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| Foto inédita de Marica Macedo do Tipi | 
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| Prefeito Adailton Macedo ao lado do Dr. Vicente Landim | 
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| Pracinha em frente a capela no distrito do Tipi | 
| Aquarela do sítio Mel onde viveu o clã da matriarca do Tipi | 
Aurora reencontrando a sua verdadeira história durante o Cariri Cangaço 2013
Contemporânea
 da intrépida lavrense Fideralina Augusto Lima, Generosa Amélia da Cruz 
em Santana do Cariri,  além dos feitos e ações que nos remetem até mesmo à  heroína Bárbara de Alencar -  Maria da Soledade Landim – 'Marica 
Macedo do Tipi d’Aurora', compôs com folga de mérito e valentia o 
histórico quarteto  das chamadas matriarcas dos sertões caririenses.   
Nascida no século XIX
 ao que tudo indica no início de 1865  na Gameleira do Pau  sobre a  serra do Araripe,  região do Jamacaru (bem ao lado da fazenda  Serra
 do Mato do não menos famoso cel. Santana – conhecido coiteiro de 
Lampião)  em Missão Velha.
Filha
 de João Manuel da Cruz(Joca da Gameleira) e de Dona Joaquina de Sales 
Landim(D. Quininha). Casara pela primeira vez entre 1883-1885 na igreja 
de Missão Velha com José Antonio de Macedo(Cazuzinha do Tipi)  seu 
parente. Ambos descendentes dos “Terésios. Em 1891 o casal decidiu  
morar em Aurora  comprando a propriedade do sítio Sabonete onde mais 
tarde se formaria a vila Tipi; local onde  fixaram residência até o fim 
da vida.
Informações
 esporádicas dão conta de que era uma mulher de gênio, determinada e de 
inteligência incomum para aqueles tempos. Além de ousada, perspicaz e 
valente, notadamente quando se tratava  de defender  posições e  os 
interesses do seu clã.  Mesmo numa época  em que  imperava a supremacia 
do sistema patriarcal que, via de regra, relegava à mulher  a uma 
posição social das mais subalternas.  No mais das vezes, relegada aos 
afazeres domésticos, conquanto  confinada à cozinha e a criação da 
prole.
De 
tal forma que, qualquer tentativa de se contrariar  o velho padrão era 
encarado quase como  um sacrilégio. Porém,  com Marica do Tipi, o 
que  até então era tido como  regra,  acabou dando lugar à exceção. Pelo 
menos por aquelas bandas do sertão do Ceará... E assim foi que ousou, desafiou e se impôs do seu modo particularmente austero e imperativo ao status quo vigente. 
Por sua coragem e valentia  de autêntica ‘amazonas sertaneja’, logo se 
tornou conhecida, influente e respeitada  por todos os quadrantes do 
Cariri e  região circunvizinha. Tanto que, ainda hoje alguns 
historiadores a denominaram de “a coronel de saia” ou 
simplesmente de ‘a brava sertaneja de Aurora’.
A força do seu nome, portanto foi muito além do riacho do Tipi de onde construiu o seu poder, que além de político era alicerçado no latifúndio, no criatório de gado, lavoura de milho, algodão, casa de farinha e engenho de rapadura. Gostava de ideias novas e pioneiras. Como por exemplo, quando Antonio Macedo (seu filho), assumiu a prefeitura em 1919 ela ordenou que o município fosse divididos em quatro partes no sentido de facilitar administração. Cabendo a ela própria gerir os problemas e os interesses da região que ia do sítio Cobra, Sabonete, Mel e Tipi até à fronteira com a Paraíba. Há quem diga, que fizera uma excelente administração.
A força do seu nome, portanto foi muito além do riacho do Tipi de onde construiu o seu poder, que além de político era alicerçado no latifúndio, no criatório de gado, lavoura de milho, algodão, casa de farinha e engenho de rapadura. Gostava de ideias novas e pioneiras. Como por exemplo, quando Antonio Macedo (seu filho), assumiu a prefeitura em 1919 ela ordenou que o município fosse divididos em quatro partes no sentido de facilitar administração. Cabendo a ela própria gerir os problemas e os interesses da região que ia do sítio Cobra, Sabonete, Mel e Tipi até à fronteira com a Paraíba. Há quem diga, que fizera uma excelente administração.
Da 
casa grande, quanto   da bagaceira do eito dava ordens  aos seus 
comandados com  a mesma autoridade e energia dos coronéis  do seu tempo.
 Suas determinações, portanto, tinham verdadeira força de lei. Tornando-se, por 
conseguinte, uma mulher de invejável poder e respeito não somente no que
 tange às questões familiares, como inclusive  na política aurorense 
onde se pontificou por vários anos não, diretamente, mas através de 
filho,  parentes e aliados.
Esteve
 no centro de questões emblemáticas, a exemplo do chamado “fogo do 
Taveira” que redundou  na invasão e saque de Aurora em 1908 por mais de 
600 jagunços sob o comando de Zé Inácio do Barro ante os auspícios de 
quase todos os coronéis da região. Ocasião em que foi deposto  por meio das 
balas o então intendente municipal Antonio Leite Teixeira Neto(Totonho 
de Monte Alegre), substituído que foi pelo fiel aliado de Marica, o cel. Cândido do
 Pavão. 
Um episódio que, de tão marcante e violento ainda hoje ocupa lugar de 
destaque tanto na crônica historiográfica, quanto nos anais da história do Cariri, do  Ceará e do Nordeste.
O  tal  “Fogo
 do Taveira” aconteceu  entre os dias  16 e 17 de dezembro de  1908 no sítio Taveira de Aurora, situado já nos limites de 
Milagres contíguo ao Barro.  Cerrado tiroteio quando foi morto o 
filho mais novo da matriarca - José Antonio de Macedo(Cazuza) de apenas 14 anos sendo 
também alvejado o proprietário da casa.  
Coincidentemente,  naquele mesmo dia fatídico 
e  na mesma ribeira, acontecia a  polêmica demarcação das célebres  minas 
do Coxá pertencentes ao padre Cícero Romão Batista. Por sinal, objeto de disputa 
entre o sacerdote do Juazeiro e pequenos sitiantes do lugar. O que decerto, 
contribuiu  muito mais para o acirramento dos ânimos entre a gente do 
coronel Totonho de Monte Alegre, Marica Macedo, Zé Inácio do Barro e 
coronel Domingos Furtado de Milagres.
Sabendo
 disso, Marica   solicitou ajuda a Floro Bartolomeu que se encontrava 
nas imediações do sítio Maracajá(Pavão) liderando um  grupo de jagunços armados 
até os dentes. Contudo, não querendo participar diretamente do conflito, o 
representante do padre Cícero apenas usou do seu prestígio junto ao 
então governador do estado -  Nogueira Acióli que  ordenara a retira 
imediata do destacamento policial que dava apoio ao cel. Totonho. O que 
facilitou ainda mais a estratagema para  a invasão e deposição do então 
intendente municipal.  
Assim,
 o 'fogo do Taveira' representou  o verdadeiro estopim para a invasão e 
saque de Aurora, pela jagunçada coronelista  a mando dos maiores potentados  da 
região. Em cumprimento ao pedido de Marica. Como
 era comum  naquele tempo, todos os grandes coronéis, 
invariavelmente, possuíam  seus grupos particulares de jagunços e 
cangaceiros.
O fato predito culminou com   a deposição forçada do então intendente 
Cel. Antonio Leite Teixeira Neto(Totonho de Monte Alegre) que aliás, parente de Marica Macedo.  Sendo em seguida colocado em seu lugar o cel. Cândido do 
Pavão, por seu turno, rendeiro-mor e amigo do padre  Cícero, além aliado incondicional da 
matriarca do Tipi.  
Quando  viúva,
 casara  pela segunda vez em 1906   com o barbalhense Antonio Abel de 
Araújo.   Mandona e dominadora, dizem que não costumava levar desaforo pra
 casa. Nada acontecia na Aurora do seu tempo, quer seja  na política quanto 
nas questões mais comezinhas que não fosse do seu inteiro conhecimento. 
Influente e respeitada era de fato uma grande liderança. Ao passo que 
também, tinha a força de juiz, prefeito, delegado, assim como senhora de
 engenho e conselheira familiar. Uma mulher sertaneja que, dentre outras qualidades, se notabilizou  sobretudo por está muito além do seu tempo...  
Morreu
 supostamente de ataque cardíaco em 6 de janeiro de 1924 na residência 
de sua filha, localizada  a rua José dos Santos, na beira fresca de 
Aurora.
  Tema do Cariri Cangaço 2013  em Aurora:
  
Na
 noite do próximo dia 20 de setembro durante o seminário Cariri Cangaço 2013 em 
grande estilo Aurora celebrará pela terceira vez, tanto à memória quanto
 o resgate desta palpitante  história  protagonizada  por  Marica 
Macedo,  quando se comemora a passagem dos  148 anos do seu nascimento.  
A
 palestra ficará por conta do seu neto, o Dr. Vicente Landim de Macedo 
residente na capital federal e presidente de honra da AFA-Brasília*. 
Indubitavelmente, um momento dos mais afirmativos em que a população 
aurorense será convidada a conhecer um pouco mais  acerca da história de 
uma das mais célebres mulheres do Cariri e do Nordeste brasileiro.  
Um 
instante de verdadeira celebração da geração do 
presente  com  alguns  dos grandes acontecimentos do seu passado.  
Por 
fim,  um verdadeiro brinde ao resgate e a preservação da  memória 
histórica de Aurora, do Cariri e do Nordeste.
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Prof. José Cícero
Secretário de Cultura e Turismo.
Pesquisador do Cangaço
e Conselheiro do Cariri Cangaço.
Aurora – CE.
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Obras Consultadas:
Aurora, História e Folclore – Amarílio Gonçalves Tavares
Marica Macedo, a brava sertaneja de Aurora – Vicente Landim de Macedo.
Matriarcas do Ceará(Papéis Avulsos) – Raquel de Queiroz e Heloísa Buarque de Hollanda.
Estirpe de Santa Tereza – Joaryvar Macedo.
Venda Grande d’Aurora – João Tavares Calixto Jr.
Império do Bacamarte – Joaryvar Macedo.
Revista Aurora – jc: edição 2007.
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SERVIÇO:
Neto de Marica, Presidente de Honra da AFA-Brasília.
SEMINÁRIO CARIRI CANGAÇO 2013! 
AURORA:
Dia 20 de setembro de 2013 
TEMA: “Marica Macedo do Tipi – Sertaneja d’Aurora, Matriarca do Cariri”.
Dr. Vicente landim de Macedo.  
Secult-PMA. 
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Fotos: arquivo JC
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