Não tenho medo e nem vergonha do passado. Muito pelo contrário. Orgulho-me e também agradeço às forças do acaso por tê-lo vivido do meu jeito com tal entusiasmo. E a ele ter me entregado de corpo e alma. Porque tudo me foi,um instrumento de grande aprendizado.
Sofri o diabo. É bem verdade. Mas não o bastante para me arrepender ou querer voltar atrás. Isso não. Nada até agora suplantará dentro de mim os muitos momentos que vivi e fui feliz.
Com as pedras do meu passado pavimentei todos os caminhos que escolhi seguir. E ainda agora, tenho todas elas guardados dentro de mim. Sou um homem de histórias.
Triste mesmo seria não ter tido motivo algum para relembrar e sentir saudades das coisas que vivenciei. Por isso sempre tive a agradável sensação de que o passado, o presente e o futuro não dependerão(ou ainda dependem) apenas do imponderável para ocorrer diante de mim. E se assim não o fosse, não pulsaria em minhas veias esta esperança infinda de puder ser feliz a todo momento.
Amo o passado de um jeito muito particular e desmedido. Como desmedidamente deveria ser toda forma de se amar...
O passado, portanto, é um aliado que conquistei a pulso pouco a pouco ao longo do tempo. Do contrário, não seria tão fácil ter sobrevivido a todos este anos tendo o passado como um inimigo. Tudo do passado, de algum modo estranho, tem a ver comigo. E confesso que isso é muito bom e confortável para o meu espírito.
Não tenho medo e nem vergonha do meu passado. Porém não abro mão da perspectiva do tempo novo abrindo meus olhos para o futuro. Para que as coisas novas possam assim acontecer a contento. Há uma mudança constante se perpetuando dentro de mim. Porque sou um homem de carne, osso e sentimento. Não uma pedra.
Nunca permiti que o sonho da utopia possível pudesse morrer em mim. E sei que a felicidade é, em último caso, uma questão de espírito. De forma que, para vivê-la é preciso primeiramente acreditar.
Vivo tudo na base da entrega absoluta. Não abro mão de viver os momentos simples da vida, porque deles é que dependem os instantes eternos.
Sem nunca me negar ao sonho de tentar ser feliz mesmo que muitos me
digam que não. Amando mais. Perdoando mais, errando menos. Mas sempre com
a convicção de que em todos os casos hei de ser eu mesmo errando e aprendendo. Estou pronto a pagar o preço que me for cobrando por tudo isso.
Então, que nos venha o novo.
Assim é que me despeço agradecido de 2014. Um ano como tantos outros, cujo diferencial reside no fato de mais uma vez eu ter sobrevivido, tanto a mim mesmo quanto as contrariedades e as agruras do mundo em seu percalços humanos.
De coração e braços abertos agradeço e digo amém, rogando ao cosmo que nos venha 2015 com muitas graças, alegrias, motivações de fé e hosanas nas alturas.
Salve e viva 2015...
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J.Cícero
Aurora - CE.
Imagem: baixarimagensgratis.org
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