Secretário da Cultura José Cícero no momento da entrega da comenda ao poeta-violeiro Cícero Saraiva do Coxá
A Associação dos Filhos e Amigos de Aurora - AFA/CE, por ocasião do 1º Encontro Nacional ocorrido dia 17 de julho decidiu homenagear diversas personalidades, algumas vivas outras póstumas que, que sua vez prestaram relevantes serviços a sua terra: dentre as quais a Srª Terezinha Pinto(esposa do saudoso Dr. Bastim), Dr. Juari Lacerda, Dr. Paulo Quezado, Dona Santor(antiga parteira de Aurora) dentre outros.
Uma feliz iniciativa de todos os componentes da AFA-Aurora com se de da capital cearense. De modo que por sugestão da Seculte em conversação com o Sr. Maciel(Bastim) um dos idealizadores da comenda fora incluído no rol dos homenageados o nome do renomado poeta popular de Aurora, O Sr. Cícero Saraiva Neto – Cícero Saraiva, 64 anos residente na comunidade do sítio Coxá a cerca de 19 km da cidade.
Devidos alguns problemas de saúde o vate aurorense não pôde participar da solenidade oficial na noite do dia 17 no baiankara hall.
Uma feliz iniciativa de todos os componentes da AFA-Aurora com se de da capital cearense. De modo que por sugestão da Seculte em conversação com o Sr. Maciel(Bastim) um dos idealizadores da comenda fora incluído no rol dos homenageados o nome do renomado poeta popular de Aurora, O Sr. Cícero Saraiva Neto – Cícero Saraiva, 64 anos residente na comunidade do sítio Coxá a cerca de 19 km da cidade.
Devidos alguns problemas de saúde o vate aurorense não pôde participar da solenidade oficial na noite do dia 17 no baiankara hall.
Contudo, esta semana a Secretaria de Cultura do município o recebeu com imensa alegria para entregá-lo a tal comenda. Mesmo num ato simples, o secretário José Cícero no momento da entrega(ao lado do poeta Cícero Cosme ver foto) se disse emocionado diante da felicidade estampada no semblante assim como nas palavras profereridas pelo poeta em agradecimento à lembrança.
“Eu diria que foi um desses momentos que a gente pode denominar de eterno, porque lembrarei dele por muitos e muitos anos”.
Um pouco sobre o poeta Cícero Saraiva. Por José Cícero:
O poeta-violeiro Cícero Saraiva é um dos pioneiros da poesia aurorense já tendo cantado, inclusive, com diversos monstros sagrados do cancioneior popular do Cariri e alhures, a exemplo de Pedro Bandeiro, Moacir Laurentino, Fanellon Dantas, Daudete Bandeira, Sebastião da Silva, Bil Peireira dentre outros. É ele ainda, um profundo admirador do poeta Patativa do Assaré que muitas vezes o viu cantar nas emissoras caririenses.
Um pouco sobre o poeta Cícero Saraiva. Por José Cícero:
O poeta-violeiro Cícero Saraiva é um dos pioneiros da poesia aurorense já tendo cantado, inclusive, com diversos monstros sagrados do cancioneior popular do Cariri e alhures, a exemplo de Pedro Bandeiro, Moacir Laurentino, Fanellon Dantas, Daudete Bandeira, Sebastião da Silva, Bil Peireira dentre outros. É ele ainda, um profundo admirador do poeta Patativa do Assaré que muitas vezes o viu cantar nas emissoras caririenses.
Já trabalhou com sua viola em consagradas emissoras de rádio da região, tais como: Educadora do Crato, Iracema e Progresso de Juazeiro do Norte, além de Boa Esperança do Barro.
Estreiou na vida do repente aos 19 anos após ter recebido o elogio e o aval do poeta Pedro Bandeira no começo da década de 70. Com isso recebeu como presente sua primeira viola das mãos do seu padrinho – o então deputado aurorense Acilon Gonçalves. Desde então nunca parou de cantar tendo viajado nas asas da poesia por quase todo o Cariri e boa parte do Nordeste. Agricultor do sol a sol disse que foi como violeiro que conhecera o mundo e assim aprendeu muito pela vida.
Conseguiu conclui o 2º grau com imensas dificuldades, dado ser filho de agricultor pobre e residir numa das regiões mais inóspitas do município. Se diz um homem do campo, um apaixonado pela natureza e pelas belezas de Deus...
Mas foi justamente a sua veia poética que o fez cair nas graças de Bandeira que assim o permitiu morar por mais de três anos nos seus stúdios em Juazeiro do Norte. Durante aqueles fez dupla com o poeta do Cariri em cantorias mundanas e em programas de rádio. Desa forma conseguiu a duras penas concluir os seus estudos. Voltava a sua terra nos finais de semana no trem da feira e a pé seguia até o Coxá onde reside até hoje ao lado da sua esposa e dos seus filhos.
Para ele, ser poeta é se despir de si mesmo para construir a aventura do verso perfeito diante do mundo. Prestes a completar 64 anos se diz amargurado por não poder continuar virando o oco do mundo com sua companheira inseparável – a viola. Pois, acometido de uma doença congênita e de família – sua visão cada vez mais parece comprometer o seu dia a dia o que dificulta sobremaneira a suas andanças como no passado. Também sofre de alguns problemas relacionados à pressão arterial. Tudo isso está praticamente inviabilizando a sua profissão de repentista popular. Eis a razão da sua ausência por quase um década dos palcos da poesia cabocla.
Estreiou na vida do repente aos 19 anos após ter recebido o elogio e o aval do poeta Pedro Bandeira no começo da década de 70. Com isso recebeu como presente sua primeira viola das mãos do seu padrinho – o então deputado aurorense Acilon Gonçalves. Desde então nunca parou de cantar tendo viajado nas asas da poesia por quase todo o Cariri e boa parte do Nordeste. Agricultor do sol a sol disse que foi como violeiro que conhecera o mundo e assim aprendeu muito pela vida.
Conseguiu conclui o 2º grau com imensas dificuldades, dado ser filho de agricultor pobre e residir numa das regiões mais inóspitas do município. Se diz um homem do campo, um apaixonado pela natureza e pelas belezas de Deus...
Mas foi justamente a sua veia poética que o fez cair nas graças de Bandeira que assim o permitiu morar por mais de três anos nos seus stúdios em Juazeiro do Norte. Durante aqueles fez dupla com o poeta do Cariri em cantorias mundanas e em programas de rádio. Desa forma conseguiu a duras penas concluir os seus estudos. Voltava a sua terra nos finais de semana no trem da feira e a pé seguia até o Coxá onde reside até hoje ao lado da sua esposa e dos seus filhos.
Para ele, ser poeta é se despir de si mesmo para construir a aventura do verso perfeito diante do mundo. Prestes a completar 64 anos se diz amargurado por não poder continuar virando o oco do mundo com sua companheira inseparável – a viola. Pois, acometido de uma doença congênita e de família – sua visão cada vez mais parece comprometer o seu dia a dia o que dificulta sobremaneira a suas andanças como no passado. Também sofre de alguns problemas relacionados à pressão arterial. Tudo isso está praticamente inviabilizando a sua profissão de repentista popular. Eis a razão da sua ausência por quase um década dos palcos da poesia cabocla.
Porém seu improviso continuar dando o verdadeiro grau de toda a sua genialidade com o verso sertanejo. Vez por outra se pega cantando na sombra do oitão da sua residência, talvez querendo espantar a solidão e a saudade do tempo em que como um verdadeiro dom Quixote das Auroras percorrera com sua viola a tiracolo todos os grotões dos sertões caririense e do Nordeste.
Fitando ao longe, com sua vista cansado os serrotes do Coxá e Diamente Cícero Saraiva consegue tirar da sua mente pródiga versos mágicos capaz de encantar todos os que o observa. Como os que fez de supetão para este articulista no momento em que o visitava para uma entrevista. Ou como o que declamara em seguida intitulado o “místico da natureza”. Vendo-o declamar de cór ante o vigor de voz potente uma imensidão de estrofes lembrei-me de Camões e Dante Alighieri. Sim, porque Saraiva, resguardadas as devidas propoções merece de sobra este comparativo literário. Por que não? Afinal toda poesia que se preza tem que ser universal...
Cícero Saraiva é simplesmente um imortal em face de toda a sua luta em favor da arte da viola, bem como de toda poesia que já produziu, que de tão grandiosa e bela será para o todo e sempre igualmente imorredoura. Como imortal é a figura modesta, simples, singular e grandiosa deste filho autêntico d’Aurora, que o presente tem a obrigação de cuidar e reverenciá-lo e a posteridade o direito de poder de algum modo conhecê-lo.
Dizerem contidos na Comenda:
“Em nome de todos os aurorenses, a AFA homenageia o Sr. Cícero Saraiva Neto – Poeta-repentista e violeiro, num reconhecimento a sua luta de quase quatro décadas em favor da poesia e da cultura popular de Aurora e do Cariri.
Guardião solitário da arte poética do improviso, quase sempre a se transformar sob o seu talento inspirativo no mais belo e autêntico canto sertanejo”.
Nossa homenagem e admiração!
Assoc. dos Filhos e Amigos de Aurora - AFA.
Fitando ao longe, com sua vista cansado os serrotes do Coxá e Diamente Cícero Saraiva consegue tirar da sua mente pródiga versos mágicos capaz de encantar todos os que o observa. Como os que fez de supetão para este articulista no momento em que o visitava para uma entrevista. Ou como o que declamara em seguida intitulado o “místico da natureza”. Vendo-o declamar de cór ante o vigor de voz potente uma imensidão de estrofes lembrei-me de Camões e Dante Alighieri. Sim, porque Saraiva, resguardadas as devidas propoções merece de sobra este comparativo literário. Por que não? Afinal toda poesia que se preza tem que ser universal...
Cícero Saraiva é simplesmente um imortal em face de toda a sua luta em favor da arte da viola, bem como de toda poesia que já produziu, que de tão grandiosa e bela será para o todo e sempre igualmente imorredoura. Como imortal é a figura modesta, simples, singular e grandiosa deste filho autêntico d’Aurora, que o presente tem a obrigação de cuidar e reverenciá-lo e a posteridade o direito de poder de algum modo conhecê-lo.
Dizerem contidos na Comenda:
“Em nome de todos os aurorenses, a AFA homenageia o Sr. Cícero Saraiva Neto – Poeta-repentista e violeiro, num reconhecimento a sua luta de quase quatro décadas em favor da poesia e da cultura popular de Aurora e do Cariri.
Guardião solitário da arte poética do improviso, quase sempre a se transformar sob o seu talento inspirativo no mais belo e autêntico canto sertanejo”.
Nossa homenagem e admiração!
Assoc. dos Filhos e Amigos de Aurora - AFA.
(foto Cícero Saraiva e Sec. José Cícero)
Aurora-CE.
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