O dia 20 deste mês aqui em Aurora, assim como em boa parte do Cariri foi comemorado, ou pelo menos deveria ser lembrado de modo mais que especial com duplo motivo. Isto é, primeiro por ser o dia que tradicionalmente fiés e devotos celebram a memória do Padre Cícero Romão Batista – o patriarca do Nordeste e o cearense do século. Por outro lado, por ser o dia dedicado nacionalmente ao grande Zumbi dos Palmares – sendo instituído, como o dia da chamada “consciência negra”.
Mas, digamos que em ambos os casos, reside a contradição: os areligiosos, ateus e agnósticos desprezam a devoção a padre Cícero, assim como a todos os santos de um modo geral. Os religiosos e os católicos não-praticantes também por seu turno, não estão nem aí para o padre, enquanto santidade, posto que o mesmo não pode figurar nos espaços internos das igrejas. Porém pela força popular da devoção que se tem a ele, seria ingenuidade se não aproveitassem do mercantilismo, ou seja, dos dividendo que o padre do povo gera o ano todo.
Com relação ao Zumbi dos palmares, ainda há muita rejeição quanto a aceitação do seu nome como um herói nacional ao nível de Caxias, Conde d’Eu e tantos outros que de herói mesmo não tiveram nada, não fosse a imposição da história oficial; aquela escrita pelos vencedores.
Até nas escolas o tema é tratado com reserva. Uma prova que o racismo, assim como o preconceito ainda é algo que se mantêm impregnado no senso-comum de boa parte da sociedade brasileira. Não sei se pela lei, mas a novidade que se percebe é que muitos não se sentem à vontade para dizer do seu preconceito. O que a prática e as atitudes o fazem de modo tácito.
No entanto, é preciso que reafirmemos nossos valores, a exemplo de Padre Cícero, Lampião, Conselheiro, Zé Lourenço, Ganga Zumba, Zumbi e tantos outros como elementos fundamentais que marcaram profundamente a vida, a luta e a resistência de parcelas significativas da população brasileira, secularmente oprimida e desrespeitada pelas elites burguesas e seus asseclas do poder.
Por isso Viva o dia 20 de novembro. Um dia para ser comemorado e lembrando amiúde com protesto, força e emoção. Um dia da consciência negra, mais negra que a asas da graúna como dissera Alencar na sua Iracema.
Um dia da consciência que merece uma reflexão coletiva sobre a nossa conjuntura, somando-se a tudo isso, o passado, o presente e o futuro de uma nação multirracial, que deve efetivamente um acerto de conta com a historia dos seus verdadeiros mátires.
Mas, digamos que em ambos os casos, reside a contradição: os areligiosos, ateus e agnósticos desprezam a devoção a padre Cícero, assim como a todos os santos de um modo geral. Os religiosos e os católicos não-praticantes também por seu turno, não estão nem aí para o padre, enquanto santidade, posto que o mesmo não pode figurar nos espaços internos das igrejas. Porém pela força popular da devoção que se tem a ele, seria ingenuidade se não aproveitassem do mercantilismo, ou seja, dos dividendo que o padre do povo gera o ano todo.
Com relação ao Zumbi dos palmares, ainda há muita rejeição quanto a aceitação do seu nome como um herói nacional ao nível de Caxias, Conde d’Eu e tantos outros que de herói mesmo não tiveram nada, não fosse a imposição da história oficial; aquela escrita pelos vencedores.
Até nas escolas o tema é tratado com reserva. Uma prova que o racismo, assim como o preconceito ainda é algo que se mantêm impregnado no senso-comum de boa parte da sociedade brasileira. Não sei se pela lei, mas a novidade que se percebe é que muitos não se sentem à vontade para dizer do seu preconceito. O que a prática e as atitudes o fazem de modo tácito.
No entanto, é preciso que reafirmemos nossos valores, a exemplo de Padre Cícero, Lampião, Conselheiro, Zé Lourenço, Ganga Zumba, Zumbi e tantos outros como elementos fundamentais que marcaram profundamente a vida, a luta e a resistência de parcelas significativas da população brasileira, secularmente oprimida e desrespeitada pelas elites burguesas e seus asseclas do poder.
Por isso Viva o dia 20 de novembro. Um dia para ser comemorado e lembrando amiúde com protesto, força e emoção. Um dia da consciência negra, mais negra que a asas da graúna como dissera Alencar na sua Iracema.
Um dia da consciência que merece uma reflexão coletiva sobre a nossa conjuntura, somando-se a tudo isso, o passado, o presente e o futuro de uma nação multirracial, que deve efetivamente um acerto de conta com a historia dos seus verdadeiros mátires.
Por: José Cícero
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