implantadas na Venezuela como forma de melhorar a vida
do seu povo e fortalecer a soberania daquele país.
Só à título de exemplo: Antes de Chávez, a Venezuela mesmo
sendo a maior potência petrolífera das Américas sequer podia estabelecer
livremente o preço do seu próprio petróleo ante a cotação no câmbio internacional.
Havia, portanto, a ingerência dos EUA. Havia um milhão de meio de analfabetos, quase
metade situada abaixo da linha de pobreza, além de dois terços das suas crianças
fora da escola pelo fato de não possuírem documentação ou registro cidadão. Os
recursos do petróleo não refletiam na economia local. Ganhou quatro eleições
consecutivas, sendo inclusive, o único presidente em todo o mundo a colocar o
seu cargo em julgamento popular por meio de um plebiscito, obtendo pouco mais
de 60% de aprovação popular. Saiu inclusive fortalecido de um golpe arquitetado
pelos seus inimigos ianques.
Indubitavelmente, por meio de Chávez, a Venezuela ganhou
além de respeito, soberania e projeção internacional, entrando assim
literalmente no mapa da importância geopolítica das Américas, bem como na pauta
da agenda internacional.
Chávez fará sim falta, não somente ao povo Venezuelano como
a América Latina em geral. Por outro lado, aos capitalistas do planeta como ainda ao empresariado capachos
dos EUA, é óbvio que não.
Hasta la victoria siempre, comandante!
Viva a revolução socialista!
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Prof. José Cícero
Secretário de Cultura e Turismo
Aurora - CE.
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Foto ilustrativa: do Facebook
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