Em janeiro deste ano comemorou-se meio século de um dos acontecimentos mais emblemáticos e marcantes da história política mundial, notadamente no que se refere a América Latina e Caribe. Trata-se da célebre, cantada e decantada Revolução Cubana; deflagrada em 1º de janeiro do distante ano de 1959. Um legado que a historiografia mundial ainda vai levar muito tempo para apagá-la ou pelo menos fazer com que as gerações do futuro possam esquecê-la para sempre( se é que isso seja algo possível).
A chamada revolução dos “Barbudos”, como foi carinhosamente durante muito tempo apelidada pela imprensa, constitui ainda hoje um verdadeiro divisor de água na nossa história(especialmente ocidental) assim como no esquadrilhamento geopolítico planetário de um modo geral.
Isso porque, a revolução da ilha, ajudou de uma forma ou de outra, no processo de realinhamento da velha bipolaridade entre as nações socialista-comunistas e as do sistema capitalistas. Foi ela, por assim dizer, o principal ingrediente que mais apimentou a antiga relação entre as duas maiores e mais poderosas nações do mundo da época: União das Repúblicas Socialistas Soviética(URSS) e os Estados Unidos das Américas(EUA) por intermédio daquilo que o jornalismo e a diplomacia mundial daqueles anos convencionou chamar de Guerra Fria. Realidade esta, corporificada no sistema de blocos, ou seja, o bloco dos países alinhados ao comunismo e o bloco dos alinhados ao capitalismo. Um diapasão que só acenou para uma modesta aproximação durante o enfretamento dos países que se aliaram a proposta ariana de Hitler, durante a 2ª grande guerra mundial. Ocasião em que os soviéticos por meio de Stálin decidiram romper o acordo de não-agressão, enfrentando os alemães num combate dos mais sangrentos da história. Provocando com isso, a primeira derrota do exército hitleriano que, diga-se de passagem, possibilitou a condição sine qua non para a derrocada final do eixo do mal. Coisa que o capitalismo norteamericano sente náusea só em pensar...
A revolução cubana, portanto, até hoje ainda consegue mexer com as mentes e os corações de muitos dos seus adeptos pelo mundo, mesmo depois de 50 anos. Parte desta simpatia se deve à figura quase mitológica de uma dos seus maiores líderes – Ernesto CHE Guevara. Com a sua imagem petrificada no imaginário coletivo de populações espalhadas pelo mundo todo. Justamente as pessoas que viveram todo o romantismo militante ou não dos anos 50, 60 e 70. Nomes como Che Guevara, Camilo Cienfuegos e Fidel Castro não morrem nunca na cabeça desta velha juventude, sobretudo latino-americana, cuja paixão aos barbudos e, em especial a Guevara, se transformara num verdadeiro sacerdócio e, por que não dizer fanatismo? Sim, posto que na vila boliviana de La Higuera onde o guerrilheiro argentino-cubano foi assassinado pelos agentes da CIA ainda é considerado um verdadeiro santo pelos moradores da localidade que o chamam de São Guevara de La Higuera. Dizem por lá que até graças já foram alcançadas sob a intercessão do seu nome. Mas, digamos que essas coisas não passam de meras crendices populares e, são comuns ao longo da nossa história de massacres e de outros acontecimentos impactantes.
Hoje, contudo, as lembranças da revolução se esmaecem, mas não perdem o seu carisma perante as populações, ainda marginalizadas pelo mundo afora. Creio que esta é a principal razão que faz da imagem, tanto do Che quanto do nome de Fidel algo imorredouro, coisas sempre vivas na memória das pessoas. Malgrado todo o empenho da mídia em tentar desmoralizá-los como forma de bajulação do poder capitalista(o neoliberalismo-imperialista) a se espalhar pelo globo.
Enquanto a miséria e a exploração do homem pelo homem, continua existindo como uma lógica maldita entre nós, a revolução cubana assim como os seus ícones guerrilheiros(vivos ou mortos) continuarão na memória de gerações inteiras, tanto do passado quanto da posteridade. Simplesmente, porque concentram em si, o sonho coletivo de milhares e milhares de seres humanos por uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna – a sociedade do estado socialista democrático.
Viva os 50 anos da revolução socialista de Cuba e seus barbudos históricos, porque nunca será possível matar-se um sonho e, tampouco uma idéia edificante.
Por: José Cícero
A chamada revolução dos “Barbudos”, como foi carinhosamente durante muito tempo apelidada pela imprensa, constitui ainda hoje um verdadeiro divisor de água na nossa história(especialmente ocidental) assim como no esquadrilhamento geopolítico planetário de um modo geral.
Isso porque, a revolução da ilha, ajudou de uma forma ou de outra, no processo de realinhamento da velha bipolaridade entre as nações socialista-comunistas e as do sistema capitalistas. Foi ela, por assim dizer, o principal ingrediente que mais apimentou a antiga relação entre as duas maiores e mais poderosas nações do mundo da época: União das Repúblicas Socialistas Soviética(URSS) e os Estados Unidos das Américas(EUA) por intermédio daquilo que o jornalismo e a diplomacia mundial daqueles anos convencionou chamar de Guerra Fria. Realidade esta, corporificada no sistema de blocos, ou seja, o bloco dos países alinhados ao comunismo e o bloco dos alinhados ao capitalismo. Um diapasão que só acenou para uma modesta aproximação durante o enfretamento dos países que se aliaram a proposta ariana de Hitler, durante a 2ª grande guerra mundial. Ocasião em que os soviéticos por meio de Stálin decidiram romper o acordo de não-agressão, enfrentando os alemães num combate dos mais sangrentos da história. Provocando com isso, a primeira derrota do exército hitleriano que, diga-se de passagem, possibilitou a condição sine qua non para a derrocada final do eixo do mal. Coisa que o capitalismo norteamericano sente náusea só em pensar...
A revolução cubana, portanto, até hoje ainda consegue mexer com as mentes e os corações de muitos dos seus adeptos pelo mundo, mesmo depois de 50 anos. Parte desta simpatia se deve à figura quase mitológica de uma dos seus maiores líderes – Ernesto CHE Guevara. Com a sua imagem petrificada no imaginário coletivo de populações espalhadas pelo mundo todo. Justamente as pessoas que viveram todo o romantismo militante ou não dos anos 50, 60 e 70. Nomes como Che Guevara, Camilo Cienfuegos e Fidel Castro não morrem nunca na cabeça desta velha juventude, sobretudo latino-americana, cuja paixão aos barbudos e, em especial a Guevara, se transformara num verdadeiro sacerdócio e, por que não dizer fanatismo? Sim, posto que na vila boliviana de La Higuera onde o guerrilheiro argentino-cubano foi assassinado pelos agentes da CIA ainda é considerado um verdadeiro santo pelos moradores da localidade que o chamam de São Guevara de La Higuera. Dizem por lá que até graças já foram alcançadas sob a intercessão do seu nome. Mas, digamos que essas coisas não passam de meras crendices populares e, são comuns ao longo da nossa história de massacres e de outros acontecimentos impactantes.
Hoje, contudo, as lembranças da revolução se esmaecem, mas não perdem o seu carisma perante as populações, ainda marginalizadas pelo mundo afora. Creio que esta é a principal razão que faz da imagem, tanto do Che quanto do nome de Fidel algo imorredouro, coisas sempre vivas na memória das pessoas. Malgrado todo o empenho da mídia em tentar desmoralizá-los como forma de bajulação do poder capitalista(o neoliberalismo-imperialista) a se espalhar pelo globo.
Enquanto a miséria e a exploração do homem pelo homem, continua existindo como uma lógica maldita entre nós, a revolução cubana assim como os seus ícones guerrilheiros(vivos ou mortos) continuarão na memória de gerações inteiras, tanto do passado quanto da posteridade. Simplesmente, porque concentram em si, o sonho coletivo de milhares e milhares de seres humanos por uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna – a sociedade do estado socialista democrático.
Viva os 50 anos da revolução socialista de Cuba e seus barbudos históricos, porque nunca será possível matar-se um sonho e, tampouco uma idéia edificante.
Por: José Cícero
Aurora-CE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário