“O PT é um partido de frente e em Aurora não vai ser coadjuvante”. A afirmação é do procurador de Juazeiro do Norte, Luciano Daniel, que tem seu domicílio eleitoral em Aurora e filiação ao Partido dos Trabalhadores local. Luciano disse ao site Miséria que a atual direção do PT da cidade não respeita o estatuto do partido e sequer se reúne para discutir as teses.
O procurador aponta o funcionário público do INCRA, Luiz Carlos Aquino Pereira, como o melhor nome para disputar a eleição deste ano em Aurora pelo PT. Luiz Carlos tem contatado os filiados para alertar sobre o que a atual direção estaria tramando. Segundo Luiz Carlos, o atual presidente, Isnard Gonçalves, tem tomado decisões de forma prematura, equivocada e, sobretudo, unilateral. A observação teria sido feita em reunião com lideranças estaduais do partido.
A atual direção local, que é uma comissão provisória, negocia apoio ao pré-candidato do PSB, o ex-prefeito Carlos Macedo. Mas, segundo Luciano Daniel, a tese não foi discutida com a maioria do partido e, por isso, não deve passar. Ele concluiu dizendo que o grupo descontente com a “manobra” já é muito grande e devem se reunir em breve para discutir a aliança que dará sustentação a candidatura própria.
Olho por olho
Na verdade, em Aurora, tudo parecia estar resolvido entre o PT e o PSB. Mas, pelo percebemos nada está definido. E, para piorar a situação da aliança, dada antes como certa, Luciano Daniel, assegura que grupo dos descontentes está crescendo. Coincidência, ou não, Carlos Macedo é o maior tencionador pelo rompimento do PSB com o PT em Juazeiro do Norte. Seria a história do “com ferro fere, com ferro era ferido?” Agora, em uma coisa, o PT de Aurora tem razão. O PSB do ex-prefeito Carlos Macedo, tem atuado dentro de uma lógica com dois pesos, duas medidas. Se o PSB não quer aliança com o PT em Juazeiro e prega abertamente o rompimento, porque, o mesmo grupo tem pensamento diferente em Aurora?
O certo é que a discussão já chegou a direção estadual e, pelo que se sabe, o deputado José Guimarães disse que eles resolvessem a situação. Nesse quadro fica claro, também, a fragilidade das decisões da direção municipal por ser uma comissão provisória. A direção estadual pode destituí-la no momento que quiser. Ou seja, foi dado o ultimato: se não resolver a estadual resolve. Os grupos terão que sentar para conversar.
Fonte: site Miséria(JN)
Foto ilustrativa: madsonvagner.blogspot.com
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