Quer seja 31 de março ou mesmo 1º de abril. Estas são duas datas que irreversivelmente no remetem a um dos episódios mais tristes e lamentáveis da nossa história político-social. Trata-se dos marcos pelos quais se assinalam a instituição do Golpe Militar no Brasil em 1964, quando se instalou uma das mais sangrentas ditaduras já ocorrida na América Latina.
O golpe militar foi anunciado em 31 de março com as tropas nas ruas, porém só foi oficializado no dia seguinte, ou seja, 1º de abril(dia da mentira) através da banda golpista civil no congresso, quando Auto de Moura Andrade declarou a vacância da presidência... Uma grande mentir, além de um de ilegalidade posto que o presidente João Goulart se encontrava em solo brasileiro. Estava no Rio Grande do Sul ao lado do então governador Leonel Brizola, o comandante do 3º exército e todos os que capitanearam a brava campanha da legalidade. Todos propunham a resistência. Mas Jango como um grande estadista que era, quis evitar o derramamento de sangue do seu povo. Não teve jeito, visto que o golpe foi uma trama urdida e planejada dez anos, desde a morte de Getúlio...Mas isso é uma outra história.
A ditadura foi uma violência sem precedente. Anos de chumbo marcados pelo mais horrível e desumano regime de exceção já vivido pelas nações latino americanas. Pelo qual o povo brasileiro teve que amargar por cerca de 21 anos uma série de espúrios, cassações, violência, tortura, atrocidades juríticas e assassinatos. Um atentado mortal contra a liberdade e o estado democrático de direito.
Um fato que para muitos teve a duração de quase uma vida inteira. Um acontecimento tão tenebroso, cujas seqüelas e conseqüências permanecem até hoje imiscuído na realidade brasileira, assim como na memória e na própria carne de diversas famílias brasileiras. Principalmente daquelas que perderam seus entes queridos,ceifados que foram, muitos dos quais inclusive ainda em tenra idade. Vitimados do modo mais covarde possível pelos abutres do regime militar, sob o apóio das elites dominantes e da imprensa. Sem esquecer o decisivo apoio do demoníaco governo norte-americano.
São apenas 48 anos que nos separam daquele momento sombrio da nossa história recente. Um fato que não devemos por nenhum motivo esquecer, ou mesmo deixar de falar sobre ele para as novas gerações. É preciso que a sociedade atual e do futuro saibam de fato, o que foi a ditadura e, sobretudo o que ela representou para toda uma geração. Para que nunca mais os brasileiros possam sofrer de novo os percalços de um regime antidemocrático de exclusão, prisões, violência, torturas e mortes. Algo que ainda agora repercute não apenas no Brasil, como inclusive na história mundial. Tamanho foi a violência da sua atuação dantesca contra a liberdades e cidadania da nossa gente.
Que esta data, sirvam-nos igualmente para façamos uma reflexão profunda, consciente e necessária acerca de todos os males promovidos pela ausência da democracia e da liberdade impostos pela mão de ferro dos dirigente ditatoriais. Que os nossos jovens, assim como a juventude brasileira em geral, possam efetivamente conhecer e se inteirar desta verdade histórica. Saber dos carrascos, muitos dos quais, até pouco tempo, nos foram ensinados com verdadeiros heróis, estampados nos livros da chamada história oficial – aquela escrita obviamente pelos vendedores. O que decerto, não passa de uma mentira absurda.
Que possamos de fato separar o jóio do trigo. Conhecendo assim, nossos autênticos combatentes. Gente do povo que não se deram por derrotados e foram à luta na defesa do restabelecimento democrático do Brasil. Sendo muito deles perseguidos, presos, torturados e mortos. Muitos dos quais até hoje ainda são ditos como desaparecidos políticos. Vítimas da opressão militar.
Sabendo, portanto, do absurdo dos fatos, que a sociedade brasileira possa se convencer da necessidade de uma ‘Comissão da Verdade’ aos moldes do que já ocorreu em países como o Uruguai, a Argentina, Chile, Grécia, Turquia e tantos outros que tiveram um dia a sua história manchada de sangue dos que lutaram pela liberdade e usurpada pelas garras malditas de ditaduras cruéis e desumanas.
Que juntos possamos pressionar os nossos representantes políticos no Congresso Nacional e a própria presidenta Dilma no sentido da aprovação desta comissão o quanto antes. Um instrumento que irá apurar tudo o mais que ainda hoje se encontra nebuloso e obscuro nesta história que no fundo ainda não terminou. Que venham à público os arquivos. Que se abram de vez os porões para que os antigos gritos dos que foram acossados pela opressão possam ecoar pelo mundo todo.
Vez que todos nós ainda somos vítimas desta tragédia política pela qual a nação tivera que pagar um preço altíssimos por mais de duas décadas. Algo que não deveria ter outro nome, que não o de vergonha. Viva a democracia!
Queremos a Comissão da Verdade urgentemente...
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José CíceroO golpe militar foi anunciado em 31 de março com as tropas nas ruas, porém só foi oficializado no dia seguinte, ou seja, 1º de abril(dia da mentira) através da banda golpista civil no congresso, quando Auto de Moura Andrade declarou a vacância da presidência... Uma grande mentir, além de um de ilegalidade posto que o presidente João Goulart se encontrava em solo brasileiro. Estava no Rio Grande do Sul ao lado do então governador Leonel Brizola, o comandante do 3º exército e todos os que capitanearam a brava campanha da legalidade. Todos propunham a resistência. Mas Jango como um grande estadista que era, quis evitar o derramamento de sangue do seu povo. Não teve jeito, visto que o golpe foi uma trama urdida e planejada dez anos, desde a morte de Getúlio...Mas isso é uma outra história.
A ditadura foi uma violência sem precedente. Anos de chumbo marcados pelo mais horrível e desumano regime de exceção já vivido pelas nações latino americanas. Pelo qual o povo brasileiro teve que amargar por cerca de 21 anos uma série de espúrios, cassações, violência, tortura, atrocidades juríticas e assassinatos. Um atentado mortal contra a liberdade e o estado democrático de direito.
Um fato que para muitos teve a duração de quase uma vida inteira. Um acontecimento tão tenebroso, cujas seqüelas e conseqüências permanecem até hoje imiscuído na realidade brasileira, assim como na memória e na própria carne de diversas famílias brasileiras. Principalmente daquelas que perderam seus entes queridos,ceifados que foram, muitos dos quais inclusive ainda em tenra idade. Vitimados do modo mais covarde possível pelos abutres do regime militar, sob o apóio das elites dominantes e da imprensa. Sem esquecer o decisivo apoio do demoníaco governo norte-americano.
São apenas 48 anos que nos separam daquele momento sombrio da nossa história recente. Um fato que não devemos por nenhum motivo esquecer, ou mesmo deixar de falar sobre ele para as novas gerações. É preciso que a sociedade atual e do futuro saibam de fato, o que foi a ditadura e, sobretudo o que ela representou para toda uma geração. Para que nunca mais os brasileiros possam sofrer de novo os percalços de um regime antidemocrático de exclusão, prisões, violência, torturas e mortes. Algo que ainda agora repercute não apenas no Brasil, como inclusive na história mundial. Tamanho foi a violência da sua atuação dantesca contra a liberdades e cidadania da nossa gente.
Que esta data, sirvam-nos igualmente para façamos uma reflexão profunda, consciente e necessária acerca de todos os males promovidos pela ausência da democracia e da liberdade impostos pela mão de ferro dos dirigente ditatoriais. Que os nossos jovens, assim como a juventude brasileira em geral, possam efetivamente conhecer e se inteirar desta verdade histórica. Saber dos carrascos, muitos dos quais, até pouco tempo, nos foram ensinados com verdadeiros heróis, estampados nos livros da chamada história oficial – aquela escrita obviamente pelos vendedores. O que decerto, não passa de uma mentira absurda.
Que possamos de fato separar o jóio do trigo. Conhecendo assim, nossos autênticos combatentes. Gente do povo que não se deram por derrotados e foram à luta na defesa do restabelecimento democrático do Brasil. Sendo muito deles perseguidos, presos, torturados e mortos. Muitos dos quais até hoje ainda são ditos como desaparecidos políticos. Vítimas da opressão militar.
Sabendo, portanto, do absurdo dos fatos, que a sociedade brasileira possa se convencer da necessidade de uma ‘Comissão da Verdade’ aos moldes do que já ocorreu em países como o Uruguai, a Argentina, Chile, Grécia, Turquia e tantos outros que tiveram um dia a sua história manchada de sangue dos que lutaram pela liberdade e usurpada pelas garras malditas de ditaduras cruéis e desumanas.
Que juntos possamos pressionar os nossos representantes políticos no Congresso Nacional e a própria presidenta Dilma no sentido da aprovação desta comissão o quanto antes. Um instrumento que irá apurar tudo o mais que ainda hoje se encontra nebuloso e obscuro nesta história que no fundo ainda não terminou. Que venham à público os arquivos. Que se abram de vez os porões para que os antigos gritos dos que foram acossados pela opressão possam ecoar pelo mundo todo.
Vez que todos nós ainda somos vítimas desta tragédia política pela qual a nação tivera que pagar um preço altíssimos por mais de duas décadas. Algo que não deveria ter outro nome, que não o de vergonha. Viva a democracia!
Queremos a Comissão da Verdade urgentemente...
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Dirigente municipal do PC do B
Secretário de Cultura
Aurora-CE.
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