Cerca de 70 estudantes de biologia e química das séries iniciais do ensino médio do colégio Monsenhor Vicente Bezerra de Aurora no Cariri participaram na manhã da última quinta-feira*, de uma aula de campo no sítio Barro Vermelho às margens do rio Salgado. A experiência organizada pelo professor José Cícero teve como foco a atual situação de degradação ambiental porque passa o maior manancial do Cariri, bem como a infestação de nematóides que vem devastando as plantações de goiaba irrigada do programa ‘roça comunitária’ desenvolvido no local há mais de 5 anos pela secretaria de agricultura do município.
As explanações referentes ao ataque do fitoparasita à plantação ficaram a cargo do agrônomo da prefeitura Eládio Leite. A primeira parte da aula de campo ocorreu no próprio plantio, ocasião em que os estudantes puderam verificar in loco toda a sintomatologia da praga, além de conhecer na prática noções sobre organismos microscópicos, agrotóxicos, adubação orgânica, fruticultura irrigada, fitotecnica dentre outros itens ligados a biologia.
A segunda etapa do evento que teve como tema o rio Salgado e sua biodiversidade foi desenvolvida pelo professor da turma José Cícero. Às margens do manancial os estudantes confrontaram informações teóricas com constatações de ordem prática e diversas outras informações de cunho ambiental. Temas como desmatamento, poluição hídrica, erosão, assoreamento, mata ciliar, estrutura geológica, tipos de solo, contaminação de defensivos agrícolas e atividades preservacionistas compuseram a pauta final da aula.
Uma radiografia sobre o Rio Salgado -
“Temos 42 km do Salgado percorrendo este município, isso aumenta a nossa responsabilidade no sentido da sua preservação, sobretudo no tocante a prática pedagógica”, explica o professor José Cícero. “Por incrível que pareça ainda temos no município, alunos que mal conhece o Salgado e menos ainda o importante papel que este manancial desempenha no equilíbrio dos ecossistemas”, completa. Portanto, disse ainda, não é nenhum exagero afirmar que o rio Salgado está pedindo socorro.
Alguns sinais como a total ausência de mata ciliar em boa parte do trajeto, as ilhas de areia são evidências diretas do assoreamento, da erosão provocada pelo desmatamento indiscriminado ao longo das suas margens, bem como a sensível diminuição da fauna e flora aquática e da cobertura vegetal do seu entorno. A desobediência ao código florestal que obriga o atendimento a faixa de mata ciliar como área de preservação permanente, por estas bandas é algo a que todos sequer ouviram falar um dia, assevera.
Utilizar o rio Salgado como instrumento de aprendizagem ecológica, ambiental ao que tudo indica, está sendouma experiência das mais produtivas na construção do conhecimento e, por outro lado, bastante apreciada pelo alunado aurorense.
O entusiasmo foi geral. “Isso é ótimo posto que dentro do processo de ensino-aprendizagem a motivação é um item fundamental, diria que meio-caminho andado”. Por esta razão deve virar uma atividade comum nas nossas escolas, além do mais, não podemos permitir que este monumental curso d’água venha a morrer qualquer dia desses, como se o problema não fosse com a gente. Tudo o que diz respeito a natureza, ao meio ambiente, tem muito a ver conosco, finaliza o professor.
A aula de campo é apenas uma das etapas preparatórias para a exposição iconográfica do problema que ocorrerá durante a Semana Cultural que o colégio realizará.O evento terá como tema ‘o rio Salgado e o meio ambiente’.
Os estudantes das duas séries farão relatórios acerca das atividades desenvolvidas. Os melhores trabalhos serão expostos por ocasião da semana cultural, juntamente com imagens, fotografias e outros materiais colhidos no local. Os estudantes participam ainda da elaboração de um vídeo, documentário amador enfocando a importância da descoberta do suposto sítio paleontológico/arqueológico da Massalina na comunidade do sítio Volta, ocorrências também existentes no leito do Salgado a cerca de 23 km da sede do município.
Continuidade das iniciativas este ano
As explanações referentes ao ataque do fitoparasita à plantação ficaram a cargo do agrônomo da prefeitura Eládio Leite. A primeira parte da aula de campo ocorreu no próprio plantio, ocasião em que os estudantes puderam verificar in loco toda a sintomatologia da praga, além de conhecer na prática noções sobre organismos microscópicos, agrotóxicos, adubação orgânica, fruticultura irrigada, fitotecnica dentre outros itens ligados a biologia.
A segunda etapa do evento que teve como tema o rio Salgado e sua biodiversidade foi desenvolvida pelo professor da turma José Cícero. Às margens do manancial os estudantes confrontaram informações teóricas com constatações de ordem prática e diversas outras informações de cunho ambiental. Temas como desmatamento, poluição hídrica, erosão, assoreamento, mata ciliar, estrutura geológica, tipos de solo, contaminação de defensivos agrícolas e atividades preservacionistas compuseram a pauta final da aula.
Uma radiografia sobre o Rio Salgado -
“Temos 42 km do Salgado percorrendo este município, isso aumenta a nossa responsabilidade no sentido da sua preservação, sobretudo no tocante a prática pedagógica”, explica o professor José Cícero. “Por incrível que pareça ainda temos no município, alunos que mal conhece o Salgado e menos ainda o importante papel que este manancial desempenha no equilíbrio dos ecossistemas”, completa. Portanto, disse ainda, não é nenhum exagero afirmar que o rio Salgado está pedindo socorro.
Alguns sinais como a total ausência de mata ciliar em boa parte do trajeto, as ilhas de areia são evidências diretas do assoreamento, da erosão provocada pelo desmatamento indiscriminado ao longo das suas margens, bem como a sensível diminuição da fauna e flora aquática e da cobertura vegetal do seu entorno. A desobediência ao código florestal que obriga o atendimento a faixa de mata ciliar como área de preservação permanente, por estas bandas é algo a que todos sequer ouviram falar um dia, assevera.
Utilizar o rio Salgado como instrumento de aprendizagem ecológica, ambiental ao que tudo indica, está sendouma experiência das mais produtivas na construção do conhecimento e, por outro lado, bastante apreciada pelo alunado aurorense.
O entusiasmo foi geral. “Isso é ótimo posto que dentro do processo de ensino-aprendizagem a motivação é um item fundamental, diria que meio-caminho andado”. Por esta razão deve virar uma atividade comum nas nossas escolas, além do mais, não podemos permitir que este monumental curso d’água venha a morrer qualquer dia desses, como se o problema não fosse com a gente. Tudo o que diz respeito a natureza, ao meio ambiente, tem muito a ver conosco, finaliza o professor.
A aula de campo é apenas uma das etapas preparatórias para a exposição iconográfica do problema que ocorrerá durante a Semana Cultural que o colégio realizará.O evento terá como tema ‘o rio Salgado e o meio ambiente’.
Os estudantes das duas séries farão relatórios acerca das atividades desenvolvidas. Os melhores trabalhos serão expostos por ocasião da semana cultural, juntamente com imagens, fotografias e outros materiais colhidos no local. Os estudantes participam ainda da elaboração de um vídeo, documentário amador enfocando a importância da descoberta do suposto sítio paleontológico/arqueológico da Massalina na comunidade do sítio Volta, ocorrências também existentes no leito do Salgado a cerca de 23 km da sede do município.
Continuidade das iniciativas este ano
O professor José Cícero assegura que neste ano de 2008, estará estendendo o mesmo projeto de aulas de campo com foco no Salgado e no bioma aurorense também aos seus alunos do Colégio Estadual José Pinto Quezado sob os auspícios do núcleo gestor a frente o diretor prof. Alencar.
In Jornal O Estado
In Jornal O Estado
DN e Revista Aurora
16 out. 2007
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